Radar — 11/06/2015

quinta-feira, 11 de junho de 2015

Universidade de São Paulo (USP) lidera a lista da quinta edição do ranking QS de Universidades da América Latina, seguida pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). A Pontificia Universidad Católica de Chile (UC), que esteve na mais alta posição do ranking nos anos anteriores, caiu para o terceiro lugar. De acordo com o ranking, nove das dez instituições de ensino melhor posicionadas por produção de pesquisa são brasileiras. Apesar dos resultados, o Brasil teve um fraco desempenho no indicador de impacto de pesquisa, onde sua melhor universidade — a Universidade de São Paulo (USP) — ficou no 15º lugar.

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O presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves (MG), anunciou nesta quarta que a Executiva do partido deverá “fechar questão” em defesa de três propostas em tramitação no Congresso Nacional que flexibilizam a maioridade penal. Com a decisão, parlamentares tucanos que não votarem a favor dos textos poderão sofrer sanções, como suspensão ou expulsão do partido. Segundo Aécio, um dos textos defendidos é uma proposta de emenda à Constituição, em tramitação na Câmara, que permite reduzir para 16 anos a maioridade penal em caso de crime hediondo. A decisão sobre a responsabilização criminal do menor seria tomada pelo juiz, depois de parecer do Ministério Público.

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O papa Francisco autorizou o julgamento por “abuso de poder” dos bispos por acobertam os padres denunciados por abusos sexuais de menores de idade ou pessoas frágeis, anunciou ontem o Vaticano. O pontífice ordenou a criação de um tribunal para estes casos, que será uma parte da Congregação para a Doutrina da Fé, explicou o porta-voz do Vaticano, padre Federico Lombardi. O delito de “abuso de poder episcopal” foi revisado porque já existia no direito canônico, mas agora estão estabelecidos os mecanismos para abordar os casos.

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Os juros do cartão de crédito subiram para 304% ao ano em maio, a maior taxa desde março de 1999, de acordo com dados divulgados ontem pela Anefac (Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade). O juro do rotativo do cartão subiu de 12,14% ao mês (295,48% ao ano) em abril para 12,34% ao mês (304,03% ao ano) em maio. Os juros gerais para pessoas físicas calculados pela Anefac subiram para 121,96% em maio. É a oitava alta mensal consecutiva, e a quinta neste ano. Também trata-se da maior taxa desde junho de 2010. A taxa mensal subiu de 6,77% em abril para 6,87% em maio; em termos anuais, os juros subiram de 119,48% em abril para 121,96% em maio.

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O secretário estadual do Ambiente, André Correa, disse na terça-feira, 9, que é grave a situação de abastecimento de água no estado. Correa alertou que o Rio de Janeiro terá que atravessar o período de seca com os reservatórios na metade do nível registrado no mesmo período do ano passado. “Estamos com a metade da água para atravessar o período seco. Se a gente não tivesse tomado as medidas que começamos a tomar, [os reservatórios] já estariam secos. Já economizamos mais de 1 bilhão de metros cúbicos de água”, disse o secretário.

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Quanto mais pobre um estado ou capital brasileira, maior o gasto com verbas e auxílios a parlamentares. É o que revela estudo feito pela ONG “Transparência Brasil”. O levantamento incluiu salários, verbas e auxílios diversos a deputados estaduais e vereadores. Segundo o levantamento em assembleias e câmaras, estados mais pobres gastam em média 20% mais do que os ricos. Já nas capitais mais pobres, o percentual é de 16% a mais. Na maioria dos estados, o orçamento previsto para a Assembleia Legislativa em 2015 é inferior a 1% do PIB estadual. Em quatro estados, porém, esse percentual supera 1%, com destaque para Roraima, onde o gasto equivale a 2,3% do seu produto interno bruto. O estudo aponta que o PIB per capita (R$ 35.306) nas 13 capitais mais ricas é mais do que o dobro das 13 capitais mais pobres (R$ 15.953). “No entanto, as Câmaras Municipais destas gastam por vereador 16% a mais com salários, auxílios e verbas indenizatórias do que as capitais com os maiores índices de PIB per capita; enquanto os pobres gastam em média de R$ 25.808 por mês, os ricos gastam R 22.332”, diz o levantamento. O estudo relata também dificuldade em conseguir informações dos dados e a falta de transparência dos legislativos. 

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