Radar — 01/09/2016

quarta-feira, 31 de agosto de 2016

PIB retraído

O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro encerrou o primeiro semestre com retração de 4,6%, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No segundo trimestre, o recuo foi de 3,8% em comparação com o mesmo período 2015 e de 0,6% em relação ao trimestre anterior. Esse foi o sexto trimestre consecutivo de recuo da economia brasileira. Praticamente todos os indicadores encolheram no primeiro semestre e também no segundo trimestre. Isso ocorreu até na agropecuária, um dos únicos que ainda sustentavam alguma alta nesses seis trimestres consecutivos de recessão. Em comparação com os primeiros seis meses de 2015, a agropecuária brasileira encolheu 3,4%. No comparativo trimestral, houve quedas de 2% (em relação aos primeiros três meses do ano) e de 3,1% (mesmo período de 2015).

Pesquisa antes da compra

Praticamente todos os internautas (que compõem metade da população brasileira, 106 milhões de pessoas) usam a internet em alguma etapa do seu processo de compra (pré-compra, compra e pós-compra), revela o estudo “Varejo no Brasil: a influência do digital sobre o consumo”. Realizado pela Boston Consulting Group, a pesquisa ouviu 2.500 entrevistados sobre suas atividades online. O impacto desse comportamento já é considerável e deve se intensificar nos próximos anos.

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Até o momento, o impacto da internet é maior na fase de pré-compra. Descobrir, pesquisar e localizar marcas, produtos, serviços e lojas online já representa de 60% a 70% das pesquisas em sites, redes sociais e buscadores como o Google. Os canais online, como o Facebook e WhatsApp, também são amplamente utilizados pelo consumidor brasileiro para expressar as opiniões de pós-compra, tanto as positivas quanto as negativas (70%).

Lojas virtuais

Mesmo com o Brasil apresentando um cenário econômico crítico em relação ao mercado, as expectativas de crescimento do e-commerce estão em progresso. Segundo pesquisa do Sebrae em junho, o e-commerce tem crescido gradativamente desde 2010. Dentre diversos segmentos de mercado, o de moda, casa e decoração e informática são os que mais se destacam. Já os segmentos de saúde, eletrodomésticos e automotivo aparecem nos últimos lugares.

Supermercados vendem mais

As vendas dos supermercados cresceram 4,20% em julho na comparação com o mesmo mês de 2015, de acordo com a Associação Brasileira de Supermercados (Abras). Já na comparação com junho, houve alta real de 7,58%. No acumulado dos sete primeiros meses de 2016, as vendas do setor aumentaram 0,66% ante os mesmos meses de 2015. Todos os valores foram deflacionados pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

Piratas dão prejuízos  

Uma busca em sites de compra e venda é capaz de expor problemas que geram rombos bilionários a empresas e aos cofres públicos: a pirataria e a falsificação. São CDs, DVDs, brinquedos, eletrônicos, esmaltes e até perucas. Produtos com preço mais em conta, mas que alimentam um mercado ilegal operado, muitas vezes, pelo crime organizado. De acordo com o FCNP (Fórum Nacional contra a Pirataria e Ilegalidade), os setores produtivos e o poder público deixaram de arrecadar R$ 115 bilhões, em 2015. E o maior prejuízo ficou na conta das empresas, que viram R$ 80 bilhões de seus ganhos se esvaírem pelas lojas físicas e virtuais de produtos falsificados e pirateados. 

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