Radar — 27/02/2016

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016

Pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)), feita com base nos dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad), mostrou que o rendimento domiciliar mensal per capita em 2015 foi de R$ 1.113..Segundo o IBGE, a divulgação desses números é necessária para o cálculo do rateio do Fundo de Participação dos Estados e do Distrito Federal, de acordo com as novas regras. Os valores foram obtidos a partir dos rendimento brutos do trabalho e dos demais rendimentos de outras fontes. Ficaram acima da média brasileira: Minas Gerais (R$ 1.128); Rio de Janeiro (R$ 1.285); São Paulo (R$ 1.482); Paraná (R$ 1.241); Santa Catarina (R$ 1.368); Rio Grande do Sul (R$ 1.435) e Distrito Federal (R$ 2.252).

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Segundo dados informados ontem pelo Serviço de Proteção ao Crédito e da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas 86,7% dos micro e pequenos empresários não têm a intenção de procurar crédito pelos próximos três meses. O indicador mensal registrou em janeiro apenas 12,15 pontos e ficou abaixo dos 13,14 pontos do mês anterior. A escala do indicador varia de zero a 100. Quanto mais próximo de 100, maior é a probabilidade de os empresários procurarem crédito e, quanto mais próximo de zero, menos propensos eles estão para tomar recursos emprestados para os seus negócios. Para 43,1% dos MPEs que não pretendem tomar crédito, é possível manter seu negócio com recursos próprios. Outros 31,4% se justificam dizendo que no momento não pensam em fazer investimentos que exijam a contratação de crédito.

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Para o presidente da CNDL, Honório Pinheiro, a forte desaceleração da economia e o ciclo recente de alta dos juros são dois fatores que contribuem para o cenário atual. "O primeiro fator afeta a confiança dos empresários, ao tornar mais arriscado assumir compromissos de longo prazo, e o segundo eleva o custo do capital, de modo que o tomador de crédito pague um 'preço' maior, na forma de juros", diz.

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Segundo aponta o Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M), A alta nos preços do aluguel, também conhecido como “inflação do aluguel” porque é usado para reajustar a maioria dos contratos imobiliários, ganhou força de janeiro para fevereiro . De1,14%, a taxa passou para 1,29%. De acordo com a Fundação Getulio Vargas, o IGP-M acumula, no ano, alta de 2,44% e, em 12 meses, de 12,08%.

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O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que mede a inflação no atacado e é usado no cálculo do IGP-M, avançou de 1,14% para 1,45%. O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) registrou variação de 1,19% em fevereiro, ante 1,48%, em janeiro. Três das oito classes de despesa registraram alta menor, com destaque para alimentação (de 2,36% para 1,42%).

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As contas do setor público consolidado, que englobam o governo, os estados, municípios e as empresas estatais, ficaram positivas em janeiro. No mês, foi contabilizado um superávit primário (a economia para pagar juros da dívida pública) de R$ 27,91 bilhões, informou ontem o Banco Central. É o primeiro resultado positivo desde abril do ano passado e, também, o maior superávit, para todos os meses, desde novembro de 2013.

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O bom desempenho das contas públicas está relacionado com uma melhora na performance do governo, que teve resultado positivo de R$ 20,89 bilhões em janeiro, mas também dos estados e dos municípios – que apresentaram um superávit primário de R$ 7,97 bilhões no primeiro mês deste ano.

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A agência de classificação de risco Moody’s rebaixou anteontem  a nota da fabricante de bebidas brasileira Ambev. A companhia foi cortada em dois graus, para “Baa3”, último nível da categoria conhecida como “grau de investimento”, que funciona como um selo de bom pagador. A perspectiva para o “rating” da companhia, assim como para o do Brasil, é negativo, afirmou a Moody’s.

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Em nota, a agência explicou que o corte da Ambev foi uma consequência do rebaixamento do Brasil. Na quarta-feira, a Moody’s reduziu a nota do país em dois degraus, passando de “Baa3” para “Ba2” — grau especulativo. O motivo foi a deterioração adicional dos indicadores de dívida do Brasil em um ambiente de baixo crescimento. Entretanto, a Moody’s afirma que as características da Ambev permitem que ela fique acima da nota do Brasil:

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A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), revelou que a população desempregada no país somou 9,1 milhões no último trimestre de 2015, um aumento de 2,5% em relação ao mesmo período em 2014. As informações divulgadas ilustram o cenário de crise econômica e preocupam economistas e outros especialistas da área. Para João Sicsú, professor do Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), os cortes de gastos do governo e o aumento da taxa de desemprego são fatos relacionados. "Quando o governo corta gastos, há uma quantidade menor de recursos que caem na economia, debilitando o comércio e a produção, e portanto, há um aumento do desemprego e queda do rendimento dos trabalhadores".

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