PIB caiu em 2016

quarta-feira, 08 de março de 2017

PIB caiu em 2016

O Produto Interno Bruto (PIB), que é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país, fechou 2016 com uma queda de 3,6%. Em 2015, a economia brasileira já tinha recuado 3,8%. Segundo dados divulgados ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o PIB de 2016 ficou em R$ 6,3 trilhões. Segundo o IBGE, os números do PIB de 2015 e 2016 representam a maior recessão desde 1947. Ainda segundo o IBGE, já houve anos em que a retração foi maior que 2016, mas nunca a economia brasileira havia somado 7,2% de queda em um biênio. O resultado negativo dos dois anos fez o PIB do país voltar para o patamar registrado no terceiro trimestre de 2010, segundo o IBGE. O setor da economia que sofreu a maior queda em 2016 foi a agropecuária, com uma contração de 6,6%. Na indústria, a queda foi de 3,8%. O segmento de serviços teve um recuo de 2,7%, segundo o IBGE.

Saques superam depósitos

A caderneta de poupança registrou a menor perda de recursos para meses de fevereiro em três anos. Segundo o Banco Central, no mês passado, os saques superaram os depósitos em R$ 1,67 bilhão, contra saques líquidos (diferença entre saques e depósitos) de R$ 6,26 bilhões em fevereiro de 2015 e de R$ 6,63 bilhões em fevereiro de 2016. O resultado é o melhor registrado para o mês desde 2014, quando os depósitos tinham superado as retiradas em R$ 1,85 bilhão. Nos dois primeiros meses de 2017, a caderneta registrou retiradas líquidas de R$ 12,4 bilhões, perda de recursos menor que os R$ 18,67 bilhões registrados no mesmo período do ano passado. Desde o início da recessão econômica, em 2015, os investidores têm retirado dinheiro da caderneta para cobrir dívidas num cenário de queda da renda e de aumento de desemprego. Em 2015, R$ 53,5 bilhões deixaram a poupança, a maior retirada líquida da história. Em 2016, os saques superaram os depósitos em R$ 40,7 bilhões.

Bagagem mais cara

A empresa aérea Latam informou que ainda este ano passará a cobrar R$ 50 pela primeira mala de 23 quilos despachada pelos passageiros nos voos domésticos. A segunda mala de mesmo peso custará R$ 80. O excesso de peso vai custar entre R$ 120 e R$ 200. Nos próximos meses, o despacho da primeira bagagem de 23 quilos ainda será gratuito e a cobrança será apenas sobre o excesso.

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A permissão para que as empresas aéreas cobrem para despachar as bagagens, aprovada pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), vale para quem comprar passagens a partir do dia 14 de março. O peso permitido para a bagagem de mão vai passar de 5 quilos para 10 quilos. Os voos da Latam para a América Latina terão a primeira mala de 23 quilos gratuita e a segunda vai custar US$ 90. Nos demais voos internacionais, será permitido levar duas malas de 23 quilos gratuitamente.

Banda larga em alta

O número de clientes de banda larga fixa cresceu 4,96% entre janeiro do ano passado e o mesmo mês deste ano, com 1,27 milhão de novos clientes no período. Segundo a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), atualmente o serviço tem 26,7 milhões de assinantes no país. Entre dezembro do ano passado e janeiro deste ano, foram registradas 134,7 mil novas assinaturas do serviço, o que representa um aumento de 0,51%. O crescimento do número de clientes de banda larga fixa vai na contramão dos demais serviços de telecomunicações, que vêm apresentando queda no número de assinaturas, como a telefonia celular e a TV por assinatura.

Mulheres trabalham mais

As mulheres trabalham, em média, 7,5 horas a mais que os homens por semana devido à dupla jornada de tarefas domésticas e trabalho remunerado. Os dados fazem parte de estudo divulgado nesta segunda-feira, 6, pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). O estudo mostra que apesar de a taxa de escolaridade feminina ser mais alta, a jornada também é. Em 2015, a jornada total média das mulheres era de 53,6 horas, enquanto a dos homens era de 46,1 horas. Em relação às atividades não remuneradas, a proporção se manteve quase inalterada ao longo de 20 anos: mais de 90% das mulheres declararam realizar atividades domésticas; os homens, em torno de 50%. O estudo observou ainda que aumentou o número de mulheres chefiando famílias. Em 1995, 23% dos domicílios tinham mulheres como pessoas de referência. Vinte anos depois, esse número chegou a 40%.

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