Radar — 23/03/2016

quarta-feira, 23 de março de 2016

Inadimplência cresce

Em todo o país, o percentual de cheques devolvidos por insuficiência de fundos, pela segunda vez, fechou fevereiro em 2,27%. Segundo a empresa de consultoria Serasa Experian, foi o segundo maior índice de inadimplência para o mês de fevereiro de toda a série histórica, iniciada em 1991. O maior valor para um mês de fevereiro havia sido a devolução de 2,32% do total de cheques, registrada em 2009. Em janeiro deste ano, foram devolvidos 2,41%. Em fevereiro de 2015, o índice chegou 2,19%. Segundo os economistas da Serasa, o nível elevado da inadimplência com cheques em fevereiro último é decorrente da alta dos índices de desemprego no país, o que afetou a geração de renda e capacidade de pagamento de compromissos financeiros por parte dos consumidores.

Roubo recuperado

A Petrobras espera receber de volta mais recursos desviados da empresa no esquema de corrupção investigado pela Operação Lava Jato. De acordo com o presidente da estatal, Aldemir Bendine, até agora, R$ 300 milhões foram devolvidos ao caixa da empresa, mas a perspectiva é que esse valor aumente. “O valor já ingressou no caixa da companhia, mas existe uma série de ações em curso já com valores recuperados que ainda não estão homologados”, disse Bendine em entrevista após a divulgação dos resultados financeiros da empresa em 2015.

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Em dois anos, a Lava Jato conseguiu recuperar R$ 2,9 bilhões e repatriar R$ 659 milhões, por meio de 97 pedidos de cooperação internacional. O total do ressarcimento pedido pelo Ministério Público Federal a empreiteiras e ex-diretores da Petrobras chega a R$ 21, 8 bilhões.

Economia melhora

Aumento do investimento estrangeiro, saldo robusto no comércio exterior e inflação menor vão reforçar as bases da economia brasileira em 2016. Para este ano estão previstos, por exemplo, cerca de US$ 60 bilhões. Só em janeiro foram US$ 5,5 bi, US$ 1 bi acima do previsto. Em outro reforço importante na economia, em 2015, as operações de comércio exterior renderam US$ 19,7 bilhões. Para 2016, o governo estima ganho maior, de US$ 35 bilhões. Nos primeiros 65 dias foram US$ 5,2 bilhões. Uma das bases para essas estimativas são os acordos automotivos com Argentina, México, Colômbia e Uruguai, que em medida beneficia a indústria de veículos. Como resultado, a exportação de veículos subiu 80% nos dois primeiros meses de 2016.

Fraudes aumentam

Em janeiro foram registradas 150.643 tentativas de fraude conhecida como roubo de identidade, em que dados pessoais são usados por criminosos para firmar negócios sob falsidade ideológica. O número é equivalente a uma tentativa de fraude a cada 17,8 segundos no país. O resultado representou queda de 2,8% em comparação a dezembro de 2015, quando foram registradas 155.056 tentativas, e queda de 10,8% em relação a janeiro de 2015, que registrou 168.944. Os dados são do Indicador Serasa Experian de Tentativas de Fraudes – Consumidor.

Pessimismo diminui

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) informou ontem, 22, que o pessimismo vem diminuindo entre empresários da construção. De acordo com dados da Sondagem Indústria da Construção, o índice de evolução do nível de atividade no setor passou de 33,6 pontos em janeiro para 35,2 pontos em fevereiro. O indicador de número de empregados variou de 33,8 pontos para 35,5 pontos no período. O índice varia de 0 a 100 e valores abaixo de 50 pontos sinalizam retração da atividade e do emprego. A CNI informou também que, pelo segundo mês consecutivo, houve redução do pessimismo entre os empresários do setor. Em março, o índice de expectativas para o nível de atividade registrou 40,6 pontos. Em fevereiro, foi de 39,8 pontos.

Reuso de água

A captação de água da chuva nas novas construções públicas e privadas poderá se tornar obrigatória. É o que estabelece  um projeto de lei do Senado que a Comissão de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle (CMA) começou a analisar ontem, 22. Do senador Donizeti Nogueira (PT-TO), o projeto reduz a utilização de água tratada em atividades que não envolvam o consumo direto, como a limpeza de prédios e a irrigação de jardins.

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Pelo projeto, a carta de “habite-se” das novas construções só poderá ser emitida se houver o atendimento ao uso da água da chuva. No caso de edificações privadas, a obrigação pode ser direcionada apenas a construções com área igual ou superior a 300 metros quadrados, conforme emenda da Comissão de Desenvolvimento Regional e Turismo (CDR), mantida pela relatora na CMA, senadora Lídice da Mata (PSB-BA). 

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