Radar — 11/12/2015

quinta-feira, 10 de dezembro de 2015

Pesquisa divulgada anteontem pela Serasa apontou o desemprego como principal motivo da inadimplência dos brasileiros. Segundo o levantamento, realizado com 8.288 consumidores, 26% dos entrevistados disseram que a perda do emprego é a explicação para as contas atrasadas. A segunda razão mais apontada, citada por 17% dos consumidores, é o descontrole financeiro. É a primeira vez que a empresa realiza um levantamento do tipo. As informações foram obtidas por meio de enquetes com consumidores negativados que compareceram às agências da Serasa.

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O consumo final de bens e serviços de saúde totalizou, em 2013, no Brasil, R$ 424 bilhões, o equivalente a 8% do PIB, diz o IBGE. As despesas de consumo do governo alcançaram R$ 190 bilhões, ou 3,6% do PIB, enquanto as despesas de famílias e instituições sem fins de lucro a serviço das famílias, como ONGs e igrejas, que prestam serviços assistenciais, somaram R$ 234 bilhões (4,4% do PIB). As despesas com consumo final de bens e serviços de saúde corresponderam a 7,1% do total das despesas de consumo final das famílias, em 2013. Nas despesas de consumo final do governo, esse número se eleva para 18,9%. A despesa “per capita”, isto é, por indivíduo, com o consumo de bens e serviços de saúde foi R$ 1.162,14 para as famílias e instituições assistenciais, em 2013. Para o governo, a despesa por habitante foi R$ 946,21.

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A agência de classificação de risco Moody’s poderá revisar para baixo a nota da dívida pública brasileira. Ontem, a agência anunciou que mudou para negativa a perspectiva da classificação do país. Caso o Brasil seja rebaixado, perderá o grau de investimento, garantia de que o país não corre o risco de dar calote na dívida pública. Atualmente, a nota do país segundo a Moody's é BAA3, último nível dentro do grau de investimento. Em setembro, a agência Standard & Poor’s havia excluído o Brasil dessa categoria. Caso mais uma agência rebaixe o país, os fundos de investimento internacionais não poderão mais aplicar recursos no Brasil, ocasionando a fuga de capitais do país. Em comunicado, a Moody's informou que a incerteza política decorrente da abertura do processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff cria dificuldades para o governo aprovar medidas que reduzam gastos obrigatórios e aumentem tributos.

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As reservas internacionais do Brasil dispararam nos últimos anos, passando de US$ 37,7 bilhões, ao fim de 2002, para o nível atual de US$ 370 bilhões. As reservas compõem uma poupança valiosa que blinda a economia, dando garantia de que o País honrará seus compromissos com credores nacionais e estrangeiros, mesmo em situações de crise, e barrando riscos de disparada da dívida pública. As reservas internacionais começaram a ser acumuladas de forma mais volumosa na década passada, com ganhos obtidos com o mercado interno dinâmico e divisas geradas pelas exportações.

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O Brasil encerrará 2015 com cerca de US$ 65 bilhões provenientes do mercado estrangeiro na economia, mantendo-se no grupo dos 10 países que mais recebem investimentos produtivos. É o que mostram as projeções feitas pelo Banco Central, graças ao tamanho e potencial do mercado interno do País. A lista das economias mais atraentes ao investimento é feita pela Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (Unctad), que inclui no grupo China, Estados Unidos, Reino Unido, Cingapura, Rússia, Canadá, Austrália e também da cidade Estado de Hong Kong. 

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A Operação Fim de Ano da Secretaria de Aviação começou ontem nos 15 principais aeroportos do país. A expectativa é de que até o dia 10 de janeiro pouco mais de 20,1 milhões de passageiros movimentem os terminais em viagens de Natal, Ano Novo e férias escolares. Serão 30 dias de reforço para a alta demanda do período nos terminais de Guarulhos, Congonhas e Viracopos (SP), Galeão e Santos Dumont (RJ), Brasília (DF), Confins (MG), Porto Alegre (RS), Recife (PE), Salvador (BA), Curitiba (PR), Manaus (AM), Fortaleza (CE), São Gonçalo do Amarante (RN) e Cuiabá (MT) que, juntos, representam 80% do fluxo de viajantes no País.

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