Radar – 16/05/2015

sábado, 16 de maio de 2015

Generoso, o doleiro Alberto Youssef, peça central da Operação Lava Jato, deu gado, móveis, cadeira de rodas e até um helicóptero ao ex-deputado federal Luiz Argolo (ex-PP e hoje afastado do SD-Ba). A dinheirama vinha por parte do cartel de 16 empreiteiras do esquema de corrupção da Petrobras.

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A nova presidente do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e de Recursos Renováveis (Ibama) Marilene Ramos, tomou posse ontem e está decidida a mudar a estratégia de gestão do órgão, privilegiando estados e municípios e buscando outras fontes de financiamento para os projetos ambientais do país. “Eu quero implantar um modelo que dê resultados”, afirmou.

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Mesmo com a Lei de Acesso à Informação (LAI), em vigor desde 2012, o cidadão encontra dificuldades para obter informações de órgãos públicos, em especial o Judiciário. É o que informa pesquisa da ONG Artigo 19, indicando que a esfera federal da Justiça responde por apenas 50,9% das solicitações de informação. O desempenho foi pior entre os três poderes. Também foi avaliada a chamada transparência ativa das instituições, ou seja, as informações disponibilizadas ao público espontaneamente, principalmente na internet. No Executivo, 28 dos 38 ministérios cumpriram todas as determinações previstas na LAI.

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O Supremo Tribunal Federal (STF) autorizou nesta quinta que o ex-deputado Roberto Jefferson, que denunciou a existência do Mensalão, passe a cumprir o restante da pena em regime aberto. O ex-parlamentar está preso em Niterói. Na decisão o ministro Luiz Roberto Barroso ressalta o “ótimo comportamento carcerário” de Jefferson e afirma que ele pagou a multa de R$ 840.862,54, que devia à Justiça. Além disso, foi comprovado que ele está empregado em um escritório de advocacia.

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As emissoras de televisão Rede Record e Rede Mulher foram condenadas a produzir e exibir quatro programas de televisão como direito de resposta em razão das ofensas proferidas contra as religiões de origem africana. Cada programa deverá ter a duração mínima de uma hora. Segundo o Ministério Público Federal, as religiões como o candomblé e a umbanda vem sofrendo “constantes agressões” em programa por elas veiculados.

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O diretor geral do Instituto Nacional do Câncer (Inca), Luiz Antonio Santini, deixou o cargo devido ao sucateamento do órgão onde faltam materiais básicos para tratamento, cirurgias são adiadas e servidores trabalham com uma estrutura mínima. Ele ficou nove anos no cargo e será substituído por Reinaldo Rondinelli. Santini já foi secretário de Saúde em Nova Friburgo no governo Saudade Braga.

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Das cinco regiões do país, apenas o Sudeste registrou queda do número de vítimas por arma de fogo entre 2002 e 2012. Segundo o Mapa da Violência 2015, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Espírito Santo reduziram este tipo de mortalidade em quase 40 por cento. Na extremidade inversa estão os estados do Maranhão, Ceará, Amazonas e Rio Grande do Norte com maior crescimento nos índices.

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Embora Nova Friburgo tenha registrado queda no número de furtos entre janeiro e abril, em comparação com 2014, nem todos estão felizes. Moradores de Macaé de Cima aguardam reforço no policiamento para coibir delitos desta natureza. Em 15 dias, nove casas de veraneio já foram invadidas.

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Uma coisa não mudou na vida nacional: nossos políticos e “gestores” estão cada vez mais burocratas e tecnocratas, e menos democratas. Até agora a antipática decisão de proibir a circulação dos ônibus intermunicipais no centro da cidade não atingiu o cerne da questão — a perda de consumidores, o custo para o trabalhador e as empresas, a dificuldade de acesso a serviços de saúde, à locomoção de estudantes e ao consumo de bens e serviços. Milhares de consumidores de Nova Friburgo pensarão duas vezes se vale a pena pagar mais R$ 3,30 para ter acesso ao centro da cidade, comprar e ainda pagar mais R$ 3,30 para voltar para uma rodoviária sem um mínimo de conforto e organização. Numa terra que privilegia o transporte individual, sem se preocupar com o transporte coletivo, estamos antevendo um futuro nada confortável. Os 200 anos correm o risco de serem comemorados somente pelos automóveis e motocicletas, e não por pessoas.

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