Radar — 29/10/2015

quarta-feira, 28 de outubro de 2015

A queda na arrecadação provocada pela crise econômica foi a principal responsável pela nova meta de déficit primário de R$ 48,9 bilhões para União, estados, municípios e estatais em 2015. Segundo nota conjunta divulgada pelos Ministérios da Fazenda e do Planejamento, o governo está cortando os gastos discricionários (não obrigatórios) em 2015. De acordo com o texto, o contingenciamento (bloqueio) de R$ 79,4 bilhões equivale a 40% das despesas não obrigatórias, 1,22% do Produto Interno Bruto (PIB), soma de tudo o que o país produz. O corte, ressaltou o comunicado, é o maior implementado desde a entrada em vigor da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).

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A nota destacou que, exceto o Bolsa Família, os gastos de saúde, o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e as despesas discricionárias tiveram queda nominal (sem considerar a inflação) de quase 9% em relação a 2014 e de 5% em relação a 2013. Na comparação com o ano passado, a queda dos gastos do PAC é ainda maior e chega a 35% em valores nominais.

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A Volkswagen, primeira fabricante automobilística da Europa, registou uma perda líquida de quase 1,7 bilhão de euros no terceiro trimestre de 2015 devido às provisões feitas na sequência do escândalo da manipulação das emissões dos gases poluentes. O resultado negativo do grupo alemão compara a queda aos lucros de 2,9 bilhões de euros alcançados no mesmo período de 2014.
Os resultados do terceiro trimestre coincidem com o escândalo de manipulação de emissões de gases poluentes, que foi tornado público no passado mês de setembro. A Volkswagen informou ontem que o lucro líquido caiu 54,1%, entre janeiro e setembro, para os 3,9 bilhões de euros, em comparação com o mesmo período de 2014.

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Os governos do Brasil e do Reino Unido fecharam ontem uma parceria para execução de projeto rural sustentável para beneficiar produtores rurais e agentes de assistência técnica. O projeto terá US$ 26 milhões (em torno de R$ 102 milhões no câmbio atual) do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), a serem repassados pelo Banco do Brasil. Ainda ontem foi lançado o Portal Rural Sustentável, espaço dedicado às entidades técnicas envolvidas e instituições de ensino e pesquisa de ciências agrárias e sociais relacionados com a produção rural. De acordo com o ministério, o projeto vai beneficiar aproximadamente 3.500 pequenos e médios produtores de 70 municípios.

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O Índice de Confiança da Indústria (ICI), medido pelo Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da Fundação GetúlioVargas (FGV), avançou 2,3% em outubro, ao passar de 66 para 67,5 pontos, tornando-se segundo menor da série histórica. O resultado foi determinado pela alta de 8,9% do Índice de Expectativas (IE), para 69,7 pontos, após atingir o mínimo histórico de 64 pontos no mês anterior. Já o Índice da Situação Atual (ISA) recuou 4%, para 65,2 pontos, atingindo o mínimo da série. “A alta do Índice de Expectativas em outubro é um resultado favorável, mas que deve ser interpretado como uma sinalização de atenuação, no quarto trimestre, dos números negativos que vêm retratando a evolução da produção e do emprego do setor desde o início do ano”, disse o superintendente adjunto para ciclos econômicos da Ibre, Aloisio Campelo Jr.

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Atento ao cenário de crise hídrica no Rio de Janeiro, onde os reservatórios da bacia do Rio Paraíba do Sul estão com 5,4% de seu volume, o Sistema Firjan divulgou o estudo ‘Diretrizes para o aumento da segurança hídrica da Região Metropolitana do Rio de Janeiro’. Há um ano, o volume estava em 7,9%, considerado, então, o pior da história. O estudo alerta para a situação atual e compila propostas para diminuir os riscos de uma severa crise hídrica no futuro.

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São ações e investimentos que precisam ser postos em prática para evitar o racionamento. Destaca-se que, se nada for feito, a projeção é de falta de água em 2035, quando a demanda para o consumo urbano será superior à oferta projetada. É necessário viabilizar e operar novas fontes de abastecimento para a Região Metropolitana do Rio, que é totalmente dependente da bacia do Rio Paraíba do Sul. Para isso, é fundamental priorizar e acelerar a cobertura de coleta de esgoto, para sair de 63% para 90%, e ampliar o índice de tratamento de 37% para 70% através da construção de redes de coleta de esgoto e estações de tratamento.

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