Radar — 11/09/2015

quinta-feira, 10 de setembro de 2015

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central reduziu a projeção para a alta do preço da gasolina este ano. A projeção passou de 9,2%, estimados em julho, para 8,9%, divulgado ontem, na ata da última reunião do Copom. Também foi reduzida a projeção para o aumento dos preços da energia elétrica, de 50,9% para 49,2%. A estimativa para a queda no preço da tarifa de telefonia fixa passou de 3% para 3,5%. O Copom também alterou a projeção para o aumento do preço do botijão de gás de 4,6% para 15%. No último dia 31, a Petrobras anunciou que o preço do gás liquefeito de petróleo para uso residencial, envasado em botijões de até 13 quilos, foi reajustado em 15%, em média. Para o conjunto de preços administrados por contrato e monitorados, o comitê projeta variação de 15,2% em 2015. Em julho, o índice estimado foi 14,8%.

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O Índice Nacional da Construção Civil (Sinapi) acumulou, em agosto, inflação de 5,96% em 12 meses. Taxa superior aos 5,77% registrados em julho deste ano. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a taxa acumulada no ano ficou em 4,58%. Apenas em agosto deste ano, a taxa ficou em 0,7%, acima da taxa de julho (0,69%). O metro quadrado da construção custava R$ 955,12 em agosto. A mão de obra teve uma inflação de 1,28% e passou a custar R$ 444,23. Já os materiais tiveram alta de preços de 0,21% e passaram a custar R$ 510,89 por metro quadrado. O Paraná foi o estado com maior inflação no mês de agosto (4,17%). Já o Rio de Janeiro teve a menor taxa, ao apresentar uma queda do custo de 0,38%.

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O ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão, Nelson Barbosa, disse ontem que a perda do grau de investimento do Brasil não muda a trajetória de recuperação da economia brasileira. Nelson Barbosa convocou uma entrevista coletiva no Palácio do Planalto para transmitir uma mensagem de “tranquilidade e segurança” para todos. Ele afirmou que o país está trabalhando em várias frentes para construir as condições do reequilíbrio fiscal. De acordo com o ministro, o governo continua a honrar todos os compromissos e contratos e seguirá trabalhando para conter gastos e recuperar receitas. Anteontem à noite, a agência de classificação de riscos Standard & Poor’s informou que reduziu a nota de crédito do Brasil de BB+ para BBB-.

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O Brasil criou 623,1 mil vagas formais de trabalho nos setores público e privado em 2014. O número é menor que o total de empregos gerados em 2013 (1,49 milhão). Em números absolutos, é o resultado mais baixo desde 1999. Os dados são da Relação Anual de Informações Sociais (Rais) e foram divulgados anteontem pelo Ministério do Trabalho. De acordo com os números, o ano terminou com um total de 49,5 milhões de empregos formais, 1,27% a mais que em 2013.

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O setor que mais empregou no ano passado foi o de serviços, com 587,5 mil novos postos. O comércio gerou 217 mil novas vagas, sendo o segundo setor que mais criou postos de trabalho. Os setores que apresentaram as maiores quedas, em termos absolutos, foram a indústria de transformação, com redução de 121,7 mil postos de trabalho, e a construção civil, com declínio de 76,8 mil postos. Todas as regiões apresentaram expansão do mercado de trabalho. No Nordeste, houve registro da criação de 206,2 mil postos. No Sudeste, 169,5 mil postos foram criados. No Sul, 134,9 mil novos empregos foram criados. No Norte e Centro Oeste, foram gerados, respectivamente, 58,2 mil e 54,3 mil postos. Entre os estados, só o Amazonas registrou perda de postos de trabalho (1,5 mil).

 

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