Poucos efeitos com a Copa

quarta-feira, 16 de maio de 2018

Poucos efeitos com a Copa

A menos de um mês da abertura da Copa de 2018 – e no dia em que a Seleção Brasileira foi convocada para o maior evento esportivo do planeta – poucos efeitos têm sido notados na economia por conta do Mundial, a ser realizado a partir de 14 de junho, na Rússia.

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Nem mesmo o setor de eletroeletrônicos, que historicamente é o mais beneficiado no período, tem demonstrado otimismo com as vendas. Especialistas apontam que, em função da crise, há indicações de que o setor informal venha a ser o mais beneficiado pela Copa deste ano.

Educação financeira

A melhoria dos níveis de educação financeira leva a uma demanda e uso mais responsável do crédito, com menor risco de endividamento excessivo e, portanto, uma menor inadimplência. A avaliação foi feita pelo presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, em Brasília, durante a abertura da 5ª Semana Nacional de Educação Financeira.

Exigência da Petrobras

A Petrobras intimou seus funcionários a informar o patrimônio e a renda declarados à Receita Federal anualmente. Até então, a exigência era feita apenas aos que ocupam cargos de chefia — gerentes e diretores. Mas, neste ano, foi estendida para os 62,7 mil funcionários da controladora e subsidiárias.

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A medida gerou protesto dos empregados e, agora, o sindicato avalia uma posição para levar à diretoria. O TCU (Tribunal de Contas da União) diz que a extensão da exigência a todos os contratados está em linha com as suas normas. Mas advogados trabalhistas avaliam que a exigência é inconstitucional.

Serviços caem

O volume de serviços prestados caiu 0,2% em março ante fevereiro na série com ajuste sazonal, segundo dados da PMS (Pesquisa Mensal de Serviços) do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). O resultado ficou dentro das expectativas dos analistas, que estimavam desde uma queda de 1,0% a uma alta de 0,2%, com mediana negativa de 0,4%.

Agendamento do INSS

O INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) havia convocado 152.269 brasileiros para agendar a revisão de benefícios por incapacidade — auxílio doença e aposentadoria por invalidez. Deste total, 118.268 perderam o prazo e não agendaram a perícia. 

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Segundo o MDS (Ministério do Desenvolvimento Social) apenas 34.001 segurados convocados realizaram os agendamentos, sendo 4.947 para auxílio-doença e 29.054 de aposentadoria por invalidez.

Impacto econômico

Um estudo com base nos indicadores do seguro obrigatório de automóveis DPVAT, divulgado  pela Escola Nacional de Seguros, revela que os acidentes graves ocorridos no trânsito brasileiro em 2017 provocaram impacto econômico de R$ 199 bilhões, ou o correspondente a 3,04% do  PIB (Produto Interno Bruto) a soma dos bens e serviços produzidos no país).

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O valor equivale ao que seria gerado pelo trabalho das vítimas, caso os acidentes não tivessem ocorrido. De acordo com o estudo, os acidentes no trânsito mataram 41,1 mil pessoas no ano passado em todo o país e deixaram com invalidez permanente, que as afasta da atividade econômica que exerciam, outras 42,3 mil.

Inadimplentes crescem

O número de brasileiros que estão com contas atrasadas subiu para 62,2 milhões em abril, segundo o SPC Brasil (Serviço de Proteção ao Crédito) e a CNDL (Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas). A inadimplência cresceu 3,54% no período. Esta é a sétima alta histórica do indicador e os inadimplentes representam 41% da população adulta do país.

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