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Radar — 09/03/2016
A agência de classificação de risco Fitch revisou a estimativa de queda do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro em 2016 de 2,5% para 3,5%. A previsão está em relatório sobre perspectivas para a economia global, que atualiza números publicados em dezembro. Segundo comunicado da Fitch, a revisão para o Brasil reflete o aumento da incerteza política e o seu impacto na confiança, deteriorando o mercado de trabalho e as condições de crédito. A agência citou também o enfraquecimento do preço das commodities (produtos básicos com cotação internacional) como fator que afetou a economia brasileira.
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Os planos de saúde médico-hospitalares perderam 766 mil usuários em 2015, de acordo com o boletim Saúde Suplementar em Números, do Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS), divulgado ontem, 8. Em 2014, eram 50,50 milhões. No ano passado, o número caiu para 49,73 milhões, o que equivale a uma diminuição de 1,5%. Segundo o levantamento, a queda foi puxada principalmente pelos contratos coletivos empresariais, aqueles oferecidos pelas empresas aos seus funcionários. Nesse segmento houve queda de 404,8 mil vínculos, uma diminuição de 1,2% em relação a 2014. Isso significa que somente os planos coletivos empresariais responderam por 52,85% de todos os usuários que deixaram de ter plano de saúde em 2015.
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Os planos coletivos por adesão, que são aqueles firmados por intermédio de entidades de classe, por exemplo, registraram a saída de 128,7 mil usuários, ou seja, uma queda de 1,9% do total de vínculos em 2015, em comparação a 2014. Já o total de usuários de planos individuais ou familiares caiu 1,6%, o que representa 158,6 mil vínculos a menos que em 2014.
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Depois de um comportamento negativo nos últimos meses, o consumo de energia elétrica demandado ao Sistema Interligado Nacional (SIN) cresceu 5,9%, de janeiro para fevereiro deste ano. Em comparação a fevereiro do ano passado, o aumento chegou a 2%. Apesar do crescimento destes primeiros dois meses do ano, o consumo acumulado dos últimos 12 meses ainda é negativo em 2,1%, em relação ao período entre janeiro de 2015 e fevereiro de 2016. Os dados integram o Boletim de Carga Mensal de fevereiro do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), divulgado ontem, 8. O aumento de 5,9% foi atribuído pelo ONS a temperaturas relativamente elevadas nos subsistemas Sudeste/Centro-Oeste e Sul e ao maior número de dias úteis, na comparação com o mesmo mês do ano anterior.
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A poupança ainda é o investimento mais popular entre os brasileiros, segundo pesquisa realizada pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL). Essa modalidade foi citada por 69,5% dos entrevistados em todo o Brasil. De acordo com o estudo, a maior motivação para este tipo de investimento é a busca pela estabilidade e o baixo risco. Isso porque a segurança e o desejo de evitar a possibilidade de perda financeira são as razões mais citadas para a opção pela poupança (56,1%), e também para outros investimentos, como os imóveis (59,8%) e a previdência privada (39,2%).
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Pesquisa da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) mostra que, assim como no ano passado, as vendas para a Páscoa vão cair. A projeção para este ano indica uma queda de 3,4% em relação a 2015, quando houve uma retração de 1,0% em relação a 2014. A data disputa com o Dia dos Namorados a quinta colocação no ranking do calendário do varejo nacional e deverá movimentar R$ 2,8 bilhões em vendas este ano. O estudo também mostra que esta deverá ser a Páscoa mais cara dos últimos 13 anos. Em relação ao mesmo período de 2015 houve uma variação média de preços de +13,6%. Em 2003 o aumento foi de 26% em relação ao ano anterior. Entre os itens que mais subiram estão pescados (+11,3%), chocolate (+13,3%), combustíveis (+21,1%) e azeites (+28,3%).
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O Ministério da Fazenda aumentou de US$ 3 mil para US$ 10 mil o limite de isenção para medicamentos importados por pessoas físicas, para uso e consumo pessoal ou individual. Segundo a Receita Federal, é necessária autorização da Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa). De acordo com a Receita, o teto foi elevado porque, em muitos casos, o preço do medicamento importado dessa maneira passava do limite, e o contribuinte tinha de recorrer à Justiça. A instrução normativa com as mudanças foi publicada no Diário Oficial da União desta segunda-feira, 7.
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A inflação medida pelo Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) ficou em 0,79%, em fevereiro. A taxa é menor que a de janeiro deste ano (1,53%), mas superior a fevereiro de 2015 (0,53%). O IGP-DI acumula taxas de 2,33% no ano e 11,93% em 12 meses, segundo informou ontem, 8, a Fundação Getulio Vargas (FGV). A queda da taxa na passagem de janeiro para fevereiro foi influenciada por recuos na inflação dos preços no atacado e no varejo. O Índice de Preços ao Produtor Amplo, que mede o atacado, passou de 1,63% para 0,84%. O Índice de Preços ao Consumidor, que analisa o varejo, passou de 1,78% em janeiro para 0,76% em fevereiro. E o Índice Nacional do Custo da Construção, foi de 0,39% para 0,54%.
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