Radar - 13/01/2016

terça-feira, 12 de janeiro de 2016

A produção industrial caiu em nove dos 14 locais pesquisados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na passagem de outubro para novembro de 2015. As principais quedas foram observadas nos estados do Espírito Santo (-11,1%), Ceará (-4,5%) e de Minas Gerais (-4%). Os dados, da Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física Regional, foram divulgados ontem, 12. Também tiveram quedas acima da média nacional (-2,4%), São Paulo (-2,6%), Amazonas (-2,1%), Bahia (-2%), Paraná (-1,3%) e Goiás (-0,9%). Por outro lado, cinco estados tiveram alta na produção: Pernambuco (3,5%), Pará (1,9%), Santa Catarina (1,8%), Rio de Janeiro (1,2%) e Rio Grande do Sul (1,1%).

*****

No acumulado do ano, 12 dos 15 locais tiveram recuos. As maiores quedas foram registradas no Amazonas (-15,8%), Rio Grande do Sul (-11,8%) e em São Paulo (-10,9%). Apenas três estados tiveram alta: o Espírito Santo (6,6%), Pará (5,9%) e Mato Grosso (3,6%). No acumulado deste ano, também houve reduções na produção em 12 dos 15 locais, entre eles o Amazonas (-14,9%), Rio Grande do Sul (-11%) e São Paulo (-10,7%). Crescimentos na produção industrial foram observados no Espírito Santo (7,1%), Pará (5,4%) e em Mato Grosso (3,9%).

*****

O Indicador Coincidente de Desemprego (ICD) subiu 1% em dezembro de 2015 e chegou a 100 pontos. É a quarta alta consecutiva – reforçando a continuidade da tendência de aumento de desemprego - e o maior nível da série desde março de 2007, quando o indicador chegou a 101,5 pontos. Em relação a dezembro de 2014, o crescimento acumulado foi de 35,9%. Os dados foram divulgados ontem, 12, pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre-FGV). Com o resultado, o indicador de médias móveis trimestrais reverteu a trajetória de queda e passa agora a sinalizar taxas menos intensas de redução do total de pessoal ocupado na economia ao longo dos próximos meses.

*****

O Índice de Preços ao Consumidor da Terceira Idade (IPC-3i), que mede a variação da cesta de consumo de pessoas com mais de 60 anos de idade, fechou o ano de 2015 em 11,13%. A taxa foi superior à observada pelo Índice de Preços ao Consumidor Brasil (IPC-BR), que mede a inflação média para todas as faixas etárias e de renda e que ficou em 10,53%. Apenas no quarto trimestre do ano passado, a taxa do IPC-3i ficou em 2,87%, superior ao 1,23% do terceiro trimestre do ano. Seis das oito classes de despesa analisadas pelo índice tiveram alta na taxa de inflação na passagem do terceiro para o quarto trimestre.

*****

O aumento dos preços dos alimentos foi a principal razão para a alta da inflação no período, já que a taxa subiu de 0,54% no terceiro trimestre para 5,37% no último trimestre. O item que mais contribuiu para esse movimento do grupo alimentação veio das hortaliças e legumes, que tiveram alta de preços de 20,81%, no quarto trimestre, ante uma deflação (queda de preços) de 16,33%, no trimestre anterior. Outros impactos importantes vieram dos grupos de despesa transportes (a taxa passou 0,35% para 4,52%), educação, leitura e recreação (de 0,94% para 2,51%) e vestuário (0,24% para 1,99%). O IPC-3i é calculado pela Fundação Getulio Vargas (FGV).

*****

O Procon de São Paulo identificou queda na taxa média de juros do cheque especial e do empréstimo pessoal em levantamento feito no último dia 5. Nos sete bancos pesquisados, a taxa média para o cheque especial foi 12,52% ao mês,  0,03 ponto percentual menor que no mês anterior, de 12,55% ao mês. Já no empréstimo pessoal, a taxa média de juros dos bancos pesquisados foi 6,37% a.m., inferior ao mês anterior, que foi 6,39% a.m., queda de 0,02 ponto percentual. A pesquisa inclui Banco do Brasil, Bradesco, Caixa, HSBC, Itaú, Safra e Santander. Apesar da queda no valor médio das taxas de juros, o Procon alerta que o consumidor deve ficar atento e evitar gastos por impulso. Caso o consumidor precise de crédito, o Procon aconselha a procurar as melhores taxas e negociar com a instituição financeira, especialmente quando for correntista do banco.

*****

Menos de um mês após deixar o governo, o ex-ministro da Fazenda, Joaquim Levy, conseguiu voltar a um órgão financeiro. Em 1º de fevereiro, ele assumirá a diretoria financeira do Banco Mundial, com sede em Washington. Ele substituirá o francês Bertrand Badré. O diretor financeiro é responsável pelo controle da tesouraria do órgão, incluindo as operações financeiras, o orçamento corporativo e o gerenciamento de risco e de controladoria. Na estrutura do Bird, Levy estará abaixo apenas do presidente da instituição, Jim Yong Kim. Por se tratar de um órgão multilateral, com participação do governo brasileiro, Levy não precisará cumprir a quarentena a que estão submetidos ex-ministros. Embora tenha sido anunciada no último dia 8, a nomeação de Levy só foi confirmada ontem, 12, pelo Banco Mundial.

TAGS:

A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.