Otimismo no emprego

terça-feira, 07 de fevereiro de 2017

Otimismo no emprego

O retorno do otimismo da indústria levou o Indicador Antecedente de Emprego (IAEmp) a subir 5,6 pontos em janeiro, alcançando 95,6 pontos – o maior nível desde os 98,7 pontos de maio de 2010. A melhora se deu após o indicador recuar 3,1 pontos em dezembro de 2016, frente a novembro. Os dados do IAEmp foram divulgados ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística da Fundação Getúlio Vargas (Ibre/FGV) e indicam que, na média móvel dos últimos três meses, o indicador avançou 0,9 ponto.

Falta de dinheiro

 A queda nas transferências federais tem deixado os municípios cada vez mais dependentes do Bolsa Família. De 2008 para cá, a proporção de recursos do programa social em relação ao Fundo de Participação dos Municípios (FPM) - principal fonte de renda das prefeituras - subiu de 25% para 40%.  Em várias cidades, no entanto, esse porcentual supera os 100%. Em oito anos, o número de municípios nessa situação - onde a renda do Bolsa Família passou a bater o FPM - subiu de 7 para 187. O repasse do Bolsa Família - criado em 2003 no governo Lula - é feito diretamente para a população, enquanto o FPM vai para a conta das prefeituras para custear despesas e fazer investimentos em serviços públicos e infraestrutura local.

Inflação menor

O mercado financeiro reduziu pela quinta semana seguida a projeção para a inflação, este ano. Desta vez, a estimativa para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) caiu de 4,70% para 4,64%. As estimativas fazem parte do boletim Focus, uma publicação semanal elaborada, todas as semanas, pelo Banco Central (BC), com base em projeções de instituições financeiras para os principais indicadores econômicos. A projeção para a inflação este ano está bem próxima do centro da meta de inflação, que é 4,5%. Para 2018, a estimativa para o IPCA segue em 4,5%.

Renda menor gasta mais

A inflação para famílias com renda até 2,5 salários mínimos, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor - Classe 1 (IPC-C1), ficou em 0,54% em janeiro deste ano. A taxa é maior que a de dezembro (0,19%) do ano passado, segundo dados da Fundação Getúlio Vargas (FGV). Em 12 meses, o IPC-C1 acumula taxa de 4,80%. O indicador ficou abaixo das taxas apresentadas pelo Índice de Preços ao Consumidor – Brasil (IPC-BR), que mede a inflação para todas as faixas de renda e que apresentou variações de 0,69% em janeiro deste ano e de 5,04% em 12 meses.

Compra de veículos

Com a economia em recessão, os bancos estão investindo na tecnologia e na redução das taxas de juros para tentar seduzir os consumidores que querem comprar veículos novos e seminovos e podem fazer o financiamento dos veículos. Impactada pela crise econômica, a venda de carros zero quilômetro em 2016 teve queda superior a 20% na comparação com o ano anterior, pior resultado desde dez anos. Já nas vendas de carros seminovos o resultado não foi negativo e acumulou ligeiro incremento de 0,21% na comparação com 2015.

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Na tentativa de reverter esse cenário, esta semana o Banco do Brasil anunciou redução na taxa de juros para o financiamento automotivo para os clientes que fizerem a contratação por meio do aplicativo do banco para celulares. Outra mudança é que os financiamentos para compra de veículos leves com até dois anos de fabricação terão as mesmas taxas praticadas para financiamento de veículos novos. A expectativa do banco estatal é atingir R$ 1 bilhão nesse tipo de empréstimo até o final do ano.

Jovens despreocupados

Os jovens não se preocupam com a aposentadoria. Essa é a constatação de pesquisa realizada pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL). Foi identificado que quatro em cada dez jovens de 18 a 30 anos (38,7%) não se preparam para a aposentadoria, aumentando para 48,2% entre as mulheres e 43,6% entre os pertencentes às classes C, D e E. Ao desconsiderar os respondentes da pesquisa que têm o INSS pago pela empresa que trabalham, 61,3% dos jovens afirmaram se preparar para aposentadoria , em especial os pertencentes às faixas etárias de 35 a 30 anos.

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Entre as opções de aposentadoria eleita por essa parcela da população que afirma se preparar para o futuro, 33,3% apostam na poupança. Outros 19,3% afirmaram pagar o INSS por conta própria. Essa preocupação com o futuro tem uma explicação. Dos entrevistados, 26,1% falaram em precaução; 20,2% por proximidade a pessoas que não se prepararam para aposentadoria e passaram por dificuldades e 19% por orientação de entes e amigos. 

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