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PIB: estimativa cai
PIB: estimativa cai
Economistas pioraram a expectativa para o crescimento da economia. De acordo com o Boletim Focus, do Banco Central, a estimativa para o PIB do ano que vem caiu para 1,0%, ante 1,13% na semana anterior. E a quinta piora consecutiva desse indicador nas apostas do mercado. Para 2016, a estimativa passou de queda de 3,37% para -3,40%, a sétima semana seguida de recuo. Na última semana, o Banco Central divulgou Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), considerado uma prévia do PIB. O indicador recuou 0,78% no terceiro trimestre deste ano, se comparado com o trimestre anterior. No confronto com o terceiro trimestre de 2015, a queda foi de 3,84%.
Lenta retomada
A crise segue intensa no Brasil. A última evidência desse quadro foi o IBC-Br, que decepcionou os analistas semana passada ao recuar 0,78% no terceiro trimestre – esse indicador de atividade econômica, apurado pelo Banco Central, é considerado uma prévia do Produto Interno Bruto (PIB). Mas alguns setores mostram alguns indícios de retomada, mesmo que os sinais ainda não permitam afirmar que “o pior já passou”. As indústrias de calçados, têxteis, químicos e alimentos e bebidas estão entre eles.
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Esses quatro segmentos industriais saíram-se bem no levantamento mais recente do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado pelo Ministério do Trabalho. Cada um à sua maneira, eles mostraram, em setembro, uma situação melhor não apenas que a do mês anterior, mas também que a do mesmo período do ano passado. Em setembro, dado mais recente do Caged, os quatro setores contrataram mais gente do que demitiram. O saldo foi positivo em 1.849 vagas na indústria química e de produtos farmacêuticos; 1.304 na indústria têxtil, 1.354 na calçadista e de nada menos que 15.231 em alimentos e bebidas). No geral, as indústrias fecharam 39.282 postos no mês.
Impacto da Black Friday
A Black Friday terá impacto importante na soma das vendas do varejo digital no Brasil e, segundo estimativas da Ebit, vai ajudar Papai Noel a vender R$ 1 bilhão a mais em 2016 do que em 2015. O estudo da Ebit sobre o e-commerce brasileiro estima que o total de vendas no período será de R$ 8,4 bilhões, representando um crescimento nominal de 14% sobre o ano passado.
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A expectativa é que na Black Friday brasileira muitos consumidores aproveitarão os descontos para adiantar as compras de fim de ano. “A Black Friday, em um único dia, é responsável por 25% do faturamento do e-commerce para o período do Natal”, explica Pedro Guasti, da Ebit. Em pedidos, o crescimento das vendas será de 4,5%. A estimativa é que sejam feitas 18,4 milhões de encomendas até 24 de dezembro, com um tíquete médio de R$ 458, que é 9% maior do que no ano passado. A Ebit estima um faturamento de R$ 2,1 bilhões no dia da Black Friday - 25 de novembro - que é 30% maior que o faturamento de 2015.
Dinheiro fala mais alto
Pelo menos 39%a de todos os valores gastos por brasileiros, em 2015, foram efetivados em dinheiro. O volume, equivalente a quase R$ 1,5 trilhão, coloca o papel moeda como a escolha prioritária no momento da compra para muitos cidadãos. É o que demonstra o estudo “Evolução dos meios de pagamento no Brasil”, realizado pela consultoria Boanerges & Cia e apresentado na Associação Brasileira das Empresas de Transporte de Valores (ABTV), em São Paulo, na última semana.
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Em algumas regiões, a importância do dinheiro é ainda maior. No Norte, por exemplo, quase metade de todo valor gasto com consumo é pago com papel moeda. No Centro-Oeste a proporção também é expressiva: 45%. Informalidade, aceitação em todos os ambientes comercias, simplicidade no manuseio e ausência de taxas são alguns dos fatores que justificam a preferência de parcela da população. Outra conclusão aferida é a força do dinheiro perante as classes de baixa renda. Entre esse público, o dinheiro é utilizado em oito de cada 10 transações, e 51% dos brasileiros ainda recebiam salário “em espécie” em 2013.
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Apesar do maior acesso a serviços bancários e incentivos governamentais para as transações eletrônicas, hoje, aproximadamente 22 milhões de adultos não possuem relacionamento bancário. É natural, portanto, que a porcentagem de gastos em dinheiro no Brasil seja três vezes superior a dos Estados Unidos, que possui a cultura do cartão muito forte.
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