Radar — 18/06/2016

sexta-feira, 17 de junho de 2016

Nomes sujos

O número de consumidores entre 18 e 95 anos inadimplentes e com o nome registrado em serviços de proteção ao crédito chegou, em maio, a 59,25 milhões, o equivalente a 39,91% da população nessa faixa etária. Os dados são do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL). De acordo com o indicador, no mês passado, 50 mil pessoas foram inscritas nos cadastros de restrição ao crédito. O aumento, no entanto, foi pequeno em relação ao que ocorreu em abril, quando 500 mil brasileiros tiveram o CPF negativado. Entre os adultos de 30 a 39 anos, a proporção de inscritos no cadastro de restrição a crédito ultrapassou a metade: 50,32% ou cerca de 17 milhões de consumidores. O cadastro impõe dificuldades para realizar compras a prazo, fazer empréstimos, financiamentos ou obter crédito.

O emprego vai reagir

O ministro do Trabalho e Previdência Social, Ronaldo Nogueira, reafirmou que acredita na recuperação do mercado de trabalho a partir de julho. Com aumento de 11,2% nos últimos três meses, o desemprego no país já atinge 11,4 milhões de pessoas. Segundo ele, a recuperação do mercado de trabalho vai acompanhar a economia, que terá de volta a confiança do investidor com as mudanças em curso pelo governo interino.

Frio aquece as vendas

A recente onda de frio provocou uma corrida de consumidores às lojas do Rio para renovar o guarda-roupa com a coleção outono/inverno. Apesar da crise que afastou os clientes e derrubou o faturamento no início do ano, lojistas de shopping centers comemoravam um aumento de até 20% nas vendas em junho, na comparação com maio. Alguns vendedores atingiram 70% da meta prevista para todo o mês somente nos primeiros 15 dias. O Clube de Diretores Lojistas (CDL-Rio) observa o maior movimento com cautela, já que a queda nas vendas chegou a 12,9% no primeiro trimestre deste ano, em relação a igual período de 2015. O setor de moda está vendendo mais, mas ainda é cedo para comemorar. O comércio vem de um momento muito ruim, e esta melhoria temporária não vai recuperar as perdas em pouco tempo — disse Aldo Gonçalves, presidente do CDL-Rio.

Alimentos vendem mais

A indústria de alimentos, a última que acusa queda nas vendas em períodos de crise e a primeira que sai da recessão, começa a dar sinais de que o pior já passou. Em 12 meses, as vendas dos fabricantes de alimentos recuaram 3,73%, já descontada a inflação do período, aponta a Associação Brasileira das Indústrias da Alimentação (Abia). Em março, na mesma base de comparação, a queda havia sido de 4,08%.

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A entidade reúne 150 empresas e cooperativas que respondem por 70% da produção de alimentos do país. A maior parte da produção (80%) é destinada ao mercado doméstico. Em 2015, a indústria de alimentos fechou o ano com queda real de 2,73% no faturamento. Para este ano espera zerar essa perda, podendo ter um ligeiro crescimento.

289 mil fecharam as portas

O Brasil perdeu 289 mil empresas em 2014, uma queda de 5,4% em relação a 2013 e a primeira desde o início da série histórica, em 2007, segundo o Cadastro Central de Empresas (Cempre) divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). As organizações formais ativas, 5,1 milhões, ocupavam 55,3 milhões de pessoas. O número representa aumento de pessoal ocupado de 0,2% (97,5 mil) e de pessoal ocupado assalariado de 0,8% (381,3 mil), comparado a 2013. Uma das coordenadoras da pesquisa, Kátia Cilene Medeiros de Carvalho, explicou que a maioria das empresas que não resistiram à crise era de pequeno porte.

Pulseira substitui cartão

O Bradesco anunciou parceria com a bandeira de cartões Visa para tecnologia de pagamento eletrônico em que produtos e serviços podem ser comprados via pulseira, em vez de com cartão ou celular. O produto será testado durante os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, com quatro mil terminais que aceitam a tecnologia nos parques que sediarão o evento, afirmaram as empresas. Compras unitárias abaixo de R$ 50 feitas com o acessório dispensam a senha que o usuário teria que digitar se estivesse pagando com cartão. Segundo Cesário Nakamura, diretor da Bradesco Cartões, ainda não há previsão de lançamento do produto em larga escala no país, nem por qual preço ele será vendido.

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