Radar — 03/09/2015

quarta-feira, 02 de setembro de 2015

A Receita Federal anunciou nesta terça-feira novas regras  tributárias para o setor de bebidas. A partir de agora, o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) sobre as chamadas bebidas quentes, que incluem vinho, uísque, cachaça e licores, entre outras, será exigido com base em modelo mais simples de tributação, proporcionando equilíbrio da concorrência e fim das distorções. O Coordenador-Geral de Tributação da Receita, Fernando Mombelli, explicou que o novo modelo, baseado em alíquotas ad valorem (percentual), além de trazer proporcionalidade da tributação ao preço praticado, também equipara o distribuidor ligado a industrial/importador ao contribuinte industrial.

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Dos 26 ramos pesquisados pelo IBGE, três acumulam resultados positivos em 2015. Os melhores desempenhos são os da indústria extrativa, com alta de 8,4%, e o de produtos diversos, com 2,9%. A indústria de celulose, papel e produtos de papel variou 0,3% entre janeiro e julho.

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A inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) caiu em seis das sete capitais pesquisadas pela Fundação Getulio Vargas (FGV) em agosto deste ano, na comparação com julho. A maior queda foi registrada em São Paulo: 0,78 ponto percentual, ao recuar de 0,9% em julho para 0,12% em agosto. As cidades de Salvador e Recife também tiveram quedas mais acentuadas do que a média das sete capitais.

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Enquanto na média, a inflação caiu 0,31 ponto percentual (ao passar de 0,53% em julho para 0,22% em agosto), em Salvador o recuo foi 0,5 ponto percentual (ao passar de 0,24% para -0,26%) e em Recife, de 0,33 ponto percentual (ao passar de 0,4% para 0,07%). As outras três capitais com queda no IPC-S entre julho e agosto foram Belo Horizonte (0,22 ponto percentual, ao passar de 0,34% para 0,14%), Brasília (0,18 ponto percentual, ao passar de 0,5.

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A produção industrial do Brasil diminuiu 1,5% entre junho e julho, divulgou ontem o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Na comparação de julho com o mesmo mês do ano anterior, a queda chegou a 8,9%. Em 2015, o Brasil acumula perdas de 6,6% na produção industrial, segundo o IBGE. Nos últimos 12 meses, a queda chega a 5,3%. Na avaliação do gerente da coordenação de indústria do IBGE, André Macedo, o resultado de julho mostra que o ritmo de queda ganhou força. "Quando a gente observa os resultados mês a mês, há claramente um aumento na intensidade dessa perda", diz ele, que acrescenta: "Desde setembro do ano passado, são oito meses de taxas negativas e só em três meses tivemos avanços na produção. E essas taxas positivas foram ligeiramente positiva".

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O diretor-geral do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), Hermes Chipp, disse que, apesar de não estar “nas mil maravilhas”, a situação atual dos reservatórios do Brasil é muito melhor que a do ano passado. Ele descartou qualquer possibilidade de racionamento de energia. “Estamos bem. Sem risco de racionamento. Risco zero atualmente independentemente de cálculo, só olhando a vazão e o nível de armazenamento”. Chipp informou que os reservatórios estão com 34.4 de armazenamento neste início de setembro e a transição do período úmido será em outubro. Além disso, segundo ele, a influência do fator do El Niño, que está se fortalecendo favorece as previsões. “As chuvas do Sul em setembro tendem a aumentar. Houve um período do sistema de alta pressão, mas agora voltam a entrar as frentes e hoje já está ameaçando chuva aqui, chegando no litoral do Rio de Janeiro e em São Paulo”, afirmou.

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O presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Maurício Tolmasquim, disse que o preço elevado da energia contribuiu para a queda de 2,9% no consumo de energia elétrica em julho, no país, se comparado ao mesmo mês do ano passado, especialmente entre os consumidores residenciais.

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Pesquisa do Conecta, plataforma web do Ibope, mostra que  51% dos internautas brasileiros não conseguem guardar dinheiro e 39% dos internautas talvez não consigam pagar todas as suas contas no próximo mês. Como consequência da crise econômica do país, 74% concordam totalmente que os preços estão aumentando muito, dia após dia e 34% não estão conseguindo comprar tudo o que precisam na rotina mensal. Não bastasse isso, pouco mais de um terço (37%) dos entrevistados concorda que podem ficar sem trabalho a qualquer momento.  

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