Radar — 13/05/2016

sexta-feira, 13 de maio de 2016

Lucro caiu

O Banco do Brasil encerrou nesta quinta-feira, 12, a temporada de balanços dos grandes bancos de capital aberto do país no primeiro trimestre ao anunciar lucro líquido de R$ 2,359 bilhões de janeiro a março, com queda de 59,5% ante o mesmo intervalo do ano passado, de R$ 5,818 bilhões. Ante os três meses anteriores, quando foi de R$ 2,512 bilhões, recuou 6,1%. O lucro líquido ajustado, que exclui os efeitos extraordinários, atingiu R$ 1,286 bilhão no primeiro trimestre. A carteira de crédito ao agronegócio alcançou o recorde de R$ 179,5 bilhões, com crescimento de 9,8% em relação a março de 2015.

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O banco mantém-se como o principal agente financeiro do agronegócio no país, com 61,2% de participação nos financiamentos destinados ao setor. A carteira de crédito para pessoas físicas encerrou março deste ano com saldo de R$ 185,3 bilhões, crescimento de 1,5% no trimestre e de 8,8% em 12 meses. O crédito imobiliário atingiu R$ 50,3 bilhões, crescimento de 22,6% em relação a março de 2015.

Consórcios recuam

A comercialização de novas cotas de consórcios, incluindo os contratos para aquisições de imóveis, veículos e serviços em geral, caiu 13,5%, no primeiro trimestre deste ano sobre igual período do ano passado, segundo balanço divulgado pela Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios (Abac). Foram negociadas no período, 508,6 mil novas cotas ante 588 mil entre janeiro e março de 2015. O volume de créditos comercializados, no acumulado do ano até março, alcançou R$ 16,94 bilhões, valor 18,2% inferior ao registrado no primeiro trimestre de 2015. Já o total de créditos disponibilizados aumentou 3,2% alcançando R$ 10,52 bilhões. No setor de veículos leves (automóveis, caminhonetas e utilitários), as vendas de novas cotas caíram 8,6%, mas houve crescimento de 6,3% na base de participantes que soma 3,22 milhões de consorciados.

Serviços em baixa

O volume de serviços teve uma queda de 5,9% em março deste ano, na comparação com março de 2015. É a maior queda desde novembro último (-6,4%). Segundo a Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), os serviços acumulam recuos de 5% no ano e de 4,4% no período de 12 meses.

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Entre os seis segmentos do setor de serviços, cinco tiveram queda no volume em março, com destaque para transportes, serviços auxiliares dos transportes e correios, com recuo de 7,2% no período. Junto com os serviços de informação e comunicação, com recuo de 5,9%, os transportes foram os principais responsáveis pelo resultado negativo dos serviços. Também tiveram queda os serviços profissionais, administrativos e complementares (-6,8%), serviços prestados às famílias (-3,8%) e atividades turísticas (-2,3%).

Retrato do Brasil

Embora tenha grau de escolaridade similar ao dos homens, grande parte das mulheres brasileiras está fora do mercado de trabalho. Dados da Confederação Nacional da Indústria (CNI) mostram que 61% das mulheres estão inseridas no mercado de trabalho. Entre os homens, o número sobe para 84%, de acordo com a nota econômica, que analisa informações da pesquisa Retratos da Sociedade Brasileira - Rotatividade no Mercado de Trabalho.

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Segundo a nota, os motivos apontados para deixar o emprego reforçam as diferenças entre homens e mulheres no mercado de trabalho. Quase um quarto (23%) das mulheres deixou o último emprego para tomar conta dos filhos ou de parentes. Essa foi a segunda razão para as mulheres pedirem demissão, atrás apenas do salário baixo, causa apontada por 24% das entrevistadas. Em terceiro lugar, 19% das mulheres disseram que receberam uma oferta de trabalho melhor e 14% alegaram a falta de tempo para ficar com a família.

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Entre os homens, 32% disseram que deixaram o último emprego por causa do salário baixo. Em segundo lugar, citado por 27% dos entrevistados, apareceu a oferta de trabalho melhor. O terceiro motivo, citado por 16%, foi o contrato de trabalho por tempo determinado e, em quinto, mencionado por 15%, foram os benefícios baixos ou ruins.

Reuso da água

Indústrias situadas no estado que tenham mais de 100 funcionários deverão instalar equipamentos para o tratamento e a reutilização da água. É o que determina o projeto de lei do deputado Jorge Picciani (PMDB), que a Assembleia Legislativa do estado (Alerj) aprovou quarta-feira, 11, em primeira discussão. Em caso de descumprimento, a indústria não poderá ser beneficiada com qualquer tipo de incentivo fiscal concedido pelo estado, assim como ser contratada ou firmar convênios. As empresas terão 180 dias para se adaptar à regra, a partir da entrada em vigor da lei. Picciani diz que esse processo vem sendo adotado em diversos países, visando o combate ao desperdício da água. A Alerj ainda votará o projeto em segunda discussão.

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