Jogos de azar

quinta-feira, 19 de maio de 2016

Jogos de azar

O ministro do Turismo, Henrique Eduardo Alves, voltou a defender a legalização dos jogos de azar como forma de ampliar a arrecadação tributária e gerar empregos. Alves citou a regularização dos jogos como uma das prioridades de sua pasta, junto com a organização das olimpíadas e a criação de áreas especiais de interesse turístico -  como locais com crédito facilitado e licenciamento diferenciado. "Temos de ter coragem para enfrentar de forma séria, profissional e republicana a legalização dos jogos. Atualmente, as pessoas jogam de forma clandestina, sem gerar qualquer arrecadação para o país", declarou o ministro, pontuando que essa é sua opinião pessoal - e que pretende levá-la para ser debatida por toda a equipe de governo.

Desemprego sobe

O desemprego subiu em todas as grandes regiões do país no primeiro trimestre deste ano na comparação com o mesmo período de 2015, apontam dados da Pnad Contínua, divulgados ontem, 19, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Considerando todos os locais, a taxa ficou 10,9%, conforme pesquisa já divulgada pelo instituto. A maior taxa foi vista no Nordeste, ao passar de 9,6% para 12,8%. No Sudeste, o desemprego subiu de 8% para 11,4%, no Norte, de 8,7% para 10,5%, no Centro-Oeste, de 7,3% para 9,7%, e no Sul, de 5,1% para 7,3%.

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Entre os estados, a Bahia registrou o maior índice de desemprego: 15,5%, a maior taxa da série, que começou em 2012. Outros estados também tiveram índices de desemprego recordes. Em São Paulo, por exemplo, o desemprego ficou em 12%, e no Amapá e no Rio Grande do Norte, chegou a 14,3%. Na contramão, as menores taxas foram registradas por Santa Catarina (6%), Rio Grande do Sul (7,5%) e Rondônia (7,5%).

O custo da pobreza

A Organização Internacional do Trabalho (OIT) aponta que o Brasil precisa de US$ 7,2 bilhões (R$ 25 bilhões) extras por ano para acabar com a pobreza no país até 2030, o ano estabelecido pela ONU para que os governos atinjam a meta. O valor é o equivalente a uma Copa do Mundo por ano e os dados fazem parte de um levantamento inédito. Em termos absolutos, o Brasil é o sexto país que mais teria de gastar entre os países emergentes. A Índia precisaria de aportes extras de US$ 61 bilhões; a China, US$ 37 bilhões; Nigéria, US$ 36 bilhões; Etiópia, US$ 10,7 bilhões; e Indonésia, US$ 10,2 bilhões.

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Num informe publicado ontem, 19, a OIT alerta para o fato de que os avanços sociais obtidos nos últimos anos foram desfeitos ou anulados em diversos países do mundo. "A pobreza relativa nos países em desenvolvimento está aumentando", declarou a entidade. No caso do Brasil, o país tiraria todos da pobreza com mais 0,3% do PIB por ano em gastos sociais. Isso garantiria que todos no país teriam uma renda acima de US$ 3,1 por dia, o nível que estabelece a fronteira da pobreza, segundo os organismos internacionais. O valor total seria o equivalente ao que o Tribunal de Contas da União estimou ter sido gasto no Mundial de 2014, de R$ 25 bilhões.

Luz não aumenta

O ministro de Minas e Energia, Fernando Bezerra Filho, disse haver uma posição "unânime" no ministério de que não é possível repassar à conta de energia do consumidor reajustes a partir de desequilíbrios tarifários apontados na Conta de Desenvolvimento Energético (CDE). Bezerra Filho considerou ainda "urgente" a questão da apresentação dos balanços da Eletrobras de 2014 e 2015 à SEC (órgão regulador do mercado de capitais americano), cujo prazo final terminou quarta-feira, 18. Agora, a Eletrobras teve suas ações suspensas na Bolsa de Nova York e ainda corre o risco de ter o resgate de bônus de dívida antecipado, um total de R$ 40 bilhões que seria arcado pelo Tesouro. 

Falta de produtos

A cada 100 produtos da lista de compras, cerca de 11 itens estão em falta nas prateleiras dos supermercados no Brasil, segundo levantamento da NeoGrid/Nielsen. O índice de rupturas (falta de produtos) no setor de alimentos chegou a 11,62% em março, 10,92% em higiene e beleza, 9,71% em bebidas e 8,94% em limpeza.  Apesar da falta de produtos, o Brasil ainda está longe de virar uma Venezuela.

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“O Brasil está longe de uma crise de abastecimento, mas por causa da crise econômica já não há à disposição do brasileiro tantas marcas ou tão variados sabores de determinado alimento ou item de higiene e limpeza”, afirma o diretor de relacionamento do varejo da NeoGrid, Robson Munhoz, em nota. Ele explica que, com a crise, o setor supermercadista tem receio de comprar alguns produtos e não vender, uma vez que o poder aquisitivo do brasileiro está diminuindo. Outra possível razão é o fato de a indústria estar mais pessimista que o varejo.

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