Radar — 08/09/2015

segunda-feira, 07 de setembro de 2015

O Banco Central (BC) informou na sexta-feira, 4, que os brasileiros retiraram R$ 7,501 bilhões a mais do que depositaram na poupança em agosto. Foi o pior resultado para o mês desde o início da série histórica do BC, em 1995, e o oitavo resultado negativo consecutivo da poupança em 2015. No acumulado do ano, a caderneta teve captação negativa de R$ 48,5 bilhões. Até o momento, o pior resultado da poupança neste ano, e em toda a série histórica, é o de março, quando os saques superaram os depósitos em R$ 11,438 bilhões. Em agosto, os saques na poupança somaram R$ 163,4 bilhões, superando os depósitos, que ficaram em R$ 155,9 bilhões. O valor total nas contas ficou em R$ 645,11 bilhões. O volume dos rendimentos creditados nas cadernetas dos investidores alcançou R$ 4,373 bilhões.

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Vários fatores têm contribuído para a fuga de recursos da poupança em 2015. Em primeiro lugar, as elevações da Selic, atualmente em 14,25% ao ano, tornaram a poupança menos atraente do que outras aplicações. Segundo a Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac), a caderneta é mais vantajosa do que os fundos de investimento apenas quando as aplicações são inferiores a seis meses, apesar de a poupança ser isenta de Imposto de Renda e de taxas de administração.

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O preço dos alimentos considerados essenciais no dia a dia caiu em agosto, na comparação com julho, em 15 das 18 capitais onde é feita a Pesquisa da Cesta Básica de Alimentos pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Porém, no acumulado dos últimos 12 meses, período entre setembro de 2014 e agosto de 2015, e também desde janeiro deste ano, a cesta ficou mais cara nas 18 capitais pesquisadas.

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A produção de carros, comerciais leves, caminhões e ônibus caiu 18,2% em agosto na comparação com o mesmo mês do ano passado, de acordo com balanço da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), divulgado sexta-feira 4. Em agosto de 2015, foram produzidas 216.465 unidades, contra 264.626 em agosto de 2014. Em relação ao mês de julho, houve queda de 3,5%. No acumulado do ano, a produção já chegou a 1.730.708 de unidades, 16,9% a menos do que o produzido no mesmo período do ano passado (2.083.393 unidades). “Essa queda da produção em parte se deve ao ajuste de estoque que ainda vai continuar no mês de setembro e em outubro. O estoque passou de 345 mil unidades em julho para 357 mil em agosto. Temos estoque para 52 dias de vendas”, disse o presidente da Anfavea, Luiz Moan.

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A venda do setor caiu 8,9%. Foram comercializadas 207.250 unidades ante 227.617 unidades em julho. Na comparação com agosto do ano passado, houve queda de 23,9%. Naquele mês, foram vendidos 272.492 veículos. No acumulado do ano, as vendas atingiram 1.753.816 de unidades, 21,4% a menos em relação ao mesmo período de 2014.  “Esse mês de agosto tivemos dois dias úteis a menos de vendas do que julho. Em média diária, ficamos estáveis com relação a julho, o que não significa que estejamos satisfeitos e respiremos. Na verdade, continuamos em um momento bastante difícil de mercado, especialmente na área de caminhões”, disse Moan.

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Os turistas brasileiros viajam cada vez mais de avião. Prova disso é que os aeroportos do País registraram um aumento de 3,36% na movimentação de passageiros de janeiro a junho, em comparação com o mesmo período do ano passado, conforme dados da Secretaria de Aviação Civil (SAC). Ao todo, foram 107,7 milhões de embarques e desembarques, o melhor resultado da série histórica. A aviação regional foi destaque, com crescimento de 4,06% no semestre. 

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