Radar — 06/04/2016

terça-feira, 05 de abril de 2016

Sem aumentos

Desde ontem, 5, os municípios não podem conceder aumento real (acima da inflação) ao funcionalismo público. A proibição, prevista na lei 9.504, de 1997, que regula as eleições no país, começa a vigorar seis meses antes do pleito e vale até a posse dos eleitos. A intenção é que o reajuste não seja usado como instrumento nas eleições. A ideia é impedir promessas ou algum incentivo a favor de candidatos que estejam disputando a reeleição ou tenham apoio do que está exercendo o mandato. A medida este ano só atinge os servidores municipais. A lei prevê que a proibição é na circunscrição do pleito.

*****

Em julho, quando faltarão três meses para a eleição, as regras ficarão mais restritas: poderão ser contratados servidores para serviços urgentes, inadiáveis, devidamente justificados. Ou então, aqueles já aprovados em concurso público antes da eleição. A lei prevê ainda que nos três meses que antecedem as eleições têm de ser suspensas as transferências voluntárias de recursos da União e dos estados aos municípios. As transferências só serão permitidas se destinadas a cumprir obrigação preexistente para execução de obra ou serviço, ou a atender situações de emergência e calamidade pública.

Inflação recua

A inflação para as famílias que ganham entre um e 2,5 salários mínimos recuou de fevereiro para março, fechando o mês com queda de 0,44%, índice menor do que o que mede a variação de preços para as famílias que ganham mais, até 3,3 salários. Segundo dados divulgados ontem, 5, pelo Instituto Brasileiro de Economia, da Fundação Getúlio Vargas (Ibre/FGV), em março a alta do Índice de Preços ao Consumidor - Classe 1 (IPC-C1), que mede a variação dos preços das famílias que ganham até 2,5 salários, apresentou redução de 0,44%. Com o resultado, o indicador acumula alta de 3,1%, no ano e, 9,99%, nos últimos 12 meses.

Bandeira verde

A redução do consumo de energia, principalmente pelas indústrias, foi um dos fatores que contribuíram para a decisão do governo de adotar a bandeira tarifária verde nas contas de luz neste mês, o que significa que não há cobrança extra. Isso porque com menos demanda, não é preciso acionar as termelétricas, que produzem energia mais cara que as usinas hidrelétricas. Segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), a adoção da bandeira verde foi definida levando em conta três fatores: o aumento de energia disponível com a redução da demanda, a adição de novas usinas ao sistema elétrico brasileiro e o aumento das chuvas que fez com que o nível dos reservatórios das hidrelétricas ficasse maior.

Conta mais barata

A conta de luz voltou a ficar mais barata em março para as famílias de baixa renda e ajudou a frear a inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor - Classe 1 (IPC-C1), também conhecido como inflação da baixa renda, divulgado pela Fundação Getulio Vargas (FGV). A tarifa de eletricidade residencial, que já tinha recuado 2,33% em fevereiro, acentuou a queda para 4,09% em março. No mesmo período, a inflação pelo IPC-C1 desacelerou de 0,73% para 0,44%.

Aumentos não

A Petrobras informou que “não há previsão, neste momento, de reajuste nos preços de comercialização de gasolina e diesel”. A divulgação ocorreu depois de notícias veiculadas no fim de semana sobre um possível anúncio de redução dos preços da gasolina e do diesel. Em nota, a estatal diz que “avalia permanentemente a competitividade de suas práticas e condições comerciais”.

Shopping vazios

A vacância média nos shopping centers brasileiros inaugurados entre 2013 e 2015 é de 45%, segundo pesquisa do Ibope Inteligência. Esse porcentual corresponde a cerca de seis mil desocupadas nos 77 centros comerciais inaugurados no período. A tendência é a situação piorar ainda mais, já que há 58 shoppings em construção, o que deve elevar a capacidade instalada em 15% nos próximos três anos. "O crescimento acelerado teve seu preço. Muitos projetos foram superdimensionados ou instalados em localizações duvidosas", disse a diretora da unidade de shopping, varejo e imobiliário do Ibope Inteligência, Márcia Sola. "O caixa cheio de algumas empresas levou a uma expansão desordenada, cujo resultado é o que se vê agora. O problema é que a fila de espera de varejistas na maior parte dos shoppings acabou, o que significa que ficará cada vez mais difícil repor os espaços vagos", disse Márcia.

Estoques encalhados

O desempenho do Brasil na Copa do Mundo provocou um encalhe de produtos "verde e amarelo", de R$ 12,8 milhões no estado do Rio e R$ 5,7 milhões na capital fluminense, mostrou um levantamento do Clube de Diretores Lojistas. De olho nas olimpíadas, comerciantes esperam que o evento “desencalhe” essas mercadorias. Segundo levantamento realizado pelo Centro de Estudos do CDLRio, entre os itens encalhados estão camisetas, cornetas, canetas, chinelos, caneca, boné, cofre bola, bandeira para carro, linha pet, além de outros itens temáticos e não temáticos nas cores verde e amarelo.

TAGS:

A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.