Radar — 06/10/2015

segunda-feira, 05 de outubro de 2015

Com greve marcada para começar hoje, consumidores devem ficar atento ao pagamento de faturas, boletos bancários e outros tipos de cobrança. Segundo o Instituto de Defesa do Consumidor, o Procon, embora a greve não afaste a obrigação do consumidor de pagar as contas, a empresa credora tem que oferecer outras formas e locais para que os pagamentos sejam efetuados. Para não ser cobrado de encargos (juros e multa) e ter o nome enviado a serviços de proteção ao crédito, a recomendação do Procon é de que o consumidor entre em contato com a empresa e peça opções de formas e locais para pagamento, como internet, a sede da empresa, casas lotéricas, código de barras para pagamento em caixas eletrônicos, dentre outros. O Procon orienta ainda que o consumidor documente esse pedido, ou seja, guarde cópia de e-mail ou anote o número de protocolo de atendimento, por exemplo. Assim, caso o fornecedor não atenda à tentativa de quitar o débito, o consumidor pode fazer a reclamação ao Procon.

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O indicador de expectativa sobre a renda pessoal caiu 6,4% e alcançou o menor valor da série histórica. Isso significa que aumentou o número de pessoas que espera a queda da renda pessoal nos próximos seis meses. O índice de expectativa sobre a situação financeira recuou 3,7% e o de endividamento diminuiu 1,8% em setembro na comparação com agosto. A queda dos indicadores mostra que as condições financeiras pioraram e o endividamento dos brasileiros aumentou nos últimos três meses.

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A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) prevê que o Natal deste ano deverá registrar a primeira queda nas vendas desde 2004. A expectativa de movimentação financeira é de R$ 32,2 bilhões, o que representará uma queda de 4,1% em relação ao ano passado. A confirmação desse quadro deverá frear a demanda por trabalhadores temporários em 2015. De acordo com a CNC, pela primeira vez desde 2009 a estimativa aponta para uma retração de 2,3% no número de vagas em relação ao ano anterior.

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O segmento de móveis e eletrodomésticos será um dos mais afetados pela significativa desvalorização cambial, pela inflação elevada e sobretudo pelo encarecimento do crédito. A previsão da CNC é que o setor apresente uma das maiores retrações em relação a 2014, com queda de 16,3% nas vendas. Dos oito segmentos avaliados, entre eles hiper e supermercados, vestuário e calçados, farmácias e perfumarias, só há expectativa de crescimento das vendas no ramo de artigos de uso pessoal e doméstico, de 3,1%.

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Diante desse cenário, a contratação de trabalhadores temporários deverá ser impactada. Apesar da previsão de queda de 2,3% no número de vagas em relação a 2014, a demanda sazonal por emprego no comércio varejista deverá levar o setor a oferecer 139,6 mil posições, uma vez que o volume de vendas do comércio costuma crescer, em média, 35% no último mês do ano. A CNC estima que o salário médio de admissão poderá chegar a R$ 1.442,00. Assim como nas vendas, a tendência de retração de vagas temporárias será liderada pelo ramo de móveis e eletrodomésticos (-10,5%), seguido por livrarias e papelarias (-5,0%) e pelas lojas de vestuário e acessórios (-4,9%). Apesar da expectativa de queda nas vendas de vestuário, esse ramo, somado ao varejo de hiper e supermercados e às lojas de artigos de uso pessoal e doméstico, deverá responder por oito em cada dez temporários contratados para o Natal de 2015.

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