Páscoa otimista

sexta-feira, 24 de março de 2017

Páscoa otimista

Considerada uma das datas mais importantes para o setor supermercadista, a Páscoa deve gerar um aquecimento nas vendas mesmo durante o período de crise. Segundo levantamento feito pela CDL com consumidores, a intenção da maioria é ir às compras, porém, gastando um valor menor. Entre os associados que atuam nos setores de produtos típicos dessa época, a maior parte também aposta no aumento das vendas, mesmo que em patamares mais modestos.

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Ao todo, 73% dos entrevistados disseram que pretendem comprar e/ou presentear nesta Páscoa. Dentre o público que irá às compras, 71% responderam que têm intenção de gastar no máximo R$ 100. A maior parte (48%) tem intenção de fazer as compras de Páscoa em supermercados. Na sequência, aparecem o comércio formal do Centro ( 31%), Shoppings (13%) e comércio formal de bairros (8%).

Confiança aumentou

Depois de se manter em baixa por 33 meses consecutivos, o Índice de Confiança da Indústria (ICI) apresentou aumento de 2,9 pontos, atingindo 90,7 pontos, na prévia da Sondagem da Indústria de Transformação, apurada pelo Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da Fundação Getúlio Vargas (FGV). Este foi o melhor resultado desde maio de 2014 (92,2 pontos).

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Para a coordenadora da pesquisa, Tabi Thuler Santos, há uma sinalização de retomada da confiança, pois o levantamento mostra que o setor está deixando “a zona mais crítica, embora ainda existam mais empresários insatisfeitos do que satisfeitos”. Caso isso se confirme, observou Tabi, ficará demonstrada a possibilidade de retomada da economia, com crescimento da produção e do emprego.

Inflação de 7,5%

Os consumidores brasileiros acreditam que a inflação brasileira ficará em 7,5% nos próximos 12 meses. Essa expectativa de inflação, medida este mês, é 0,1 ponto percentual menor que a registrada em fevereiro (7,6%). O resultado de março deste ano, da pesquisa da Fundação Getúlio Vargas (FGV), confirma a tendência de queda observada desde fevereiro de 2016, quando o resultado atingiu o máximo histórico de 11,6%. Os 7,5% esperados pelos consumidores são também a menor taxa desde janeiro de 2015 (7,2%). Entre os segmentos de renda, a classe mais alta (acima de R$ 9.600) é a que acredita na taxa mais baixa (6%).

Trabalho precarizado

Com a aprovação do projeto de lei que libera a terceirização para todas as atividades das empresas, haverá uma grande precarização do trabalho, avaliou o presidente do Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região - São Paulo (TRT-2), Wilson Fernandes. “Se a empresa terceiriza um trabalho, ela dispensa dez trabalhadores e contrata [por meio de uma empresa terceirizada] outros dez para fazer o trabalho daqueles, e por que ela faz isto? Porque vai sair mais barato para ela. Se vai sair mais barato para ela, de onde sai a diminuição de custo? Do salário do trabalhador, obviamente”, disse.

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Fernandes acrescentou que a empresa prestadora de serviços, que vai fornecer essa mão de obra terceirizada, será constituída para ter lucro. “E de onde sai o lucro dela? Do salário do trabalhador indiscutivelmente”. Segundo Fernandes, historicamente os empregados terceirizados sempre ganharam menos que os empregados contratados regularmente. Além da precarização, o presidente do TRT-2 acredita que haverá uma dispensa grande de trabalhadores empregados para que haja a contratação de terceirizados.

Evitando impostos

“Estamos fazendo o máximo possível para evitar o aumento de impostos e é exatamente por isso que não anunciamos isso precipitadamente”, disse o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles. “Se for necessário aumentar imposto, será o menor possível”, acrescentou ele. A estimativa é que a decisão sobre o assunto seja divulgada pela equipe econômica de Michel Temer na próxima terça-feira, 28. As possíveis mudanças no valor de tributos podem ser um fator determinante para que o governo consiga cumprir a meta de déficit primário deste ano, que é de R$ 139 bilhões.

Construção em queda

A atividade e o emprego na indústria da construção continuam em queda, embora tenham apresentado retração menos intensa nos últimos dois meses. “A longa trajetória de queda da atividade fez com que a indústria da construção operasse, em fevereiro, no menor nível de sua capacidade desde o início da pesquisa, em janeiro de 2012”, informou a Confederação Nacional da Indústria (CNI). De acordo com a sondagem industrial da construção em fevereiro, o cenário de fraca atividade e alta capacidade ociosa mantém baixa a intenção dos empresários de investir. “Para os próximos meses, as perspectivas dos empresários para o setor ainda são negativas, embora o pessimismo seja inferior ao observado ao longo de 2016”, destacou o relatório. 

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