Radar — 01/07/2016

quinta-feira, 30 de junho de 2016

Deficientes ganham menos

As pessoas com deficiência que trabalham ganham, em média, 11,4% menos que as sem deficiência. Estão incluídas pessoas com deficiências como intelectual, física, auditiva e visual. A informação consta de uma pesquisa do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Em média, pessoas com deficiência ganham R$ 1.499, contra R$ 1.693 dos outros trabalhadores.

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Em 2013, as pessoas com alguma deficiência, que trabalhavam, totalizavam 1,6 milhão. Deste total, 702 mil atuavam na agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura (17,2%); 722 mil no comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas (17,7%); e 562 mil na indústria (13,8%). Entre os trabalhadores ocupados, um em cada cinco (21,7%) declarou ter grau intenso ou muito intenso de limitações em suas atividades habituais, inclusive o trabalho.

Homens se acidentam mais

Os homens se acidentam mais no trabalho que as mulheres. A Pesquisa Nacional de Saúde do IBGE indica que trabalhadores homens se machucam mais que o dobro de vezes que as mulheres. Em 2013, base para o estudo, 3,5 milhões de homens com 18 anos ou mais se acidentaram no trabalho — 5,1% do total masculino da força de trabalho. Por outro lado, 1,5 milhão de mulheres se machucaram no serviço - 1,9% .

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Naquele ano, 3,4% de todos os trabalhadores foram vítimas de acidentes de trabalho — aproximadamente cinco milhões de pessoas. O IBGE informou ainda que a população ocupada era composta por 56,7% de homens e 43,3% de mulheres. Os acidentes de trabalho deixaram marcas na força produtiva do país. Segundo o instituto, um em cada três trabalhadores que se lesionaram deixaram de fazer as suas atividades habituais — 1,6 milhão de pessoas (32,9% do total). Outras 613 mil vítimas de acidentes de trabalho ficaram incapacitadas ou com alguma sequela (12,4% dos acidentados).

Comércio mais confiante

O Índice de Confiança do Comércio (Icom) Brasil subiu pelo segundo mês seguido em junho e atingiu o nível mais alto desde maio de 2015, de acordo com dados da Fundação Getulio Vargas. O Icom avançou 2,8 pontos e chegou a 73,7 pontos em junho, patamar mais elevado desde os 75,3 pontos registrados em maio de 2015.

Correios sem dinheiro

O novo presidente dos Correios, Guilherme Campos, pedirá ao Tesouro Nacional uma injeção de R$ 6 bilhões para a estatal que passou a comandar neste mês. Segundo ele, o valor foi calculado com base no montante que a companhia repassou à sua controladora, a União, nos últimos anos, além do mínimo exigido. Em 2015, os Correios fecharam com o maior prejuízo da história, de R$ 2,1 bilhões, mas o balanço ainda não foi publicado. Este ano, a perda já passa de R$ 900 milhões.  

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Só nos primeiros cinco meses deste ano, a empresa teve de desembolsar R$ 60 milhões em indenizações por falhas no serviço de entregas. A estatal deve recorrer a um empréstimo no segundo semestre para conseguir honrar seus compromissos, incluindo salários de empregados e encomendas de fornecedores. Segundo o presidente, também será feita uma estruturação para vender alguns ativos.

Aéreas ficam no Brasil

O Senado aprovou esta semana o texto da Medida Provisória 714, que retira o limite de participação de capital estrangeiro nas companhias aéreas brasileiras, mas a liberação será vetada pelo presidente da República interino Michel Temer. O texto original da proposta previa a elevação do porcentual de participação estrangeira dos atuais 20% para 49%, mas a medida foi alterada na Câmara dos Deputados, a pedido do governo, para permitir que essa parcela chegasse a 100%. Diante da falta de consenso entre senadores, que demonstraram preocupação com a aviação regional, o governo recuou e fechou acordo  comprometendo-se a vetar o dispositivo que trata da participação de capital estrangeiro. Com isso, deve permanecer o limite de 20% de participação estrangeira.

Bolsas liberadas

Estabelecimentos comerciais podem ser proibidos de designarem locais para os consumidores guardarem suas bolsas. É o que determina projeto de lei do deputado Dr. Sadinoel (PMB), que a Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) aprovou esta semana em primeira discussão. O projeto altera a lei 5.161/07, que já proíbe o lacre das sacolas. Caso o estabelecimento tente obrigar ou constranger o consumidor exigindo que ele lacre ou guarde sua bolsa, poderá sofrer sanções estabelecidas no Código de Defesa do Consumidor. Segundo a justificativa, o objetivo é ajudar os consumidores a terem liberdade para entrar nos estabelecimentos, sem serem constrangidos. 

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