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Pacote de bondades
Empresas sobem
O número de empresas abertas entre janeiro e setembro deste ano aumentou 1,3%, somando 1.542.967 de novas companhias. Foi a maior quantidade já registrada desde 2010, segundo o Indicador Serasa Experian de Nascimento de Empresas. Apesar de ter atingido um recorde no período, em setembro último, comparado a igual mês do ano passado, houve retração de 6%, com o surgimento de 162,9 mil empresas. O crescimento do desemprego é que está estimulando o empreendedorismo. “Pessoas que perderam seus empregos estão abrindo novas empresas, visando alguma renda, dadas as dificuldades econômicas atuais”, diz a nota técnica da Serasa.
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A maior parte dos registros (79,1%) é de Microempreendedores Individuais (MEIs) que, em 2010, representavam menos da metade (45,9%). Segundo a pesquisa, a crescente formalização dos negócios no Brasil é responsável pelo aumento constante dos MEIs. Nos nove primeiros meses deste ano, este gênero cresceu 5,3%, atingindo 1.159.388 novas ações.
Pacote de bondades
As medidas de estímulo à economia que serão anunciadas hoje não incluem o aumento de subsídios nem linhas de crédito com juros abaixo dos de mercado, disse o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles. Ao comentar a aprovação da emenda constitucional que limita o crescimento dos gastos públicos, ele disse que as medidas se concentrarão na redução da burocracia, no aumento da produtividade e na melhoria de processos de aprovação e de tomada de crédito.
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Segundo o ministro, as medidas não foram elaboradas de improviso e estão em discussão desde setembro com técnicos do Banco Mundial – instituição internacional que financia projetos em países em desenvolvimento. Ele não se pronunciou sobre a possibilidade de o governo criar um pacote de renegociação de dívidas de empresas e de permitir o uso do saldo do Fundo de Garantia do Tempo de Serviços (FGTS) para quitar débitos.
Refrota 2017
O governo federal lançou um programa para a renovação de parte da frota de ônibus coletivos no país. O objetivo é investir R$ 3 bilhões em recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) para a produção de 10 mil novos veículos. De acordo com o ministro das Cidades, Bruno Araújo, o chamado Refrota 2017 autoriza bancos a acessarem recursos do FGTS para o Programa de Infraestrutura de Transporte e da Mobilidade Urbana (Pró-Transporte), com a meta de modernizar cerca de 10% da frota nacional. Atualmente, o Sistema de Transporte Coletivo conta com 107 mil ônibus, atuando na mobilidade de mais de 30 milhões de brasileiros por dia.
Juros ainda elevados
Quase não houve alteração nas taxas de juros para a pessoa física entre outubro e novembro, segundo pesquisa feita em seis modalidades pela Associação Nacional de Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac). Na média, a taxa ficou estável em 8,2% ao mês e 157,47% ao ano, a menor desde agosto último. No entanto, um dos principais meios de consumo, o cartão de crédito continua nas alturas com uma taxa de 459,53% ao ano com alta de 0,26% acima da registrada em outubro último. Na rolagem da dívida, a taxa ao mês atingiu 15,43%. A segunda modalidade mais onerosa ao consumidor continua sendo o cheque especial com taxa mensal de 12,56% e 313,63% ao ano, tendo sido corrigida em 0,40%.
Menos frango
A produção de carne de frango deve chegar aos 12,9 milhões de toneladas em 2016, um volume 1,8% inferior ao que foi produzido no ano anterior (13,1 milhões de toneladas), de acordo com dados divulgados pela Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). Segundo a entidade, as exportações devem aumentar 2% na comparação com 2015, com um total de 4,30 milhões de toneladas embarcadas para o mercado externo. Os dados mostram ainda que a disponibilidade interna do produto também deve cair, totalizando 8,47 milhões de toneladas, 4% a menos do que em 2015, quando esse número era de 8,84 milhões de toneladas. Isso deve resultar em retração no consumo por cada habitante, que deve ser de 41,1 quilos por pessoa, ou seja, 4,9% a menos do que em 2015.
Empresário confiante
A confiança do empresário no futuro aumentou 4,9% em novembro, na comparação o mês anterior, atingindo 86,8 pontos. Esta é a maior pontuação desde fevereiro de 2015, de acordo com o Índice de Expansão do Comércio (IEC), realizado mensalmente pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP). Na comparação com o mesmo mês do ano passado, quando o indicador apontou 68,9 pontos, o aumento é de 26%. Mesmo com a recuperação, o indicador se mantém há 22 meses abaixo dos 100 pontos.
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