Radar — 23/09/2015

quarta-feira, 23 de setembro de 2015

A prévia da inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – 15 (IPCA-15), acumula uma taxa de 9,57% no período de 12 meses. Segundo dados divulgados ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), com a prévia, a inflação oficial acumula taxa de 7,78% no ano. Apenas no mês de setembro, a taxa ficou em 0,39%, índice igual ao de setembro de 2014 e inferior ao 0,43% da prévia de agosto. O recuo da taxa entre agosto e setembro deste ano foi provocada, principalmente, pela queda de preços de 0,06% dos alimentos em setembro. Em agosto, o grupo alimentação e bebidas teve uma inflação de 0,45%.

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Os alimentos consumidos em casa ficaram 0,37% mais baratos na prévia de setembro, devido às quedas de preços de produtos como cebola (-13,77%), tomate (-13,14%) e cenoura (-10,29%). Por outro lado, os alimentos consumidos fora de casa tiveram aumento de preços de 0,51%.

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A cotação do dólar na manhã de ontem alcançou R$ 4 e é a mais alta, desde a criação do Plano Real, em 1994. Às 9h20, a cotação estava em R$ 4,0264. O recorde para o fechamento da moeda ocorreu em 10 outubro de 2002, quando o dólar fechou o dia cotado em R$ 3,99.

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A intenção de consumo das famílias (ICF), de acordo com levantamento da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), teve queda de 2,4% em setembro deste ano, na comparação com o mês anterior. Na comparação com setembro do ano passado, a queda chegou a 34,5%, informou ontem a CNC. O indicador teve a oitava queda consecutiva e segue no menor patamar desde o início da série histórica, em 2010. Na comparação com agosto deste ano, houve recuos nos sete componentes do ICF, com destaque para a perspectiva de consumo, que caiu 5,5%. As maiores reduções foram observadas no momento para a compra de bens duráveis (-51,8%) e na perspectiva de consumo (-50,4%).

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O tempo do deslocamento casa-trabalho-casa vem crescendo ano após ano nas principais áreas metropolitanas do Brasil. Um estudo do Sistema Firjan, mostra que, considerando-se os deslocamentos acima de 30 minutos, mais de 17 milhões de trabalhadores demoram, em média, 114 minutos nessas viagens. O tempo perdido nos deslocamentos tem um impacto para a economia, a chamada produção sacrificada, superior a R$ 111 bilhões.

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Diante do desgaste político com ajustes fiscais para recuperar o crescimento econômico do país, com possível criação de imposto para cobrir o rombo da previdência, pensão a filhas de militares e servidores civis consome quantias bilionárias dos cofres federais. Dados do Ministério da Defesa enviados à Comissão de Orçamento mostram que há 185,3 mil beneficiários das Forças Armadas, o que corresponde a 27,7% do total de pensionistas e 36,2% do efetivo de militares. O gasto previsto para este ano com o pagamento das pensões é de R$ 3,8 bilhões.

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O benefício foi extinto em 2010 para servidores que ingressaram em uma das três Forças – Marinha, Exército e Aeronáutica – naquele ano. Quem já era militar, foi deixada a alternativa de manter o privilégio caso pague um adicional de R$ 1,5% na contribuição previdenciária. O regime de aposentadoria continua deficitário, com rombo de R$ 11 bilhões para este ano. O documento “Avaliação Atuarial das Pensões dos Militares” revela que o resultado negativo ainda deve durar 75 anos.

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