Radar — 07/01/2016

quarta-feira, 06 de janeiro de 2016

As perdas da indústria de transformação brasileira com os sete feriados e três pontos facultativos federais que cairão em dias de semana em 2016 serão de R$ 54,6 bilhões, de acordo com o estudo “O custo econômico dos feriados federais para a indústria”, divulgado pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan). Segundo a entidade, feriados em dia de semana paralisam as atividades ou impõem custos trabalhistas dobrados às indústrias que optam por permanecer funcionando. Na avaliação do gerente de ambiente de negócios e infraestrutura da Firjan, Guilherme Mercês, o valor representa 3,7% do Produto Interno Bruto (PIB) industrial do país. “Em um ano em que a economia não cresce e com essa quantidade de feriados, fica complicado crescer”, comentou. O levantamento tem como base a relação de feriados e pontos facultativos divulgada pelo Ministério do Planejamento.

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O Índice de Medo do Desemprego aumentou 36,8% em dezembro do ano passado na comparação com o mesmo mês de 2014, informa pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI). Conforme o levantamento feito com 2.002 pessoas em 143 municípios, o Índice de Medo do Desemprego alcançou 102,3 pontos em dezembro, muito acima da média histórica de 88,4 pontos. No último trimestre do ano passado, o medo do desemprego cresceu mais entre os moradores de municípios com menos de 20 mil habitantes, onde o índice subiu de 98,1 pontos em setembro para 106,8 em dezembro. Nas cidades com mais de 100 mil habitantes, o índice caiu de 105,5 pontos em setembro para 101,3 pontos em dezembro. O Índice de Satisfação com a Vida encerrou 2015 em 95,1 pontos. Embora tenha aumentado 1,3% entre setembro e dezembro, o valor é 8,1% menor que o registrado em dezembro de 2014.

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As empresas interessadas em aderir ao Simples Nacional em 2016 podem solicitar a opção até o próximo dia 29, último dia útil do mês. Se deferido o pedido, a opção retroagirá ao início de janeiro de 2016. O Simples Nacional é um regime tributário diferenciado e simplificado aplicável às microempresas e às empresas de pequeno porte. A Receita Federal recomenda que a opção seja solicitada no início do mês, "a fim de que o contribuinte tenha tempo suficiente para regularizar eventuais pendências apresentadas". Enquanto o período de solicitação está aberto, é permitido o cancelamento da solicitação, salvo se o pedido já houver sido deferido. O cancelamento também não é permitido para empresas em início de atividade.

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O Simples Nacional implica no recolhimento mensal, mediante documento único de arrecadação, dos seguintes tributos: Imposto sobre a Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ); Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI); Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL); Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins); contribuição para o PIS/Pasep; Contribuição Patronal Previdenciária (CPP); Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e Sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação (ICMS); Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISS). Mais esclarecimentos sobre o tema podem ser encontrados no site da Receita Federal.

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Sete capitais tiveram em 2015 inflação mais alta do que no ano anterior, segundo o Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S), medido pela Fundação Getulio Vargas (FGV). Entre as sete cidades pesquisadas a capital federal, Brasília, foi a que teve a maior alta de preços com uma inflação de 11,95%. A segunda maior taxa em 2015 foi observada em São Paulo (11,58%). Porto Alegre também teve uma taxa maior do que a média nacional, de 10,53%  em 2015, ao acusar alta de preços de 10,85%. As demais capitais ficaram com as seguintes taxas: Rio de Janeiro (10,44%), Belo Horizonte (9,67%), Salvador (8,61%) e Recife (8,27%).

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A inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor - Classe 1 (IPC-C1), relativa às famílias de menor renda (entre 1 e 2,5 salários mínimos) fechou 2015 com alta acumulada de 11,52%, resultado que chega a ser 0,99 ponto percentual superior à variação do IPC-BR (que abrange famílias com rendimento entre um e 33 salários), cuja alta no ano passado foi de 10,53%. Os dados relativos ao IPC-C1 foram divulgados ontem pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre-FGV). A diferença é decorrente do maior peso dos preços dos alimentos na composição do IPC-C1, que teve forte variação no ano passado. Segundo a FGV,  os alimentos fecharam 2015 com alta acumulada de 13%, a terceira maior para as famílias de baixa renda, ficando atrás apenas de habitação, com alta de 14,6%; e do grupo transportes (13,2%).

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