Radar — 22/09/2015

segunda-feira, 21 de setembro de 2015

A projeção de instituições financeiras para a retração da economia este ano passou piorou pela décima vez seguida. Desta vez, a estimativa para a queda do Produto Interno Bruto (PIB) passou de 2,55% para 2,70%. Para 2016, a expectativa de retração também foi alterada: de 0,60% para 0,80%, no sétimo ajuste consecutivo. Essas estimativas são do boletim Focus, publicação semanal elaborada pelo Banco Central (BC), com base em projeções de instituições financeiras para os principais indicadores da economia. Na avaliação do mercado financeiro, a produção industrial deve apresentar retração de 6,45%, este ano. Na semana passada, a projeção de queda era 6,20%. Em 2016, o setor deve se recuperar, mas a projeção de crescimento está cada vez menor: passou de 0,50% para 0,20%, no quarto ajuste seguido.

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O encolhimento da economia vem acompanhado de inflação acima da meta, este ano. A meta é 4,5%, com limite superior de 6,5%. A estimativa das instituições financeiras para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), este ano, foi ajustada de 9,28% para 9,34%. Para o próximo ano, a expectativa é que a inflação fique abaixo do limite superior, mas ainda distante do centro da meta, em 5,70%, contra 5,64% previstos na semana passada. Esse foi o sétimo aumento seguido na projeção para inflação em 2016.

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O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) dessazonalizado (ajustado para o período) apresentou queda de 0,02%, em julho, na comparação com junho. O indicador foi divulgado ontem. Esse é o segundo mês seguido de queda. Em junho comparado a maio, houve queda de 0,73%, de acordo com os dados revisados. Nos sete meses do ano, apenas em fevereiro e em maio houve crescimento: 0,75% e 0,06%, respectivamente, na comparação com os meses anteriores.

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O Brasil deve aumentar a participação de fontes poluentes na matriz energética nos próximos anos, segundo análise feita pelo World Resources Institue (WRI). A organização internacional de pesquisa sobre sustentabilidade divulgou ontem o relatório Oportunidades e Desafios para Aumentar Sinergias entre as Políticas Climáticas e Energéticas no Brasil. Segundo o documento, mais de 70% dos investimentos previstos para o setor de energia no país entre 2013 e 2022 devem ser feitos em fontes com altas emissões de gases de efeito estufa. “Em contraste com muitas das maiores economias emergentes, a matriz energética do Brasil está se tornando mais intensiva em carbono, não menos, por causa do aumento da dependência de combustíveis fósseis”, diz o texto.

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A Confederação Nacional da Indústria (CNI) firmou acordo com o Comitê para ajudar a divulgar as compras e incentivar a participação do setor produtivo nacional. Até o momento, pelo menos 202 grandes contratos de concorrência, com negociações acima de R$ 50 mil, foram assinados com companhias brasileiras. Para participar da concorrência, as empresas precisam se cadastrar no portal de suprimentos dos Jogos Olímpicos e lançar propostas para os editais abertos. Além disso, também é possível conferir quais processos estão em andamento e quais produtos estão sendo comprados no site Indústria Campeã, dentro do Portal da Indústria. A atualização é semanal. 

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