Radar — 23/06/2016

quarta-feira, 22 de junho de 2016

Voando menos

Nos cinco primeiros meses do ano, a aviação doméstica no país registrou queda de 8,2% em relação ao acumulado de janeiro a maio de 2015. Segundo o balanço divulgado pela Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear), neste período de 2016 foram transportados 36,4 milhões de passageiros, 3,2 milhões a menos do que em 2015. Em maio, o volume de passageiros transportados caiu 9,9% em comparação com o mesmo mês do ano passado, totalizando 6,8 milhões de viagens. A Abear representa quatro companhias que reúnem 99% do mercado doméstico de aviação - Gol (36,88%), Latam (34,77%), Azul (17,05%) e Avianca (11,31%). No mercado dos voos internacionais, em que as empresas nacionais representam 25% da oferta, houve queda de 4,9% no número de viagens em maio, que ficaram em 544 mil.

Em busca de crédito

A procura das empresas por crédito aumentou 12% em maio na comparação com abril, de acordo com o Indicador Serasa Experian de Demanda das Empresas por Crédito. Na comparação com maio de 2015, a demanda cresceu 11,1%. No acumulado do ano, porém, houve recuo de 4,6% em relação ao mesmo período de 2015. A alta foi determinada pelas micro e pequenas empresas que tiveram aumento na demanda por crédito de 12,6%. Nas médias empresas, houve alta de 0,4%, enquanto as grandes empresas recuaram 0,2%.

Indústria confia mais

A prévia do Índice de Confiança da Indústria apresentou alta de 3,9 pontos em junho em relação ao resultado consolidado de maio. Com o crescimento, o resultado preliminar chegou a 83,1 pontos, em uma escala de 0 a 200, o maior patamar desde fevereiro de 2015. Os dados são da Fundação Getulio Vargas. O principal motivo para o crescimento da prévia do índice foi o aumento do otimismo do empresário da indústria em relação aos próximos meses.

E o comércio também

O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec), da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), atingiu 82,3 pontos em junho – um aumento de 2,1% na comparação com o mês passado, com ajuste sazonal. Apesar de este ser o maior resultado dos últimos 11 meses, o índice apresentou recuo de 4,8% na comparação anual e mantém-se em patamar abaixo da zona de indiferença – de 100 pontos. “A confiança dos empresários do comércio tem evoluído evidenciando uma estabilidade”, avalia a CNC.

Inflação diminui

A inflação acumulada entre abril e a primeira quinzena de junho ficou em 1,78%, de acordo com o IPCA-E Índice de Preços ao Consumidor Amplo-Especial). Nos últimos 12 meses, o levantamento aponta uma inflação de 8,98%. A meta do governo para este ano é de uma inflação de 4,5%, podendo chegar a 6,5%. O item com o maior peso nos dados de inflação é a categoria alimentos e bebidas que aumentou 12,46%, no país. Entre as 11 regiões pesquisadas, a maior inflação do período dos últimos 12 meses é em Fortaleza, no Ceará, com 10,22%. Salvador tem a segunda maior inflação (9,29%). A região com a menor inflação acumulada, mesmo assim acima do teto da meta do Banco Central, é Brasília com 7,48%.

Menos telespectadores

Em todo o país, o número de assinantes de televisão caiu 4,3% em abril, comparado ao mesmo mês de 2015, segundo a Associação Brasileira de Televisão por Assinatura (ABTA). O levantamento - feito desde 2001 - aponta altas consecutivas nas assinaturas até 2014, quando o setor entrou em queda. Em abril deste ano calcula-se que existam 18,9 milhões de assinantes. Em abril de 2015, eram 19,11 milhões. Para Oscar Vicente Simões de Oliveira, presidente da ABTA, a retração não é vista de forma tão negativa. “A queda da base de assinantes foi menor que a queda da economia, o que mostra que é falsa a ideia de que este é um produto supérfluo”, disse.

Bebidas e cigarros

Diário Oficial da União publicou instrução normativa para aumentar o controle da Receita Federal sobre as entradas e saídas de insumos e produtos nas empresas fabricantes de bebidas e de produtos do fumo, bem como os saldos em estoque. A norma, informa a Receita, obriga a escrituração dos dados no Livro de Registro de Controle da Produção e do Estoque no Sistema Público de Escrituração Digital. A Receita destaca que, como os setores de bebidas e cigarros são muito sensíveis em relação às questões de arrecadação tributária, há necessidade de maior acompanhamento econômico-tributário. A medida será um instrumento para coibir a utilização de selos de controle falsos, expediente utilizado, segundo a Receita, por empresas fabricantes de bebidas quentes e de cigarros para escapar ao controle fiscal. 

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