PIB pode melhorar

terça-feira, 02 de agosto de 2016

Crise nos municípios

Os municípios brasileiros enfrentam a pior situação fiscal dos últimos dez anos, segundo o Índice Firjan de Gestão Fiscal (IFGF) referente a 2015, divulgado pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan). O índice avaliou as contas de 4.688 prefeituras. Outras 880 não foram analisadas porque não declararam as contas ao Tesouro Nacional dentro do prazo legal estabelecido pela Lei de Responsabilidade Fiscal. De acordo com o estudo, 87,4% das prefeituras brasileiras apresentam situação fiscal entre difícil e crítica, com base nos dados de 2015. Nove em cada dez prefeituras estão em situação difícil ou crítica e quase um terço delas se mostra em uma situação crítica, ou seja, à beira da falência.

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Apenas 12,1% das cidades têm condições consideradas boas e apenas 0,5% excelentes. As 30 cidades com nível excelente de gestão fiscal estão distribuídas em vários estados, o que, segundo o IFGF, mostra que a “localização geográfica não é o determinante para uma boa gestão fiscal e, sim, as atitudes dos gestores perante o orçamento público”. O município mais bem avaliado no ranking do IFGF é Ortigueira-PR. Entre as capitais, o Rio de Janeiro tem a melhor posição, fruto, principalmente, de uma arrecadação alta e de investimentos. Nos últimos quatro anos, segundo a Firjan, a capital fluminense investiu mais de R$ 21 bilhões, sem comprometer seu orçamento com gastos de pessoal. Entre os 500 melhores resultados, 227 estão na Região Sul, onde se observam gastos com pessoal baixos e investimentos mais altos.

PIB pode melhorar

Instituições financeiras consultadas pelo Banco Central esperam um encolhimento um pouco menor da economia em 2016. A estimativa para a queda do Produto Interno Bruto (PIB), passou de 3,27% para 3,24%. Para 2017, a projeção de crescimento segue em 1,1% há duas semanas. As projeções fazem parte de pesquisa semanal do Banco Central. A projeção para a inflação, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), foi mantida em 7,21%. Para 2017, a estimativa caiu de 5,29% para 5,20%.

Mudanças drásticas

As mudanças mais drásticas na Previdência valerão para quem tiver até 50 anos, tanto na iniciativa privada como no setor público. Acima desta faixa etária haverá um "pedágio" para quem quiser se aposentar, a chamada regra de transição, prevendo um período adicional de trabalho de 40% a 50% do tempo que falta para que se tenha direito ao benefício. As propostas foram apresentadas ao presidente em exercício, Michel Temer, e ainda serão debatidas com dirigentes sindicais e empresários. A ideia é que a idade mínima para que o trabalhador requeira a aposentadoria seja de 65 anos, no caso de homens, e de 62 para mulheres. Cálculos do governo indicam que o rombo na Previdência, já neste ano, será de R$ 146 bilhões e poderá chegar a R$ 180 bilhões em 2017.

Caixa reduz inadimplência

A inadimplência da Caixa no primeiro trimestre deste ano acendeu a luz amarela. Mesmo com a venda de carteiras, o nível de atrasos acima de 90 dias fechou em 3,51%, bem próximo à média do mercado, que foi de 3,55%. No segundo trimestre, o banco conseguiu reduzir a inadimplência e se distanciar novamente dos concorrentes privados.  Entre 2014 e o primeiro trimestre deste ano, a Caixa vendeu R$ 24 bilhões em carteiras de crédito cuja recuperação é considerada difícil, os chamados “créditos podres”. 

Eletrônicos devem crescer

Enquanto o varejo sofre com o impacto da crise econômica e vem colecionando números negativos, no meio virtual os resultados positivos superam as expectativas. Prova disso é que, mesmo com a redução no poder de compra do brasileiro, o comércio eletrônico deve crescer 18% este ano em relação a 2015 e faturar R$ 56,8 bilhões, de acordo com previsão da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABCmm).

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 De acordo com dados da ABCmm, em 2015, o e-commerce cresceu 22% em relação ao ano anterior e obteve faturamento de R$ 48,2 bilhões. O ano fechou com 155,5 milhões de pedidos e um valor médio de compra de R$ 310. Para este ano, a expectativa é de que o volume de vendas por meio de dispositivos móveis atinja a marca de 30% do total de pedidos (contra 20% em 2015). Além disso, a participação das pequenas e médias empresas no faturamento do comércio eletrônico deve ser de 22,1%. 

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