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Radar — 10/05/2016
Previsão aumenta
A projeção de instituições financeiras para a inflação este ano voltou a ser elevada com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) passando de 6,94% para 7%. Para 2017, a estimativa foi reduzida de 5,72% para 5,62%, no quinto ajuste consecutivo. Os números são do Boletim Focus, divulgado ontem, 9, pelo Banco Central. Mesmo com as reduções, os cálculos estão acima da meta de 4,5%. O limite superior da meta de inflação é 6,5%, este ano e 6%, em 2017. Para a taxa básica de juros (Selic), a projeção das instituições financeiras, ao final de 2016, foi reduzida de 13,25% para 13% ao ano. Para o fim de 2017, a expectativa continua em 11,75% ao ano. Atualmente, a Selic está em 14,25% ao ano.
Queda no lucro
A Caixa Econômica Federal, maior concessor de crédito imobiliário do país, informou queda de 45,9% no lucro líquido do primeiro trimestre, para R$ 838 milhões na comparação com o registrado um ano antes, de R$ 1,548 bilhão. Em relação aos três meses imediatamente anteriores, quando estava em R$ 636 milhões, o lucro cresceu 31,7%. Um dos responsáveis por esse declínio foi a desaceleração das receitas com financiamentos. No fim de março, o estoque de crédito da Caixa era de R$ 684,16 bilhões. Embora a alta de 9,2% em 12 meses seja muito superior aos rivais privados no período, que chegaram a ter retração, o número mostra uma forte desaceleração da Caixa, cujos empréstimos chegaram a crescer mais de 40% anualmente.
Malha fina liberada
A Receita Federal liberou da malha fina um lote de declarações referentes aos exercícios de 2008 a 2015. Desde ontem, 9, está disponível para consulta o lote multiexercício de restituição do Imposto sobre a Renda da Pessoa Física, contemplando restituições residuais. Para saber se teve a declaração liberada, o contribuinte deverá acessar a página da Receita na internet ou ligar para o Receitafone 146. A Receita disponibiliza, ainda, aplicativo para tablets e smartphones que facilita consulta às declarações do IRPF e situação cadastral no CPF.
Confiança é tudo
A reversão da crise econômica depende da contenção das incertezas e da recuperação da confiança de empresários e consumidores, informou o Banco Central. E diz ainda que a trajetória da economia segue condicionada pela baixa confiança das empresas e famílias. Outro fator são as incertezas associadas a “eventos não econômicos”, termo que o BC usa para se referir à crise política, com o processo de impeachment e a Operação Lava Jato. O documento cita, ainda, o desempenho desfavorável da indústria, das vendas do comércio e do setor de serviços não financeiros.
Novas comensações
O projeto de lei encaminhado ao Congresso Nacional, pelo governo, com o reajuste de 5% na tabela do Imposto de Renda Pessoas Física a partir de 2017 prevê medidas compensatórias para a arrecadação, como a incidência do mesmo imposto para heranças acima de R$ 5 milhões e doações acima de R$ 1 milhão, que estavam isentos até agora. As medidas foram detalhadas pelo ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, e os secretários da Receita, Jorge Rachid, e de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Manoel Pires.
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Segundo Barbosa, os países mais desenvolvidos têm tributação sobre herança e doações. Para ele, as novas medidas são uma forma de se fazer justiça tributária e de boas práticas para gerar igualdade na sociedade. No Brasil, a tributação sobre herança já existe nos estados. Pelos cálculos apresentados, o impacto na correção da tabela do IR será de R$ 5,2 bilhões que será compensado em R$ 5,35 bilhões com a mudança na incidência para outros contribuintes, restando ainda ao caixa da União R$ 150 milhões. Com a mudança na tabela do IR a isenção sobe de R$ 1.903,98 para R$ 1.999,18. Acima de R$ 4.897,92, a alíquota incidente será a de 27,5%.
Consumidores compensados
Os consumidores foram compensados em R$ 646,4 milhões por interrupções no fornecimento de energia elétrica ocorridas em 2015. Foram pagas 124,4 milhões de compensações pelo Descumprimento dos Indicadores Iindividuais de Duração de Interrupção por Unidade Consumidora (DIC), Frequência Equivalente de Interrupção por Unidade Consumidora (FIC), Duração Máxima de Interrupção Contínua por Unidade Consumidora (DMIC) e Duração da Interrupção Ocorrida em Dia Crítico por unidade consumidora (DICRI). As informações constam do balanço consolidado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) a partir da documentação enviada pelas concessionárias de distribuição do país.
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A concessionária que mais compensou os consumidores em 2015 foi a Eletropaulo (SP), em R$ 116,6 milhões. A segunda foi a Celg (GO), que concedeu R$ 98,4 milhões em descontos; a terceira, Ampla (RJ), que devolveu R$ 55,2 milhões aos consumidores, a quarta, Light (RJ), que compensou R$ 43,8 milhões e, por fim, a Coelba (BA), que com R$ 41,1 milhões fecha a lista das cinco concessionárias que mais compensaram consumidores por falta de energia. A concessionária Energisa em Nova Friburgo devolveu R$ 140.822.79.
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