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Radar — 12/09/2015
Em nota conjunta sobre a perda do grau de investimento do Brasil na classificação de risco da agência Standard & Poor’s, os presidentes da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), respectivamente Paulo Skaf e Eduardo Eugênio Gouvêa Vieira, disseram estar perplexos “com a inação do governo diante da deterioração crescente do quadro econômico do país”. Para eles, a perda do grau de investimento “é o desfecho de uma série de hesitações, equívocos e incapacidade de lidar com os desafios de uma conjuntura econômica cujo esfacelamento é resultado de incontáveis erros cometidos ao longo dos últimos anos”. Na nota, os presidentes das duas federações pedem que o governo implemente um “rigoroso ajuste fiscal no país”, baseado em cortes de despesas, e repudiam “com ênfase” novos aumentos de impostos: “Esta é a receita fácil de sempre, mas a sociedade não aguenta mais pagar a conta da incompetência do Estado”.
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Um dia após o rebaixamento da nota de crédito do Brasil, a agência de classificação de risco Standard & Poor’s retirou o grau de investimento da Petrobras. A empresa foi rebaixada de BBB-, o último degrau nas notas de países considerados seguros para investir, para BB. A nota está um degrau abaixo da que foi concedida ao país. O Brasil foi rebaixado de BBB- para BB+.
Além da Petrobras, a Standard & Poor's rebaixou as notas de 30 empresas como resultado do rebaixamento do Brasil. Entre elas, estão Eletrobras e Itaipu. Ambas tiveram a nota reduzida em um degrau, para BBB-, com perspectiva negativa. Isso significa que as duas mantêm o grau de investimento, mas há possibilidade de revisão para baixo. “O rebaixamento da Eletrobras, de Itaipu e da Petrobras está em linha com nosso critério para entidades relacionadas ao governo”, justificou, em nota, a agência de classificação de risco.
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Custos altos e impostos pagos antecipadamente dificultam a vinda de eventos de pequeno e médio portes para o Estado do Rio, de acordo com a presidente da Associação Brasileira de Empresas de Eventos do Rio de Janeiro (Abeoc-RJ), Fátima Thereza Facuri. Ela esteve, nesta quinta-feira 10, na audiência conjunta realizada pelas comissões de Turismo e de Economia, Indústria e Comércio da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj). As comissões se reuniram para discutir o turismo de negócios, que deveria ser fortalecido por eventos de pequeno e médio portes, como congressos e exposições de empresas. Durante a reunião, os participantes citaram a resolução 2.887/97, da Secretaria de Estado de Fazenda (Sefaz), que, dentre outros pontos, determina que empresas de outros estados que participarem de eventos no Rio devem pagar ICMS antecipado. Fátima Facuri enfatizou que o Estado é o único com essa prática, uma das principais inibidoras da vinda de empresas de outros lugares ou do exterior para a realização de eventos em cidades fluminenses. “A empresa nem sabe o que vai encontrar no Rio e já tem que pagar imposto”, acentuou.
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Ela ainda apontou que, enquanto essa questão não for melhorada, o Estado do Rio continuará tendo diminuição no número de eventos. Fátima comentou que São Paulo tem uma política bastante diferente, que favorece a arrecadação e os expositores: “Em São Paulo, há um imposto único que todos os expositores pagam, independentemente do local de onde venham, que gira em torno de R$ 800. Dessa forma, empreendedores e Estado arrecadam, enquanto, no Rio de Janeiro, as empresas não arrecadam nada”.
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