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Produção caiu
Produção caiu
A queda de 2,5% na produção industrial brasileira de janeiro para fevereiro reflete retrações nos parques fabris de 11 dos 14 locais pesquisados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que divulgou, ontem, 7, a pesquisa industrial mensal Produção Física Regional. Em São Paulo, onde fica o maior parque fabril do país, a retração de fevereiro em relação a janeiro foi de 2,1%; no Rio de Janeiro (-1,9%); no Paraná (-1,6%); no Rio Grande do Sul (-1,3%); e em Minas Gerais (-0,7%). Também fecharam fevereiro com recuos superiores à média nacional, o nordeste, que encerrou fevereiro com queda de 3,6%; Santa Catarina (-3,3%); e Ceará (-2,8%). Já Pernambuco teve queda dos mesmos 2,5% da média nacional. Os recuos mais intensos foram registrados na Bahia, onde a retração chegou a 7,9%, uma queda de 5,4 pontos percentuais em relação à taxa média para o país; e Amazonas, que, com a queda de 4,7%, ficou 2,2 pontos percentuais abaixo da média global. No caso do Amazonas, o recuo de 4,7% é o nono consecutivo, período em que o estado acumulou perda de 26,7%.
Poupança menor
Pelo segundo mês seguido, a fuga de recursos da caderneta de poupança diminuiu. Segundo dados divulgados ontem, 7, pelo Banco Central, as retiradas superaram os depósitos em R$ 5,38 bilhões em março, quando os brasileiros pouparam R$ 164,397 bilhões, mas sacaram R$ 169,777 bilhões da caderneta. Apesar da diminuição dos recursos aplicados na poupança, os saques tiveram queda em março. A retirada líquida tinha ficado em R$ 12,032 bilhões em janeiro e R$ 6,639 bilhões em fevereiro.
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As retiradas também diminuíram em relação ao mesmo mês do ano passado. Em março de 2015, a caderneta tinha registrado saques líquidos de R$ 11,438 bilhões. No acumulado de 2016, no entanto, os brasileiros retiraram mais recursos da poupança. De janeiro a março, a retirada líquida somou R$ 24,05 bilhões, contra R$ 23,231 bilhões no mesmo período do ano passado. Desde janeiro de 2015, a caderneta de poupança registra retirada expressiva de recursos. Isso ocorre por causa do aumento de juros, que tornam mais atrativas aplicações em fundo de investimento, e da perda de rentabilidade diante da inflação. Nos últimos 12 meses, a caderneta rendeu 8,29%, contra inflação oficial de 11,08% pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).
Consumo em queda
O movimento dos consumidores nas lojas de todo o país caiu 1,5% em março na comparação com fevereiro e 9,2% em relação ao mesmo período do ano passado. É o que revela o Indicador Serasa Experian de Atividade do Comércio. Segundo o levantamento, este é o pior trimestre da história do indicador, que começou a ser coletado em 2000. A maior queda, na comparação mensal, ocorreu no setor de móveis, eletrônicos e informática. O índice ficou em 2,5% negativos em março. O setor de supermercados, hipermercados, alimentos e bebidas caiu 1,5%.
Veículos em baixa
As vendas de veículos novos ao mercado interno aumentaram 22,1% em março sobre fevereiro, mas mantiveram a queda de 23,6% sobre março do ano passado. Houve um recuo de 28,6% no trimestre. Os números abrangem todo o país. Foram comercializados no mês passado 179,1 mil veículos. A produção cresceu a um ritmo maior (42,6%) do que o escoamento dos produtos. Em março, foram produzidos 195,3 mil veículos. No entanto, quando comparado ao mesmo período do ano passado, houve queda de 23,7% e, no acumulado dos três meses de 2016, a produção ficou 27,8% menor. Os dados foram divulgados quarta-feira, 6, pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea).
Grandes demissões
A construção civil brasileira registrou queda de -0,83% no nível de emprego em fevereiro na comparação com janeiro. Foram fechados 23,9 mil postos de trabalho, levando em conta os fatores sazonais. De acordo com pesquisa do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (SindusCon-SP), feita em parceria com a Fundação Getulio Vargas, em 12 meses foram demitidos 467,7 mil trabalhadores. O estudo é feito com base em informações do Ministério do Trabalho e do Emprego.
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As regiões do país que registraram os piores resultados foram a Norte (-2,50%) e a Nordeste (-1,01%). O segmento de engenharia e arquitetura teve a maior retração (-1,66%) em fevereiro ante janeiro, seguido pelo setor imobiliário (-1,15%). No acumulado do ano, contra o mesmo período do ano anterior, o setor imobiliário apresentou a maior queda (-17,73%). O setor está desempregando pelo décimo sétimo mês consecutivo.
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