Parlamentares nababescos

quarta-feira, 05 de outubro de 2016

Amigos desempregados 
Cada brasileiro tem contato hoje com mais de seis pessoas que estão desempregadas, entre parentes, amigos e conhecidos. Essa é a maior marca em mais de seis anos, quando a agência de pesquisas Ipsos começou a apurar o Índice Nacional de Confiança do Consumidor (INC) em janeiro de 2010. O número de conhecidos desempregados passa de sete entre as classes de menor renda, D e E, e na região Sudeste, que concentra a maioria das indústrias, afetadas pela crise. O resultado é coerente com o número recorde de desempregados que chega a 12 milhões de trabalhadores.

Parlamentares nababescos
A União gasta todo ano R$ 164 milhões para pagar 1.170 aposentadorias e pensões para ex-deputados federais, ex-senadores e dependentes de ex-congressistas, segundo levantamento feito pelo jornal O Estado de S. Paulo. O valor equivale ao que é despendido para bancar a aposentadoria de 6.780 pessoas com o benefício médio do INSS, de R$ 1.862. A aposentadoria média de um ex-parlamentar (levando em conta também os que se aposentam proporcionalmente) é de R$ 14.100. Todo reajuste dos salários de deputados e senadores é repassado para as aposentadorias. Com a morte do parlamentar, a viúva ou os filhos (até 21 anos) passam a receber a pensão. Enquanto o teto do INSS é de R$ 5.189,82, o do plano de seguridade dos congressistas é de R$ 33.763. 
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A Câmara tem 525 ex-deputados aposentados, mas 22 estão com o pagamento do benefício suspenso por estarem exercendo mandato. Já o Senado conta com 70 ex-senadores aposentados, mas nove deles estão em exercício do mandato e, por isso, não acumulam o benefício com o salário de R$ 33.763. Atualmente, no INSS são necessários, no mínimo, 15 anos de contribuição e 60/65 anos (mulheres/homens) para se aposentar por idade ou 30/35 anos de contribuição para se aposentar por tempo de serviço.

Jovens x maduros
Em meio à crise nas vendas, o comércio varejista apostou na dispensa de trabalhadores jovens e contratação de funcionários mais maduros, segundo um levantamento feito pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Em 2015, o número de trabalhadores ocupados no varejo recuou pela primeira vez desde 1992. Ao final do ano passado, 7,92 milhões de pessoas trabalhavam no setor, uma queda de 2,1% em relação ao ano anterior, o equivalente a 171.969 vagas a menos. Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados do Ministério do Trabalho.
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Do total de vagas cortadas no varejo, 91,6% ocorreram entre trabalhadores com até 24 anos de idade, o que significa que 157,6 mil jovens perderam seus empregos. Ao mesmo tempo, a despeito da redução nas vendas, foram geradas 27,8 mil vagas no comércio varejista para trabalhadores com 50 anos ou mais de idade.

Franquias em alta 
A Região Sudeste concentra o maior número de empresas com o total de 71,4%. De acordo com a Associação Brasileira de Franchising (ABF), houve um crescimento nominal de 7,6% na receita do setor no primeiro trimestre deste ano comparado ao mesmo período de 2015. O Rio de Janeiro apresentou o maior crescimento no setor de franquias nos últimos seis anos. O estado cresceu 14,2% em faturamento e participa com 13,2% do faturamento do país, passando de R$ 18.438 bilhões para R$ 20 bilhões. O setor de alimentação lidera com 29%, seguido do setor de esporte, saúde e lazer com 18%.
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Uma das dez maiores feiras de franquias do mundo, a Expo Franchising ABF Rio 2016, acontecerá de amanhã, 6 ao próximo sábado, 8,  no Rio de Janeiro. Em sua décima edição, o evento estima receber mais de 20 mil pessoas e conta com mais de 200 marcas em diversos segmentos, com a expectativa de gerar em torno de R$ 200 milhões em negócios. 

Varejo em baixa
As vendas no comércio varejista brasileiro tiveram queda de 3,2% em agosto ante o mesmo mês de 2015, de acordo com o relatório Master Card Spending Pulse. A queda média dos últimos três meses foi de 3,9%, uma marca ligeiramente menos negativa que a queda de 4,5% do segundo trimestre do ano. O destaque positivo da pesquisa foi o e-commerce, que registrou 11% de crescimento em relação a agosto de 2015, considerada a maior alta anual desde setembro de 2015. 

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