Natal de compras

quinta-feira, 15 de dezembro de 2016

Preços estão caindo

O Índice Geral de Preços – 10 (IGP-10) fechou 2016 com uma inflação de 6,95%, taxa menor que os 10,54% de 2015. Segundo a Fundação Getúlio Vargas (FGV), o IGP-10 de 2016 foi calculado com base em preços coletados entre os dias 11 de dezembro de 2015 e 10 de dezembro deste ano. Os três subíndices que compõem o IGP-10 tiveram quedas em suas taxas na passagem de 2015 para 2016. O maior recuo foi observado no Índice de Preços ao Consumidor Amplo, que analisa o comportamento do atacado, ao cair de 11,14% em 2015 para 7,3% neste ano.

Suínos e ovos em alta

Dados divulgados ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) indicam que o abate de suínos e a produção de ovos fecharam o 3º trimestre do ano com resultados recordes. No primeiro caso, os dados divulgados indicam que entre julho e setembro foram abatidas 10,57 milhões de cabeças, o maior desde 1997, enquanto a produção de ovos fechou o período com 778,82 milhões de dúzias, considerada a maior produção de ovos da série histórica do IBGE, iniciada em 1987. O abate de bovinos fechou o terceiro trimestre do ano com retração, tanto em relação ao trimestre anterior (abril, maio e junho), quando a queda foi a 4,1%, quanto em relação ao terceiro trimestre do ano passado, com queda de 3,5%. Os dados divulgados revelam queda no abate de frango, com 1,5% em relação ao trimestre  anterior,  e -2,1% quando comparado ao trimestre de 2015.

PIB acumula queda

O Produto Interno Bruto (PIB), que é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país, acumula queda de 4,3% no período de 12 meses até outubro deste ano, segundo estimativa da Fundação Getúlio Vargas (FGV). Até setembro, a taxa de queda acumulada do PIB em 12 meses era de 4,4%. As taxas acumuladas em 12 meses pela indústria da transformação, o comércio e os investimentos tiveram leve melhora em outubro, em relação a setembro. Apesar disso, esses setores continuam com desempenho negativo: transformação (-7,3%), comércio (-7,8%) e formação bruta de capital fixo, isto é, investimentos (-12,5%).

Dívidas atrasam recuperação

O endividamento das empresas e das famílias é o grande responsável pelo atraso na recuperação da economia, disse o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles. Ele afirmou que a demora na tomada de medidas para enfrentar uma crise que dura dois anos tornou mais longo o processo de recuperação. Ele reafirmou que a economia voltará a crescer em 2017, principalmente a partir do segundo semestre.

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“Esse é o padrão no mundo todo. Se uma crise é enfrentada rapidamente, com as famílias e as empresas com situação financeira em ordem, o país se recupera logo. A crise atual começou em 2014, mas só começou a ser combatida em 2016, quando havia muitas empresas afetadas e gente demitida”, explicou o ministro. 

Natal de compras

Mesmo com um cenário econômico incerto, o gasto do brasileiro com o Natal não deve ser baixo. O valor médio com os presentes caiu neste ano, se comparado com 2015, mas permanece alto: R$ 758 contra os R$ 968 do ano passado. Pelo menos é o que indicam alguns dados exclusivos do Google. É difícil encontrar alguém que vai deixar a data passar: 93% compraram ou pretendem comprar algo neste fim de ano. Além disso, cerca de 38% declararam já ter comprado presentes pensando na data, número este que era 11% em 2015 no mesmo período. Apesar disso, sempre acaba faltando algo: 9 em cada 10 pessoas que já fizeram as compras para o Natal pretendem ir novamente às compras.

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Na liderança da intenção de presentes, roupas e calçados são os produtos mais procurados. Um pouco mais da metade (52%) das pessoas pretende encontrar seus presentes em lojas físicas, contra os 86% que vão comprar pela internet.

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