Radar — 03/03/2016

quinta-feira, 03 de março de 2016

A inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) caiu nas sete cidades pesquisadas pela Fundação Getulio Vargas (FGV) na passagem de janeiro para fevereiro deste ano. A maior queda deu-se no Rio de Janeiro: 1,41 ponto percentual, já que a taxa recuou de 2,02%, em janeiro, para 0,61%, em fevereiro. Outras duas capitais tiveram redução da taxa mais acentuada do que a média nacional, de 1,02 ponto percentual (já que a média do IPC-S caiu de 1,78% para 0,76%): Salvador (1,24 ponto percentual, ao passar de 2,06% para 0,82%) e São Paulo (1,04 ponto percentual, indo de 1,64% para 0,6%). O IPC-S é calculado com base na variação de preços em oito classes de despesas: alimentação, habitação, vestuário, saúde e cuidados pessoais, educação e recreação, transportes, despesas diversas e comunicação.

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O emprego na indústria caiu em janeiro pelo décimo segundo mês consecutivo e registra recuo de 0,8%. As informações são da pesquisa Indicadores Industriais, divulgada segunda feira pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). O indicador está dessazonalizado (excluídas as influências do período). O índice está 9,6% abaixo do registrado em janeiro do ano passado. De acordo com a CNI, as horas trabalhadas cresceram 2,9% e o faturamento da indústria teve alta de 1% em janeiro na comparação com dezembro, na série livre de influências sazonais. Em relação ao mesmo período do ano passado, as horas trabalhadas diminuíram 11,6% e o faturamento foi 13,9% menor. A massa salarial, com queda de 2% em relação a dezembro, recuou pelo sétimo mês consecutivo e está 10,3% inferior à de janeiro de 2015. O rendimento médio dos trabalhadores diminuiu 0,9% em janeiro frente a dezembro, informou a CNI.

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A indústria brasileira manteve parada em janeiro 38% da sua capacidade de produção, informou a CNI. O índice, igual ao registrado em dezembro, é o menor da série histórica, que começa em 2011. O documento aponta ainda que os índices que medem a atividade e o emprego na indústria nacional voltaram a cair em janeiro, chegando, respectivamente, a 39,7 pontos e 41,4 pontos. Quanto mais abaixo de 50 pontos, pior é a avaliação. No mês passado, também houve queda no volume de estoques da indústria, que ficou em 48,4 pontos. A intenção de fazer investimentos teve a segunda queda consecutiva e está agora em 39,8 pontos.

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O menor otimismo com relação às vendas fez os supermercados brasileiros reduzirem as encomendas de ovos de Páscoa em 2016, de acordo com dados da Associação Brasileira de Supermercados (Abras). Pesquisa da entidade apontou que caiu 7% o valor nominal da compra de ovos de Páscoa por parte dos varejistas junto aos fornecedores. A queda ocorre mesmo com o preço médio dos ovos de Páscoa tendo aumentado. Em termos reais, o recuo no valor das encomendas de ovos pelos supermercados é de 12,6%.

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O levantamento da Abras mostra que a expectativa dos varejistas é vender menos este ano do que no mesmo período de 2015. Embora o preço não só dos chocolates como de outros produtos típicos da época estejam em alta, os supermercados esperam queda no valor nominal das vendas. Em termos nominais, a expectativa dos supermercadistas é de uma queda de 5,3% nas vendas de Páscoa como um todo ante o ano passado. Ao mesmo tempo, a Abras calcula que houve uma variação média de 7,8% no preço dos produtos, o que significa que, em termos reais, a expectativa é de queda de 12,2% nas vendas.

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No último trimestre de 2015, 19% das compras on-line no Brasil foram realizadas por meio de dispositivos móveis (smartphones e tablets), de acordo com um levantamento realizado pela Criteo. Os celulares respondem por 81% desse total. Outro fenômeno crescente apontado pelo estudo foi a utilização de múltiplos devices no ciclo de compra. O cross-channel alcançou 52% das transações no e-commerce no Brasil, sendo que em 19% o consumidor utilizou algum equipamento mobile. A pesquisa mostra também que, em 37% das transações concluídas em desktops, o cliente visitou o site do varejista em pelo menos um outro device antes de finalizar a compra. Com 54%, os tablets atingiram o maior índice entre os usuários que acessaram outras telas até fechar o pedido.  Das 1,4 bilhão de transações on-line analisadas pela empresa, 4 em 10 compras foram realizadas utilizando múltiplos dispositivos, sendo que um terço delas foi concluída em um equipamento móbil

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Uma parceria entre a Caixa Econômica Federal e a Azul Linhas Aéreas vai permitir a compra de passagens aéreas em casas lotéricas, sem a necessidade de ter conta em banco, cartão de crédito e ou acesso à internet. A operação está disponível apenas para reservas com, no mínimo, três dias de antecedência ao vôo e o valor da passagem não pode ultrapassar R$ 2 mil (acima desse valor, é necessário ir a uma agência Caixa). Não é necessário que o passageiro seja cliente do banco. Para comprar, é preciso ligar para a central de vendas da Azul – 4003 1118 em capitais e regiões metropolitanas ou 0800 887 1118 para demais localidades –, escolher o voo desejado e solicitar o pagamento eletrônico na Caixa.

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O Banco do Brasil reabriu, a partir de 1º de março, a linha de CDC Antecipação de Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF). Com a medida, é possível antecipar até 100% do valor do crédito a ser restituído, limitado a R$ 20 mil, com taxas de juros a partir de 2,25% ao mês. O pagamento é realizado somente na data do crédito da restituição ou no vencimento do contrato, que será no dia 16 de janeiro de 2017, conforme o que ocorrer primeiro. A antecipação do IRPF pode ser contratada por correntistas com limite de crédito aprovado e que tenham indicado o Banco do Brasil para recebimento da restituição. As contratações podem ocorrer nas agências, nos terminais de autoatendimento, via internet, na Central de Atendimento BB e via Aplicativo BB para dispositivos móveis (celulares e tablets).

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A novidade para 2016 é que os clientes que contratarem a linha através do Aplicativo BB para celulares e tablets poderão enviar a imagem do recibo da Declaração do IRPF pelo próprio dispositivo, permitindo a liberação do crédito sem a necessidade de comparecimento na agência de relacionamento. Para as contratações realizadas nos demais canais de contratação, continua sendo necessário que o cliente compareça à sua agência de relacionamento para a entrega da cópia do recibo da declaração.

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