Radar — 17/02/2016

terça-feira, 16 de fevereiro de 2016

O comércio varejista brasileiro fechou 2015 com uma queda de 4,3% no volume de vendas. No entanto, segundo dados da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), divulgada ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a receita nominal dos oito segmentos do varejo cresceu 3,2% no período. Considerando-se também os setores de veículos e autopeças e de materiais de construção, os dez setores do chamado varejo ampliado tiveram recuo de 8,6% no volume de vendas e de 1,9% na receita nominal. Entre novembro e dezembro, os oito setores do comércio varejista tiveram quedas de 2,7% no volume de vendas e de 1,9% na receita nominal. Já na comparação de dezembro de 2015 com o mesmo período de 2014, houve redução de 7,1% no volume de vendas e alta de 2,8% na receita nominal.

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O estado do Rio de Janeiro terá um novo terminal portuário no Porto do Açu, em São João da Barra, no norte fluminense. A obra receberá investimento de R$ 610 milhões e poderá gerar até 25 mil empregos diretos e indiretos. O governador do Rio, Luiz Fernando Pezão, e o ministro da Secretaria de Portos da Presidência da República, Helder Barbalho, participaram da assinatura de autorização para que a empresa Brasil Port Logística Offshore inicie os investimentos na obra. O complexo portuário de São João da Barra servirá para apoiar a indústria de óleo e gás da Bacia de Campos. Até 2042, dentro do Plano Nacional de Logística Portuárias, o estado do Rio deverá receber R$ 7,8 bilhões, o equivalente a 15% dos investimentos portuários previstos para o país, que somarão um total de R$ 51 bilhões.

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Os negócios feitos por meio de consórcios envolvendo aquisições de bens (imóveis e veículos) e de serviços aumentaram 13,9% no período de janeiro a dezembro do ano passado, com o fechamento de contratos no valor total de R$ 89,61 bilhões, superando o montante registrado em 2014 (R$ 78,68 bilhões). Os dados são da Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios (Abac). Os consórcios em geral fecharam 2015 com 7,17 milhões de participantes ativos, 1,4% superior a 2014. O número de contemplados cresceu 3,7%, com 1,41 milhão, e o volume de créditos teve alta de 8,3%, somando R$ 40,94 bilhões. Só as vendas de novas cotas no setor de imóveis cresceram 41,7%, com 251,2 mil adesões e contratos no valor de R$ 28,9 bilhões, 43,4% maior do que no ano anterior. Ao longo de 2015, 71 mil consorciados tiveram acesso aos imóveis, 2,9% mais do que em 2014. A quantia de crédito disponibilizado cresceu 7,6%, atingindo R$ 7,05 bilhões.

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Análise inédita feita pelo Departamento da Indústria da Construção da Fiesp (Deconcic) mostra que em 2014 o déficit habitacional, calculado com base na metodologia da Fundação João Pinheiro (FJP), foi de 6,198 milhões de famílias, contra 6,941 milhões em 2010. No período, a queda do déficit habitacional foi de 2,8% ao ano. Em 2014, a maior parte (3,258 milhões) das famílias que compunham o déficit habitacional estava no componente ônus excessivo com o aluguel. Na coabitação familiar, outro componente importante do déficit, havia 1,762 milhão de famílias, ou 28,4% do total.

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Em termos absolutos, a maior concentração do déficit ocorreu na região mais populosa do país, o Sudeste, onde 2,562 milhões de famílias se enquadravam nas condições de déficit habitacional. O Estado de São Paulo tinha 1,432 milhão de famílias no déficit habitacional em 2014. Em Minas Gerais e no Rio de Janeiro o déficit foi de, respectivamente, 545 mil e 472 mil famílias nesse ano.

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A incerteza econômica que atinge alguns nichos da economia é sentida de forma diferente em alguns setores. O Instituto de Foodservice Brasil (IFB), que representa o setor de alimentação fora do lar, projeta crescimento de 7,7% para este ano. Em 2015, o segmento apresentou alta de vendas da ordem de 6,2%. O mercado de foodservice tem faturamento estimado em R$ 60 bilhões. São mais de 220 mil colaboradores em quase dez mil pontos de venda, número que deve subir para 10.700 estabelecimentos até dezembro. Segundo especialistas, “a explicação para isso está, principalmente, em dois fatores-chave: a alimentação fora do lar, mesmo em períodos de incerteza econômica, ter se tornado um forte hábito para os brasileiros, e, no caso da franquia, a culinária oriental está conquistando cada vez mais apreciadores”.

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