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Maior desemprego
Maior desemprego
O agravamento da crise econômica fez fevereiro registrar a maior queda do emprego formal em 25 anos. Segundo dados divulgados ontem, 23, pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho, o país fechou 104.582 postos de trabalho com carteira assinada no mês passado. Apenas nos últimos 12 meses, o país eliminou 1.706.985 postos de trabalho, o que equivale à diminuição de 4,14% no contingente de empregados com carteira assinada no país. Quase todos os setores da economia demitiram mais do que contrataram em fevereiro, com destaque para o comércio (-55.520 vagas), indústria de transformação (-26.187 vagas) e construção civil (-17.152 vagas). O único setor a registrar mais contratações que dispensas foi a administração pública, que criou 8.583 postos de trabalho no mês passado.
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Com o resultado de fevereiro, o país acumula o fechamento de 204.912 vagas formais de trabalho em 2016. Os estados que mais fecharam postos de trabalho em fevereiro foram Rio de Janeiro (-22.287 vagas), São Paulo (-22.110 vagas) e Pernambuco (-15.874 vagas). Apenas seis estados contrataram mais do que demitiram: Rio Grande do Sul (6.070 vagas criadas), Santa Catarina (4.793), Mato Grosso (3.683), Goiás (2.327), Mato Grosso do Sul (1.124) e Tocantins (com apenas 88 postos criados).
Confiança aumenta
O Índice de Confiança da Indústria (ICI) teve, na prévia de março, uma alta de 1,1 ponto em relação ao resultado consolidado de fevereiro. Divulgado ontem, 23, o indicador da Fundação Getulio Vargas, que varia de zero a 200 pontos, subiu de 74,7 para 75,8 pontos. De acordo com a prévia, o Índice da Situação Atual avançou 2,3 pontos e atingiu 79,4 pontos. Já o Índice de Expectativas, que analisa a opinião dos empresários em relação aos próximos meses, mantém-se estável em 72,6 pontos.
Queda de passageiros
A demanda por voos domésticos no Brasil recuou 3,1% em fevereiro em relação ao mesmo mês de 2015, segundo Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear), criada pelas empresas Avianca, Azul, Gol, Tam e Trip. Essa foi a sétima variação negativa consecutiva. A oferta teve queda de 1% na mesma base anual. A retração da demanda revela, segundo a associação, o desaquecimento do mercado e mostra-se como limitador dos esforços do setor para preservar a ocupação dos voos. O total de passageiros transportados em voos dentro do país somou 7,2 milhões, um decréscimo de 0,7% sobre fevereiro do ano passado. Os números são a compilação das estatísticas de Avianca, Azul, Gol e Tam, responsáveis por 99% do mercado doméstico. Em fevereiro, a participação do mercado doméstico por empresas ficou distribuída da seguinte forma: Gol (36,24%), Tam (35,71%), Azul (16,71%) e Avianca (11,33%).
Poucos comprando
De acordo com o Índice Seed de Varejo, levantamento realizado pela Seed, empresa de inteligência para o varejo físico, em fevereiro, o fluxo de visitantes em estabelecimentos de shoppings e de rua caiu 23% em relação a janeiro. A maior queda veio de lojas de varejo de shopping, com uma retração de 25%. Já o fluxo em lojas de rua caiu 13%, ainda se comparado ao mês anterior. A análise da evolução do fluxo do varejo de rua e shopping sugere ainda uma maior elasticidade no número de visitantes de shoppings. Em janeiro, quando comparado a dezembro de 2015, a retração em lojas de shopping foi de 40% e de rua 22%.
BB e Caixa podem ampliar
A presidente Dilma Rousseff sancionou, com vetos, a lei que autoriza o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal a constituírem ou adquirirem participação em outras empresas, diretamente ou por meio de subsidiárias, inclusive no ramo de tecnologia da informação. A autorização é válida até 31 de dezembro de 2018, segundo publicação no Diário Oficial da União de ontem, 23. Uma lei de 2009 já permitia que os dois bancos públicos realizassem este tipo de operação, só que até 30 de junho de 2011. O Senado aprovou no início de março a Medida Provisória 695, que dava a autorização ao BB e à Caixa e foi a sanção presidencial.
Caça as pechinchas
A grande quantidade de imóveis disponíveis no mercado imobiliário brasileiro tem despertado o interesse de investidores estrangeiros em busca de "pechinchas". Acostumadas a comprar barato em períodos de economia fraca para lucrar quando o ciclo de retomada chegar, empresas como Blackstone, Exxpon e Top Capital estão à caça de ativos "encalhados" - e exigem um desconto mínimo de 30% para fechar negócio. Segundo o diretor global de investimentos da Blackstone, Kenneth Caplan, o apetite do grupo continua forte. "Buscamos hotéis de alto luxo nas principais praças do país e hotéis econômicos nas cidades secundárias e terciárias", conta Chen, que mira empreendimentos com taxas de desconto de pelo menos 30%.
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