Radar — 25/09/2015

sexta-feira, 25 de setembro de 2015

A taxa de desemprego nas seis principais regiões metropolitanas do país ficou em 7,6% em agosto deste ano, segundo a Pesquisa Mensal de Emprego (PME) realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A taxa é superior às observadas em julho deste ano (7,5%) e em agosto de 2014 (5%). Esse é o maior índice desde março de 2010, quando foi registrada a mesma taxa (7,6%). Comparando-se apenas com os meses de agosto, essa é a maior taxa desde 2009, já que em agosto daquele ano, a taxa de desocupação ficou em 8,1%.

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A população desocupada ficou em 1,9 milhão de pessoas, o mesmo contingente de julho deste ano: esse total é 52,1% superior aos dados de agosto de 2014. Em termos absolutos, havia 636 mil pessoas a mais procurando emprego em agosto deste ano do que no mesmo período do ano passado.

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A população ocupada foi estimada em 22,7 milhões de pessoas, mostrando estabilidade em relação a julho. Em relação a agosto do ano passado, no entanto, caiu 1,8%.

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O Banco Central (BC) espera maior retração da economia este ano. A projeção para a queda do Produto Interno Bruto (PIB) passou de 1,1%, divulgada em junho, para 2,7%, informa Relatório de Inflação divulgado ontem. De acordo com o BC, a produção agropecuária deverá crescer 2,6% (estimativa anterior era 1,9%). Já a produção da indústria deve ter queda de 5,6%, contra a previsão anterior de retração de 3%. O setor de serviços teve ter queda de 1,6%, contra a estimativa anterior de 0,8%.

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O dólar está em alta nos últimos dias. A moeda mais cara afeta a inflação porque torna produtos importados mais caros. Mas o Banco Central avalia que – com a economia em queda – esse repasse do câmbio para a inflação deva ser menor. Na quarta-feira, o dólar comercial fechou o dia cotado em patamar recorde de R$ 4,146.

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O rendimento médio do trabalhador ficou em R$ 2.185,50 em agosto deste ano. O valor é 0,5% superior ao registrado em julho deste ano. No entanto, na comparação com agosto do ano passado, o rendimento recuou 3,5%, segundo dados da Pesquisa Mensal de Emprego (PME), divulgados ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Na comparação com julho, os rendimentos dos empregados com carteira assinada cresceram 1,3%, enquanto os daqueles sem carteira assinada caíram 6,2%. Entre os grupamentos de atividade, nesse tipo de comparação, houve altas em outros serviços (6,3%), na construção (4,6%) e nos serviços domésticos (1,4%), enquanto foram registradas quedas de 2,4% na educação, saúde e administração pública e de 1,1% no comércio.

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O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) da Fundação Getulio Vargas recuou 5,3% em setembro de 2015, atingindo 76,3 pontos, o menor nível da série histórica pelo terceiro mês consecutivo. Segundo a FGV, “a queda do ICC em setembro decorre da deterioração dos fatores que vêm determinando a piora das expectativas ao longo dos últimos 12 meses: enfraquecimento da atividade econômica, com reflexo crescente no mercado de trabalho, aceleração da inflação e aumento da incerteza”. Na pesquisa, apenas 3,0% dos consumidores afirmam que a situação econômica está “boa”, enquanto 85,2% respondem estar “ruim”.

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