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Radar — 27/10/2015
O Índice de Confiança do Consumidor (ICC), medido pela Fundação Getúlio Vargas, caiu 0,8% em outubro deste ano, em comparação a setembro. Ao marcar 75,7 pontos, o indicador atingiu o menor nível da série histórica, iniciada em setembro de 2005, pelo quarto mês consecutivo.
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Já o Índice de Expectativas, que avalia o otimismo do consumidor em relação aos próximos meses, manteve-se estável no menor nível da série (81,1 pontos). A parcela dos consumidores que pretendem comprar mais nos próximos seis meses caiu de 9,3% para 8,9% enquanto dos que projetam compras menores passou de 46,5% para 45,3%. A maior queda da confiança foi observada nos consumidores de renda mais alta (acima de R$ 9.600 por mês): -2,9%.
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A projeção de instituições financeiras para a queda do Produto Interno Bruto (PIB) passou de 3% para 3,02%, no 15º ajuste seguido. Para o próximo ano, a estimativa de retração passou de 1,22% para 1,43%, na terceira alteração consecutiva. Essas projeções fazem parte da pesquisa feita pelo Banco Central todas as semanas. A expectativa para a queda da produção industrial segue em 7%, este ano. Para 2016, a projeção de retração passou de 1% para 1,5%.
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A projeção para o dólar ao final do ano permanece em R$ 4. Para o fim de 2016, a estimativa para a cotação do dólar subiu de R$ 4,13 para R$ 4,20. A estimativa do mercado financeiro para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu pela sexta vez seguida, ao passar de 9,75% para 9,85%, este ano.
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A Dívida Pública Federal teve elevação de 1,8% em setembro, em comparação a agosto: o montante do endividamento – no período - passou de R$ 2,686 trilhões para R$ 2,734 trilhões, informou ontem o Tesouro Nacional. O endividamento do Tesouro pode ocorrer por meio da oferta de títulos públicos em leilões, pela internet (Tesouro Direto) ou pela emissão direta.
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A Superintendência-Geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) instaurou ontem processo administrativo para apurar prática de cartel no mercado nacional de hidrômetros. As empresas investigadas são Elster, FAE, Itron, LAO, Sappel e Sensus. Segundo o Cade, o alvo da investigação são os hidrômetros residenciais. “Os indícios apontam que as empresas acordavam e/ou discutiam preços a serem praticados e dividiam o mercado e os clientes, estabelecendo metas de participação e quantidades para cada integrante do conluio”, diz o Cade.
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A pontualidade de pagamentos das micro e pequenas empresas atingiu 95,3% no mês de setembro/15. Isto significa que durante o mês passado, a cada 1.000 pagamentos realizados, 953 foram quitados à vista ou com atraso máximo de sete dias. Este nível de pontualidade apresentou queda perante o nível de 95,9% observado em agosto/15, bem como em relação à pontualidade de 96,3% registrada em setembro do ano passado.
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De acordo com os economistas da Serasa Experian, o aprofundamento da recessão econômica e o crédito cada vez mais escasso e caro tem prejudicado a pontualidade de pagamento das micro e pequenas empresas. Em setembro de 2015, o valor médio dos pagamentos pontuais caiu 2,7% em relação ao mesmo mês do ano anterior (R$ 1.846 contra R$ 1.898). O valor médio mais alto foi registrado pelos pagamentos pontuais das empresas de serviços (R$ 2.087), seguido pelo das empresas comerciais (R$1.839) e, por fim, pelas micro e pequenas empresas do segmento industrial (R$ 1.830).
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