Radar — 11/11/2015

quarta-feira, 11 de novembro de 2015

O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec), medido pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), teve queda de 26,5% em outubro, na comparação com o mesmo período do ano passado. Essa é a 27ª queda consecutiva do indicador nesse tipo de comparação. Na comparação com setembro deste ano, houve um recuo de 3%, marcando a quarta queda consecutiva do indicador na comparação mensal. O recuo anual de 26,5% foi provocado principalmente pelas avaliações dos empresários do comércio em relação ao momento atual. A avaliação das condições atuais caiu 48,2%, com piora nas opiniões sobre a economia (-65,8%), no comércio (-47%) e na própria empresa (-38,3%). As expectativas em relação ao futuro caíram 16%, devido a recuos nas pontuações das expectativas em relação à economia (-22,6%), do comércio (-15,5%) e da empresa (-11%). Em relação aos investimentos, a confiança em outubro deste ano estava 24,6% menor do que em outubro de 2014, com quedas na intenção de contratação de funcionários (-30,8%), nos investimentos na empresa (-33,7%) e nos estoques (-5,8%).

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Instituições financeiras consultadas pelo Banco Central (BC) esperam que a inflação, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), chegue a 9,99%, este ano. Na semana passada a previsão era 9,91%. Esse foi o oitavo ajuste seguido na estimativa. Para 2016, a projeção sobe por 14 semanas consecutivas. De acordo com o boletim Focus, divulgado segunda-feira, 9, a estimativa passou de 6,29% para 6,47%, no próximo ano. A projeção para o próximo ano está chegando perto do teto da meta 6,5%. O centro da meta de inflação é 4,5%. Na última quinta-feira, 5, o diretor de política econômica do Banco Central, Altamir Lopes, admitiu que a inflação só deve ficar em 4,5% em 2017. Lopes disse que o BC adotará as medidas necessárias para levar a inflação o mais próximo possível da meta, em 2016, e chegar a 4,5%, em 2017. O diretor também disse que não vê a possibilidade de rompimento do limite superior da meta, 6,5%, em 2016.

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O Banco do Brasil informou que ainda vai recorrer da decisão da Justiça que determina devolução de valores pagos a mais por produtores em financiamentos rurais em março de 1990, quando foi editado o Plano Collor. "O Banco do Brasil S/A vai recorrer da decisão. São beneficiários apenas os produtores rurais que tenham efetivamente pago a correção monetária do financiamento rural no mês de março de 1990, com base no IPC [Índice de Preços ao Consumidor], o que deverá ser verificado em cada caso concreto”, diz o banco. Este ano, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) condenou o Banco do Brasil a recalcular os valores pagos. Segundo a decisão, o banco aplicou o índice de 84,32% de correção monetária nos financiamentos rurais, quando o correto seria 41,28%. A Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) informa que os produtores rurais que ainda não ingressaram com ações poderão se beneficiar da decisão e pedir a devolução ou exclusão de débitos afetados com o índice de correção monetária julgado ilegal.

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As contas de luz de consumidores de 31 municípios atendidos pela Light, no Rio de Janeiro, incluindo a capital, estão sofrendo desde o dia 7, um reajuste médio de 16,78%. O aumento aprovado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) será aplicado de forma diferenciada por classe de consumo. Para os clientes residenciais, será de 15,99%. Na área rural, o percentual chegará a 21,69% e, para os clientes comerciais, a 19,57%. Entre os clientes abastecidos em alta-tensão, os percentuais vão variar entre 11,10% e 20,07%. A Light informou que os percentuais foram definidos com base na inflação dos últimos 12 meses e também levaram em conta os efeitos da escassez hídrica sobre o custo da energia comprada e a variação dos encargos setoriais.

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