Novo corte na Selic

terça-feira, 13 de março de 2018

Novo corte na Selic

Economistas de instituições financeiras prevêem novo corte de 0,25 ponto percentual na taxa básica de juros na reunião do Banco Central na próxima semana, diante da persistente fraqueza da inflação, de acordo com pesquisa Focus do BC. A expectativa agora é de que a Selic seja reduzida dos atuais 6,75% para a nova mínima histórica de 6,5% no encontro dos próximos dias 20 e 21 do Comitê de Política Monetária (Copom) do BC.

Volta ao consumo

Aos poucos, as famílias brasileiras começam a retomar alguns hábitos de consumo adquiridos nos tempos de bonança da economia. Depois da longa recessão econômica que fez os consumidores cortarem ou substituírem produtos no dia a dia, a lista de compras voltou a ser incrementada com mercadorias um pouco mais caras. No lugar da margarina, a manteiga retornou à mesa; assim como o óleo de soja foi substituído pelo azeite de oliva. O requeijão, a batata congelada e o pão industrializado também estão de volta ao cardápio dos consumidores.

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Dados da consultoria Kantar Worldpanel mostram que, em 2017, mais de dois milhões de lares voltaram a comprar manteiga pelo menos uma vez no ano, indicador que mostra uma reação do mercado de consumo. No auge da crise, o produto estava presente em 32,94% dos lares brasileiros. Com a retomada, a participação subiu para 36,80%. O mesmo ocorreu com o azeite, que retornou à lista de supermercado de 1,4 milhão de famílias.

Pequenos na preferência

A retomada econômica marca a volta do brasileiro às compras, mas, desta vez, não nos hipermercados. Segundo pesquisa da consultoria Nielsen, as dez milhões de famílias que conseguiram superar a crise têm preferido encher os carrinhos nos canais de atacado e em mercados de vizinhança. "O atacado é utilizado para o abastecimento, e a vizinhança, para a reposição", explica a especialista em consumo da Nielsen, Mariana Morais. Os atacarejos atraem pelos preços mais competitivos; já os mercadinhos, pela praticidade.

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Pelo levantamento, entre as famílias que saíram da recessão, os gastos em mercados de vizinhança cresceram 34% em 2017; nos atacarejos, 20%; e nos supermercados, 18%. Já nos hipermercados, houve queda de 14% no volume de vendas.

Topo das queixas

Os planos de saúde fazem parte do setor que mais recebeu reclamações de consumidores direcionadas ao atendimento do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec). Em levantamento divulgado ontem, 12, os contatos relacionados a operadoras de saúde somaram 23,4% do total em 2017. O setor fica no topo do ranking pelo terceiro ano consecutivo, sendo responsável por 28,06% das queixas em 2016 e por 32,7% em 2015. Segundo o Idec, a maior parte das reclamações dos consumidores vem sobre o reajuste abusivo dos planos, especialmente empresariais e coletivos.

Estimativa da inflação

O mercado financeiro reduziu pela sexta semana seguida a estimativa para a inflação este ano. A expectativa do mercado para Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), desta vez, passou de 3,70% para 3,67%, de acordo com o Boletim Focus, publicação divulgada todas as semanas pelo BC e elaborada com base em pesquisa sobre os principais indicadores econômicos.

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A projeção está mais distante do centro da meta de 4,5%, mas acima do limite inferior de 3%. Para 2019, a estimativa para a inflação caiu, pela segunda semana consecutiva, ao passar de 4,24% para 4,20%, abaixo do centro da meta de 4,25%.

Fraudes em alta

O Brasil registrou um total de 161.097 tentativas de fraude em janeiro, ou uma ação a cada 16,6 segundos, segundo a Serasa Experian.  O número representa uma alta de 7,1% em relação a dezembro do ano passado. Mas na comparação com janeiro de 2017, houve leve queda de 0,2%.

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