Radar — 17/07/2015

quinta-feira, 16 de julho de 2015

O setor de serviços fechou o mês de maio com crescimento nominal de 1,1% em relação a maio do ano passado, mas em queda de 0,6 ponto percentual em relação ao mês de abril (1,7%) deste ano e também inferior aos 6,1% de março passado. Os dados constam da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) divulgada ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Segundo o Instituto, o resultado de maio é o segundo menor desde fevereiro de 2015 — quando ficou em 0,9% — e o maior para os meses de maio de toda a série. Os dados revelam que o setor de serviços fechou os primeiros cinco meses do ano com alta acumulada de 2,3% e nos últimos 12 meses alta de 3,8%.

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O relatório Perspectivas Agrícolas: Desafios para a Agricultura Brasileira 2015-2024, divulgado na quarta-feira pela Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) e pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) aponta boas expectativas para a produção agrícola do Brasil, embora a tendência de crescimento deva ser menor que nos anos recentes. Além de representantes da FAO e da OCDE, participaram do lançamento o ministro do Desenvolvimento Agrário, Patrus Ananias, e o secretário nacional de Desenvolvimento Agropecuário, Caio Rocha, representando a ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Kátia Abreu. O relatório é parte de documento lançado anualmente sobre as perspectivas agrícolas no mundo.

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A arrecadação federal fechará 2015 abaixo da expectativa, admitiu ontem o chefe do Centro de Estudos Tributários da Receita Federal, Claudemir Malaquias. Segundo ele, o fraco desempenho da economia e a concessão de isenções, desonerações e regimes especiais farão as receitas caírem em ritmo maior que o recuo do Produto Interno Bruto (PIB, soma das riquezas produzidas no país), estimado em 1,5% pelo Ministério da Fazenda. De acordo com Malaquias, com a projeção atualizada de queda de 1,5% para o PIB, a arrecadação das receitas administradas, excluídas as contribuições para a Previdência Social, deverá encerrar o ano abaixo de R$ 810 bilhões. Até o fim de maio, a equipe econômica previa arrecadação de R$ 848,3 bilhões.

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O plenário da Câmara dos Deputados voltou atrás e derrubou na noite de quarta feira a duração de cinco anos para os mandatos de presidente da república, governadores, prefeitos, deputados, vereadores e senadores. As matérias haviam sido aprovadas durante a votação da proposta de emenda à Constituição (PEC) da reforma política, em primeiro turno. Com a decisão, os cargos do Executivo, deputados vereadores retornam o mandato de quatro anos e oito anos para senadores.

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Um projeto de lei que estabelece a fusão, emancipação e criação de municípios foi aprovado ontem pelo plenário do Senado. Este é o terceiro projeto aprovado pelo Congresso Nacional sobre o mesmo tema. Os dois anteriores, um deles no ano passado, foram vetados pela presidenta Dilma Rousseff por causa do impacto sobre as contas públicas. O autor do projeto, senador Flexa Ribeiro (PSDB-PA), ressaltou, em sua justificativa,  a importância de o país ter uma lei que defina a criação, fusão e emancipação de municípios e criticou os vetos à matéria. 

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O Tribunal de Justiça de São Paulo negou o pedido de suspensão de funcionamento do aplicativo Uber, que oferece carona remunerada. Os taxistas reclamam que o aplicativo fornece serviços “de modo clandestino e ilegal”, o que promoveria concorrência desleal. Criado em 2010, o aplicativo Uber está em 57 países e começou a operar no Brasil no ano passado. O aplicativo é semelhante ao de táxi, com a diferença de que, para ser motorista da empresa, é preciso se cadastrar no site, ter carteira profissional e seguro de automóvel para uso comercial.

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A desembargadora Silvia Rocha não concordou com a necessidade de antecipação da tutela solicitada pelos taxistas. Para ela, o processo ainda está no início, o que dificulta identificar possíveis riscos de “dano irreparável ou de difícil reparação” devido ao funcionamento do aplicativo.

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O brasileiro está mais consciente na hora de consumir, revela estudo divulgado ontem, no Rio de Janeiro, segundo o qual 85% da população entendem que o progresso não está em consumir mais, mas em consumir melhor (a média mundial é de 78%), enquanto 75% acreditam que um consumo exagerado pode impor riscos ao planeta e à sociedade, também superando a média mundial, que é de 70%. De acordo com a publicação Estilo de vida sustentável no contexto brasileiro, a percepção é que o Brasil está mais avançado em relação ao mundo, de acordo com a gerente de Projetos e Conteúdo do Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (Cebds), Ana Carolina Szklo, entidade que realizou a pesquisa em conjunto com a agência global Havas.

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