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Radar — 02/07/2016
Endividados diminuem
O percentual de famílias com dívidas ficou em 58,1% em junho, segundo a Pesquisa Nacional de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), divulgada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). A taxa é inferior às observadas em maio (58,7%) e em junho do ano passado (62%). Na comparação mensal, é a quinta queda do nível de endividamento.
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As pessoas com dívidas em atraso chegam a 23,5% em junho. Aqueles que não terão condições de pagar suas dívidas ou contas somam 9,1% do total das famílias brasileiras e o mais alto desde outubro de 2010 (9,5%). Os cartões de crédito são a principal fonte de endividamento das famílias: 76,6% têm dívidas com cartão. Em seguida, aparecem os carnês (15,6%), os créditos pessoais (11,3%) e os financiamentos de carro (10,8%). Em média, o tempo para o pagamento das dívidas em atraso chega a 62,4 dias.
Expansão zero
Depois de dois meses consecutivos de crescimento (1,4% em março e 0,2% em abril), a produção industrial brasileira fechou maio com expansão zero de 0%, em relação ao mês anterior, na série livre de influências sazonais. Com o resultado de maio, a produção industrial acumulada nos cinco primeiros meses do ano continuou negativa, fechando o período janeiro-maio com queda de 9,8%. Os dados da Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física Brasil foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Gastos no exterior
O Ministério da Fazenda adiou mais uma vez a data para entrada em vigor do limite de US$ 150 para gastos no exterior com isenção do Imposto de Importação quando o viajante entrar no Brasil por meio terrestre, fluvial ou lacustre. A regra entraria em vigor nesta sexta-feira, 1º, mas, conforme portaria publicada no Diário Oficial da União, agora só começa a valer em 1º de julho de 2017. Desde 2014, o governo vem adiando a vigência do novo limite, que substituirá o atual, de US$ 300. A redução da cota de isenção tributária para a entrada de bagagem no país é reflexo da regulamentação do funcionamento de loja franca em fronteira terrestre. A justificativa é que, para cumprir a nova cota, é necessária a implementação de sistema de controle informatizado nessas lojas.
Retração no consumo
As vendas de bens duráveis para o consumidor tiveram no primeiro trimestre a maior retração desde 2010, quando a consultoria GFK começou a monitorar a receita das lojas em todo o país. Entre janeiro e março, o varejo de eletrodomésticos, eletroeletrônicos, telefones fixos e móveis, itens de informática e de fotografia faturou R$ 23,9 bilhões, uma cifra 10% menor em relação aos mesmos meses de 2015.
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As maiores quedas na receita dos varejistas ocorreram nos segmentos de foto (-52,9%), informática (-25,6%) e linha branca (-12%), que reúne fogões geladeiras e lavadoras. Os destaques negativos por produto foram os telefones celulares com preço abaixo de R$ 450, cujas vendas caíram 75% no período; desktops (-39,3%); fritadeiras elétricas (-20,3%) e refrigeradores (-16,7%). A queda na renda e no emprego e a menor disposição para assumir financiamentos explicam, segundo especialistas, a queda nas vendas ao consumidor final.
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O baque na comercialização durante o primeiro trimestre foi mais acentuado na indústria porque as lojas ainda tinham estoques e reduziram drasticamente o volume de compras, temendo o encalhe. No caso das TVs, um ícone do setor, as quantidades de aparelhos vendidos das fábricas para as lojas caíram 40% no primeiro trimestre em relação ao mesmo trimestre de 2015, segundo dados da Eletros, associação que reúne a indústria de eletroeletrônicos. Foram cerca de 1,2 milhão televisores a menos comercializados entre janeiro e março na comparação com o ano anterior.
Supermercados vendem menos
As vendas no setor supermercadista caíram 2,16% - em valores reais, deflacionadas pelo IPCA/IBGE – em maio em comparação com abril, de acordo com o Índice Nacional de Vendas da Associação Brasileira de Supermercados (Abras). No acumulado do ano, de janeiro a maio, as vendas no setor caíram 0,23% em relação ao mesmo período do ano passado.
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Para Sussumu Honda, presidente do Conselho Consultivo da Abras, o resultado para o mês já era esperado. “A expectativa do consumidor já começa a melhorar, mas a atividade econômica ainda se ressente das dificuldades do ano passado e por isso, o nível de desemprego continua subindo, o que reflete nas vendas do setor”, disse.
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