Radar — 01/09/2015

segunda-feira, 31 de agosto de 2015

A crise econômica não tem afetado o ajuste fiscal na maioria dos estados. Segundo levantamento da Agência Brasil com base em relatórios de execução orçamentária enviados pelos governos estaduais ao Tesouro Nacional, 17 unidades da Federação conseguiram reduzir o endividamento no primeiro semestre.
O levantamento usou como parâmetro a relação entre dívida consolidada líquida (DCL) e receita consolidada líquida (RCL), estabelecida na Lei de Responsabilidade Fiscal. A DCL leva em conta tudo o que o governo local deve menos o que tem a receber. A RCL considera tudo o que o estado arrecada, deduzidas as transferências para os municípios. Os dois indicadores excluem as receitas e os gastos com a previdência dos servidores públicos locais.

*****

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) manteve a cor vermelha para a bandeira tarifária de setembro. Os valores extras a serem cobrados a partir de hoje foram publicados no Diário Oficial da União  de sexta-feira. No caso da bandeira vermelha, o acréscimo na conta de luz será R$ 4,50 para cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos — valor abaixo dos R$ 5,50 cobrados anteriormente. Os novos valores foram definidos no dia 28 de agosto pela Aneel. Eles representam uma redução de 18% no valor da bandeira — o que corresponde a uma queda de 2 pontos percentuais no custo final da conta de luz. A diminuição nos valores cobrados foi em decorrência da redução no custo de produção de energia, a partir do desligamento de 21 termelétricas.

*****

A estimativa para a dívida líquida do setor público em percentual do PIB foi elevada de 36,15% para 36,20%, na comparação com o boletim Focus da semana passada. A expectativa para a taxa básica de juros foi mantida em 14,25% até o fim do ano. Também foi mantida a expectativa do dólar no valor de R$ 3,50 para o mesmo período.

*****

O índice da Fundação Getulio Vargas (FGV) que mede a confiança do comércio teve queda de 4,1% de julho para agosto, divulgou ontem o Instituto Brasileiro de Economia (Ibre). O recuo mensal foi o quarto seguido e reduziu o indicador ao menor patamar da série histórica, iniciada em março de 2010. Segundo a FGV, a percepção dos empresários sobre o momento atual da economia foi o principal fator que puxou para baixo o Índice de Confiança do Comércio (Icom). O grau de satisfação com a demanda, medido pelo Índice da Situação Atual, teve queda de 12,1%, atingindo o menor nível da série.

*****

Por outro lado, o Índice de Expectativas teve um resultado positivo após dois meses de queda. O percentual subiu 0,4% em agosto, após perdas de 4,6% em julho e 1% em junho. Esse resultado foi obtido com um aumento do otimismo em relação à situação dos negócios nos próximos seis meses, que cresceu 1,8%.

*****

O Índice de Confiança de Serviços, medido pela Fundação Getulio Vargas (FGV), também acompanhou o índice do comércio e teve queda de 4,7% na passagem de julho para agosto deste ano. O indicador mede a confiança do empresário do setor de serviços. Ao atingir 74,7 pontos, o índice registrou — pela sexta vez, neste ano — o patamar mais baixo da série histórica, iniciada em junho de 2008. A queda da confiança atingiu empresários de 11 das 12 atividades pesquisadas pela FGV.

*****

O principal recuo foi observado no subíndice da Situação Atual, que avalia a opinião do empresário no mês e que caiu 9,6%. Já o subíndice de Expectativas, que mede o otimismo em relação aos próximos meses, recuou 1,7%. De acordo com a FGV, o pessimismo das empresas de serviços pode ser explicado pela fragilidade da demanda de empresas e famílias. 

TAGS:

A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.