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Radar — 16/03/2016
O PIB piorou
A Fundação Getulio Vargas (FGV) calcula em 4,1% a queda do Produto Interno Bruto (PIB) acumulada em 12 meses até janeiro último. A estimativa do Monitor do PIB-FGV, divulgada ontem, 15, sinaliza uma piora do PIB, que é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país, em relação ao resultado consolidado de 2015 (-3,8%). A taxa mensal, em relação a janeiro de 2015, registrou uma redução de 6,1%, o maior recuo neste tipo de comparação desde o início da série do Monitor do PIB-FGV em 2000.
Sábados sem Correios
A partir do próximo sábado,19, a maioria das agências dos Correios não vai mais abrir aos sábados. A medida é uma forma de reduzir os gastos da empresa e tentar chegar ao fim do ano com o orçamento em dia. Apenas as agências com grande movimentação, como em aeroportos e rodoviárias, continuarão abertas aos sábados. O balanço de 2015 da empresa ainda não foi concluído, mas no final do ano passado, estimava-se que o déficit da estatal chegaria a R$ 2 bilhões. Muitas agências são deficitárias e com baixo fluxo de clientes aos sábados. A medida não vale para as agências franqueadas dos Correios, só para as agências próprias. Atualmente, os Correios têm 6.471 agências próprias e 1.011 franqueadas.
Cesta mais cara
O custo da cesta básica aumentou em fevereiro em 13 capitais do Brasil e diminuiu em 14, de acordo com a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos, feita pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). As maiores altas foram registradas em Macapá (8,93%), Belém (8,64%) e Manaus (7,92%). As quedas mais significativas ocorreram em Vitória (-8,45%), Palmas (-7,80%) e Campo Grande (-6%). De acordo com os dados, São Paulo foi a capital onde o preço da cesta básica ficou mais alto (R$ 443,40). Em seguida, vêm Brasília (R$ 438,69), Manaus (R$ 437,86) e Florianópolis (R$ 430,69). Os menores valores foram observados em Natal (R$ 331,79), Salvador (R$ 337,84), Maceió (R$ 347,38) e Rio Branco (R$ 349,22).
Salário ideal
Segundo o Dieese, com base no total apurado para a cesta mais cara, o salário mínimo necessário para suprir as despesas de uma família com quatro pessoas deveria equivaler a R$ 3.725,01, ou seja, 4,23 vezes maior do que o valor atual de R$ 880.
Mega liquidação
Com as vendas do varejo em baixa, o comércio eletrônico está promovendo uma mega liquidação, com descontos de até 70%, de carona no Dia do Consumidor, celebrado ontem, 15. O esforço acontece num momento de fraqueza do setor. As vendas do comércio abriram 2016 em baixa de 1,5%, segundo dados da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC). O resultado foi o pior para o mês desde 2005 (-1,9%) e se igualou a 2006. Frente a janeiro do ano passado, o volume de vendas caiu ainda mais: 10,3%. E, em 12 meses, acumulou recuo de 5,2% — a perda mais forte da série histórica, iniciada em 2001. A ação é liderada pelos sites de compras Buscapé e Mercado Livre e conta com a adesão de mais de 650 de lojas virtuais, que oferecem descontos de até 70% nos mais variados produtos.
Desemprego subiu
A taxa de desemprego fechou o quarto trimestre do ano passado em 9% em todo o país, a maior da série histórica iniciada em 2012, mas mostrando estabilidade em relação aos 8,9% da taxa de desocupação do terceiro trimestre de 2015. Os dados fazem parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) e tem abrangência nacional. Divulgada ontem, 15, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a pesquisa indica que, quando a comparação se dá com o quarto trimestre de 2014 (6,5%), a taxa de desocupação cresceu no último trimestre do ano passado 2,5 pontos percentuais.
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No fechamento do quarto trimestre de 2015, a população desocupada do país era de 9,1 milhões de pessoas, permanecendo estatisticamente estável em relação ao trimestre anterior, mas aumentando 40,8% (ou mais 2,6 milhões de pessoas) em relação ao mesmo trimestre de 2014. Segundo o IBGE, esse foi o maior crescimento da população desocupada, em relação ao mesmo trimestre do ano anterior, de toda a série da PNAD Contínua.
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A pesquisa sinaliza, por outro lado, que o país tinha no fechamento do quarto trimestre de 2015 uma população ocupada de 92,3 milhões, mostrando, estatisticamente, estabilidade em relação ao trimestre imediatamente anterior, mas recuando 0,6% (ou menos 600 mil pessoas) em relação ao quarto trimestre de 2014. No quarto trimestre de 2015, cerca de 35,4 milhões de pessoas ocupadas no setor privado tinham carteira de trabalho assinada. Entre o terceiro e quarto trimestres de 2015, o contingente de pessoas com carteira de trabalho assinada caiu 3% ao longo do ano (menos 1,1 milhão de pessoas).
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