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Juros disparam
Juros disparam
Os juros futuros operaram em alta firme na manhã de ontem, 24, acompanhando o dólar, na esteira do mau humor com os aumentos de combustíveis que levaram à greve dos caminhoneiros e seus impactos na Petrobras, contas públicas e na economia como um todo.
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O presidente Michel Temer voltou a se reunir ontem com ministros e o presidente da Petrobras, Pedro Parente, após o anúncio de corte de 10% no preço do diesel por 15 dias. A Associação Brasileira dos Caminhoneiros (Abcam) informou mais cedo que o movimento de paralisação da categoria só terminará quando a redução de impostos dos combustíveis for publicada no Diário Oficial da União.
Redução da receita
A Petrobras calcula que a redução do preço do diesel em 10%, anunciada na quarta-feira, 23, resultará numa diminuição de receita em cerca de R$ 350 milhões, considerando o reajuste no combustível e também a expectativa de vendas no período de 15 dias.
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"A companhia está atuando para evitar reduções de carga ou, em situações extremas, parada de alguma de suas refinarias, seja em virtude de eventual risco de segurança de suas instalações, seja em virtude de potenciais limitações de escoamento", diz a empresa em comunicado ao mercado divulgado ontem.
Consumo das famílias
A Intenção de Consumo das Famílias (ICF), apurada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), alcançou 87,1 pontos este mês, registrando crescimento de 0,2% em relação ao mês passado. Já na comparação anual, a alta foi de 12,1%. Apesar da melhora a partir de outubro de 2016, a ICF se apresenta abaixo de 100 pontos desde maio de 2015, mostrando a permanência da insatisfação das famílias com a crise econômica.
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“O desequilíbrio das finanças públicas, a baixa capacidade de recuperação econômico-financeira de alguns estados, a burocracia e o nível de juros reais continuam afetando investimentos e consumo privados”, explica o economista da CNC Antônio Everton Chaves Júnior.
Gás de cozinha
A Força Sindical protestou ontem, 24, em frente à sede da Petrobras, na Avenida Paulista, em São Paulo. Na esteira da paralisação dos caminhoneiros, a entidade tenta aproveitar a repercussão para emplacar também um protesto pela redução do preço do botijão de gás.
Cai a confiança
O Índice de Confiança do Comércio (Icom) caiu 4,1 pontos na passagem de abril para maio, para 92,6 pontos, informou a Fundação Getúlio Vargas (FGV), com atraso provocado por problemas em seu site na internet. Com a queda de maio, o Icom voltou para o nível verificado em novembro do ano passado. Em médias móveis trimestrais, o indicador recuou 1,0 ponto, depois de oito altas seguidas, informou a FGV. Em relação a maio de 2017, o Icom está 4,6 pontos maior.
Caixa com alto lucro
O lucro líquido da Caixa Econômica Federal disparou para R$ 3,2 bilhões no primeiro trimestre, alta de 114,5% em relação a igual período do ano passado, de acordo com dados divulgados nesta quinta-feira, 24. O lucro, segundo o banco, foi influenciado pelo avanço no resultado bruto da intermediação financeira, pelo crescimento nas receitas com prestação de serviços e pelo forte recuo nas despesas administrativas.
Terceira redução
A Petrobras reduzirá o preço da gasolina em 0,72% nas refinarias a partir de hoje, 25, passando para R$ 2,0160 o litro, de acordo com comunicado no site da petroleira. Esse é o terceiro corte consecutivo no preço da gasolina nas refinarias. O preço ao consumidor final, no entanto, depende do repasse das distribuidoras e dos proprietários dos postos de combustíveis.
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