Juros cairão

segunda-feira, 23 de janeiro de 2017

Os analistas do mercado aumentaram a aposta na queda da taxa básica de juros, a Selic, e as estimativas apontam que ela fechará o ano em 9,50%, segundo o Boletim Focus divulgado pelo Banco Central. Esta é a segunda semana consecutiva de queda e, no período anterior, a média das previsões era de 9,75%. A Selic está atualmente em 13%, após um corte há duas semanas que surpreendeu o mercado.

Municípios endividados

Mergulhados em dificuldades financeiras, 4.950 municípios (89% do total) sustentam uma dívida bilionária com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). De acordo com a Receita Federal, o passivo soma R$ 99,6 bilhões em contribuições previdenciárias devidas e a inadimplência tem levado ao bloqueio de parcelas do Fundo de Participação dos Municípios (FPM). A falta de pagamento também é um dos motivos por trás do “nome sujo” de prefeituras no Cadastro Único de Convênios (Cauc), do governo federal, o que inviabiliza o repasse de transferências voluntárias, como emendas parlamentares.

Reforma tributária

Na esteira da promessa do presidente Michel Temer de priorizar em 2017 a aprovação de uma reforma tributária, a Câmara dos Deputados já prepara uma proposta radical de mudança na forma de cobrança de impostos e contribuições sociais pelo governo federal, estados e municípios. O projeto prevê a extinção de sete tributos federais (IPI, IOF, CSLL, PIS, Pasep, Cofins e salário-educação), do ICMS (estadual) e do ISS (municipal).Em troca, seriam criados outros três: o Imposto sobre Valor Agregado (IVA), o Imposto Seletivo e a Contribuição Social sobre Operações e Movimentações Financeiras. Esse último seria uma espécie de CPMF.

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A nova contribuição seria usada para permitir a redução das alíquotas da contribuição previdenciária paga pelas empresas e trabalhadores. Remédios e alimentos teriam tributação reduzida. O projeto também prevê a criação de um super fisco estadual responsável pelo IVA, que incidiria sobre o consumo de qualquer produto e serviço, semelhante ao modelo europeu. A Receita Federal cobraria o Imposto Seletivo, que incidiria sobre produtos específicos, como combustíveis, energia, telecomunicações e transportes.

Vagas diminuíram

O país perdeu 462.366 vagas de emprego formal em dezembro de 2016, uma variação negativa de 1,19% em relação a novembro do mesmo ano, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados semana passada pelo Ministério do Trabalho. No acumulado de 2016, foram eliminados 1.321.994 postos de trabalho no Brasil, diminuindo o estoque de vagas formais em 3,33%. Foram registradas 869.439 admissões e 1.331.805 desligamentos no período. O resultado mantém a tendência de mais demissões que contratações no mercado de trabalho brasileiro. A queda no estoque de emprego nas cinco regiões foi 22,4% menor que a observada no mesmo período de 2015.

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De acordo com os dados, os oito setores de atividade econômica avaliados sofreram queda no nível de emprego. O setor de serviços teve a maior redução do estoque de vagas em termos absolutos, com 157,6 mil postos a menos. O setor indústria de transformação perdeu 130,6 mil vagas. A maior queda percentual foi na construção civil, com 82,5 mil postos de trabalho fechados, o que representa um encolhimento de 3,47% do setor. O segundo maior recuo foi na agricultura, com 48,2 mil vagas a menos.

Poupança cresceu

A Caixa Econômica Federal registrou captação líquida positiva de R$ 4,7 bilhões na caderneta de poupança em dezembro de 2016, um crescimento de 275% em relação a novembro. A poupança da Caixa encerrou o ano com saldo de R$ 249 bilhões, que representa 37,5% de todo o saldo de poupança do mercado bancário. Em dezembro de 2016, a captação líquida no banco representou 44,1% da captação líquida de poupança do mercado, que foi de R$ 10,6 bilhões.

Painéis solares

A instalação de painéis residenciais de captação de energia solar é uma opção de investimento que permite economia na conta de luz e independência das distribuidoras de eletricidade. Em 2015, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) estimava que até 2024 poderiam ser instalados até 620 mil painéis voltaicos em telhados residenciais. Para a microgeração de consumidores comerciais, a projeção é que os sistemas podem chegar a 82 mil equipamentos. Eles captam a luz solar e a transformam em eletricidade que abastece o imóvel. 

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