Radar — 26/01/2016

segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

Instituições financeiras consultadas pelo Banco Central esperam por mais inflação neste ano e em 2017. A estimativa das instituições financeiras para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) foi ajustada pela quarta vez seguida, ao passar de 7% para 7,23%. Para o próximo ano, a expectativa é que a inflação fique abaixo do limite superior, mas ainda distante do centro da meta. A projeção para 2017 passou de 5,40% para 5,65%, no segundo ajuste consecutivo. A meta de inflação tem como centro 4,5% e o limite superior é 6,5%, em 2016, e 6%, no próximo ano. As estimativas são do boletim Focus, uma publicação semanal elaborada pelo Banco Central, com base em projeções de instituições financeiras para os principais indicadores da economia.

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Pesquisa divulgada pelo Instituto Data Popular mostra que nove entre dez brasileiros diminuíram o consumo no ano passado, devido à crise econômica. As entrevistas foram feitas entre os últimos dias 4 e 12 com 3,5 mil consumidores maiores de 16 anos em 153 municípios de todos os estados. Segundo os dados, dos 99% dos consultados que acreditam que o país está em crise, 81% têm certeza de que vivenciam um período de recessão. Para 55%, esta é a pior crise que já enfrentaram.

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A capacidade ociosa no setor de autopeças alcançou novo recorde ao atingir 41,7% em novembro passado, maior índice desde que a atual metodologia para medição foi adotada, em 2010. Foi o segundo mês consecutivo de recorde, com alta de 1,2 ponto porcentual sobre outubro. No confronto com os mesmos 11 meses de 2014 a ociosidade cresceu 5,84 pontos porcentuais. Os números foram divulgados pelo Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores (Sindipeças). As vendas de autopeças no acumulado até novembro registraram queda de 14,8% em relação ao mesmo período do ano passado, segundo levantamento mensal do Sindipeças feito com 64 empresas associadas que representam 26,5% do total faturado.

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Instalada no polo automotivo do estado do Rio, a Nissan Motor Company se prepara para investir R$ 750 milhões na fábrica de Resende, no Médio Paraíba. No local, será construído o Nissan Kicks, o novo modelo crossover da companhia que será vendido globalmente e terá o Rio de Janeiro como polo exportador para a América Latina. O governo do estado oferece incentivos para as empresas que se instalam na região. Além disso, há uma série de outros benefícios, como mão de obra qualificada, infraestrutura, localização e a proximidade com os fornecedores. Desde abril de 2014, a Nissan já produz os modelos compactos March e Versa. Com a fabricação do Kicks, um veículo inspirado na cultura brasileira, a multinacional pretende gerar 600 novos empregos e iniciar o segundo turno na unidade de Resende.

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 Sem sinais claros de recuperação da economia brasileira, os empresários fluminenses seguem pessimistas. É o que aponta o Índice de Confiança do Empresário Industrial Fluminense (ICEI-RJ), que registrou o pessimismo dos empresários pelo 22º mês consecutivo. De acordo com o ICEI-RJ, em janeiro a confiança dos industriais atingiu o pior nível (32,7 pontos) da série histórica, iniciada há dez anos. A percepção está alinhada à nacional: o ICEI-BR ficou em 36,0 pontos. Jonathas Goulart, especialista em desenvolvimento econômico da entidade, explica que o quadro é resultado da potencialização da crise política instalada no país, além da falta de ações efetivas para a melhora do ambiente de negócios.

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O ICEI-RJ mostra uma queda expressiva nas perspectivas do número de empregados para a indústria (37,6). Da mesma forma, houve deterioração da expectativa por demanda por produtos industriais (39,9) e compra de matéria-prima (39,7). A sondagem industrial indica ainda uma piora na percepção da conjuntura econômica atual do país, do estado e também empresas, analisada pelo indicador condições atuais (24,8 pontos).

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