Radar — 24/06/2016

sexta-feira, 24 de junho de 2016

Mais feijão

O governo vai liberar a importação de feijão de alguns países, com o objetivo de reduzir o preço do produto nos supermercados. A medida valerá para o feijão com origem na Argentina, no Paraguai e na Bolívia. De acordo com o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Blairo Maggi, está em estudo a possibilidade de importar o produto também do México e da China, segundo informações divulgadas pelo portal do Planalto. De acordo com o Instituto Brasileiro do Feijão, o aumento se deve à seca em grande parte dos estados que produzem o grão. Com isso, houve queda na oferta e, com o aumento da demanda, os preços acabaram subindo. O preço do feijão-carioca chegou a R$ 10 em supermercados de vários estados brasileiros esta semana.

Varejo virtual

 O consumo pela internet de bens não duráveis, como alimentos e produtos de limpeza, ainda é pequeno no Brasil, mas há espaço para que os supermercadistas virem esse jogo e conquistem novos consumidores no varejo virtual. É o que revela uma pesquisa realizada pelo Mercado Pago, ecossistema de pagamentos que atende a vendedores e compradores do Mercado Livre e outras milhares de lojas online.

*****

Entre os 600 internautas entrevistados, os quais têm o hábito de comprar pela internet, 71,5% informam nunca terem comprado bens não duráveis pela web. Sobre os motivos, 55% deles afirmam que poucos supermercados oferecem o serviço ou que sua rede preferida não o disponibiliza. Já, 34,5% dizem desconhecer a oferta online desses produtos e 30% apontam o valor do frete como fator desestimulante.

Refrigerantes fora da escola

A Coca-Cola, a Pepsi e a Ambev anunciaram que não vão mais vender refrigerante a escolas no país. Segundo o acordo, a partir de agosto, as fabricantes entregarão apenas água mineral, sucos com 100% de fruta, bebidas lácteas e água de coco em estabelecimentos voltados a crianças de até 12 anos. De acordo com o comunicado das companhias, o novo portfólio tem como referência diretrizes de associações internacionais de bebidas.

*****

Ainda de acordo com as empresas, "crianças abaixo de 12 anos não têm maturidade suficiente para tomar decisões de consumo", pré-requisito para a escolha de uma alimentação mais balanceada. Coca, Pepsi e Ambev junto a  Associação Brasileira da Indústria de Refrigerantes e Bebidas Não Alcoólicas (Abir) vão tentar sensibilizar outras representantes do setor a terem a mesma decisão.

Gasolina mais barata

Os valores mais baixos da gasolina no Brasil são encontrados no estado de São Paulo, em núcleos próximos a Porto Alegre, no eixo Curitiba-Vale do Itajaí, no litoral nordestino e no Piauí. A constatação está na pesquisa Logística de Energia 2015 – Redes e fluxos do território, divulgada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). O estudo se refere a dezembro de 2014, após pesquisa realizada em 41.715 postos, localizados em 555 municípios.

*****

O levantamento indica que “os preços da gasolina possuem um comportamento onde há, grosso modo, um aumento progressivo de leste para oeste, atingindo os maiores valores no interior do Pará e no oeste de Amazonas e Acre”. O instituto constatou ainda que existe uma “uma influência clássica do fator distância” porque “quanto mais distante dos polos produtores de combustível situados no litoral, maior tende a ser o preço”. O preço do etanol no Brasil segue a mesma lógica da gasolina, uma vez que as grandes distâncias dos polos produtores encarecem o produto.

Energia desigual

Superar as desigualdades e atender a demanda energética no Brasil são os principais desafios a serem superados no sistema de distribuição, concluiu o estudo Logística de Energia - Redes e Fluxos do Território, divulgado pelo IBGE. O documento sinaliza concentração excessiva da produção, distribuição e logística energética no Sudeste, Sul e parte do Centro-Oeste do país. No Sudeste, o Rio de Janeiro responde por quase 70% de toda a produção de petróleo (68,4%) e por 34,8% da produção de gás natural; o Espírito Santo é responsável por 16,3% da produção de petróleo e São Paulo, (7,2%).

*****

Na produção de gás, 62,8% se concentram no Rio de Janeiro (34,8%), Espírito Santo (14,9%) e São Paulo (13,1%). Das 17 refinarias que integram o Parque Nacional de Refino, cinco delas ficam no Sudeste: São Paulo (5) e Rio de Janeiro (2). O Rio Grande do Sul tem duas refinarias. A concentração indica que 39% da capacidade de refino no Brasil estão no interior de São Paulo, 10,9% no Rio de Janeiro e 9,3% no Rio Grande do Sul. Assim, as regiões Sul e Sudeste reúnem 59,2% da capacidade de refino.

TAGS:

A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.