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Pai presente ou ausente
Fábula
Pânico – que pertence ao deus Pan (Dicionário da Fábula – Ed. Garnier – Paris)
Linha do Tempo
Pai
(Fábio Jr.)
Pai/ Pode ser que daqui algum tempo/ Haja tempo pra gente ser mais/ Muito mais que dois grandes amigos / Pai e filho talvez/ Pode ser que daí você sinta / Qualquer coisa entre esses 20 ou 30 / Longos anos em busca de paz
Pai/ Pode crer eu tô bem, eu vou indo / Tô tentando vivendo e pedindo / Com loucura pra você renascer
Pai/ Eu não faço questão de ser tudo / Só não quero e não vou ficar mudo/ Pra falar de amor pra você/
Pai/ Senta aqui que o jantar tá mesa / Fala um pouco tua voz tá tão presa / Nos ensina esse jogo da vida / Onde vida só paga pra ver
Pai/ Me perdoa essa insegurança / É que eu não sou mais aquela criança / Que um dia morrendo de medo / Nos seus braços você fez segredo / Nos seus passos você foi mais eu
Pai/ Eu cresci e não houve outro jeito / Quero só recostar no teu peito / Pra pedir pra você ir lá em casa / E brincar de vovô com meu filho / No tapete da sala de estar
Pai/ Você foi meu herói, meu bandido / Hoje é mais muito mais que um amigo / Nem você, nem ninguém tá sozinho / Você faz parte desse caminho / Que hoje eu sigo em paz
Pai presente ou ausente
A principal consequência de um jovem crescer sem o contorno masculino é ele acreditar que “querer é poder”.
Uma das facetas da crise da masculinidade é, sem dúvida, a carência da figura paterna na sociedade. O número de crianças que crescem sem a presença do pai em todo o mundo vem aumentando de forma alarmante nas últimas três décadas. Só nos Estados Unidos, são 24 milhões de crianças (1 a cada 3) que vivem nessa situação.
No Brasil, não há pesquisas que mostrem o sumiço do pai na vida dos filhos, mas segundo a Associação dos Registradores de Pessoas Naturais (Arpen-SP), de cada 20 crianças registradas em São Paulo, uma não tem o nome do pai na Certidão de Nascimento.
A mesma pesquisa nos Estados Unidos revelou que a grande maioria dos problemas sociais da América estavam relacionados à ausência da figura paterna na vida de sujeitos com problemas com a lei, por exemplo.
Os números revelaram ainda que esses lares sem a presença do pai aumentam em quatro vezes o risco de a criança viver na pobreza. Apresentam níveis mais elevados de comportamento agressivo, duas vezes mais riscos de mortalidade infantil. Essas crianças são mais propensas à delinquência e a problemas com a lei. Têm sete vezes mais probabilidade de engravidar na adolescência e maior chance de sofrer maus-tratos e negligência. Crianças que sofrem com a ausência do pai são mais propensas ao uso e abuso de álcool e drogas, duas vezes mais propensas à obesidade e ao abandono dos estudos. No Brasil, uma pesquisa do Datafolha revelou que 70% dos menores infratores internados na antiga Febem não viviam com o pai.
Para o psicoterapeuta e doutor em psicologia Alberto Pereira Lima Filho, o problema não está tanto na ausência física de um pai, mas na presença de um pai disfuncional. “Não se trata apenas de crianças ou adolescentes que estejam por aí sem um pai para terem como parâmetro. Existe, sim, um pai que está presente, mas atuando negativamente na construção de um ser problemático, com condutas desviantes.”
Fonte: amagaldi.com.br
Vagalume.com.br
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